Casos de Cuidados Globais em Saúde
Por: laravierling • 12/2/2019 • Trabalho acadêmico • 1.095 Palavras (5 Páginas) • 190 Visualizações
Estudo de casos: Casos de Cuidados Globais em Saúde
HIV / AIDS no Brasil:
Provimento de Prevenção em um Sistema Descentralizado de Saúde
REFERÊNCIA:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DTS,
AIDS e Hepatites Virais. HIV / AIDS no Brasil: Provimento de Prevenção em um Sistema
Descentralizado de Saúde [internet]. GHD-18. Brasília, 2011. Disponível em:
<http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/PG0071/Biblioteca_18811/Biblio
teca_18811.pdf>. Acesso em: 18 de agosto de 2018.
RESUMO:
Em dezembro de 2009, a Dra. Mariângela Galvão Simão, autoridade brasileira em HIV/AIDS,
refletiu sobre o avanço do Brasil no combate a doença, o qual internacionalmente foi
considerado um sucesso. Em 1996, o governo brasileiro foi o primeiro país em
desenvolvimento a oferecer tratamento anti-retroviral (ARVs) e em torno dos anos 2000 a
epidemia de HIV se estabilizou. Porém a partir de 2009 com a iniciativa do governo em
descentralização do poder financeiro da esfera federal para estadual e municipal, houve
negligencia na continuidade dos programas de HIV/AIDS, o que gerou um aumento nos
casos. Em 1982, os primeiros casos de AIDS foram identificados em São Paulo, entre
homossexuais. O Sistema Único de Saúde (SUS), nessa época estava em fase de
construção, o que dificultava o rastreio de novos casos e o tratamento desses, entre 1987 e
1989 os casos de AIDS mais que triplicaram. No início dos anos 90 o crescimento da AIDS
no Brasil se equiparava à África do Sul. O grupo de risco concentrava-se em homens da
classe média alta que faziam sexo com outros homens, heterossexuais, recebedores de
transfusão sanguínea, recém-nascidos e usuários de drogas injetáveis. Com o passar dos
anos, entre 1997 e 2007 houve uma mudança no quadro geral, que antes apresentava
maiores índices de HIV/AIDS em cidades de grande porte, agora, este índice diminuí e
aumenta nos grupos pobres de cidades pequenas. Além das taxas de infecção também
crescerem entre mulheres. Visto este quadro alarmante, entre sociedade civil, ativistas
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sanitaristas e ativistas dos direitos homossexuais uniram forças para exigir uma resposta
governamental. E em resposta, São Paulo criou o primeiro programa de controle a AIDS em
1983 e em 1985 o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Controle da AIDS
(PNA). Sem grandes experiências os responsáveis pelos programas aprendiam na prática e
contavam com auxílio científico, técnico e político da Comissão Nacional de AIDS (CNAIDS),
criada pelo Ministério da Saúde em 1985. Buscava-se estabelecer um critério diagnóstico e o
controle de suprimentos de sangue. Para ampliar o serviço de prevenção e tratamento, o
projeto chamado AIDS I garantiu um empréstimo milionário junto ao Banco Mundial e em
cinco anos passou a funcionar. A PNA desenvolveu parcerias em ONG’s para alcançar a
população marginalizada com estratégias consideradas controversas pelos governos
estaduais e municipais conservadores da época. Mais dois projetos de empréstimo ao Banco
Mundial, AIDS II e AIDS III, foram realizados e financiaram serviços de prevenção, expansão
na infraestrutura do programa, vigilância, monitoramento e avaliações da população. Em
1996, com o SUS consolidado foi estabelecida a lei federal que garantiria provisões gratuitas
de remédios anti-retrovirais (ARVs) para tratamento de HIV. Os autos valores dos
medicamentos que até então eram todos importados, fez com que o presidente do Brasil
tentasse acordos de custos, mesmo conseguindo esses acordos, não atendeu a realidade do
país, foi então que em 2007 o presidente emitiu uma licença para produzir o remédio
domesticamente, economizando assim milhões por ano do Ministério da Saúde. No avanço
ao controle e monitoramento da AIDS criou-se o MonitorAIDS que via internet objetivava
padronizar e consolidar as informações em um único espaço público. O resultado de todo
esse processo resultou em programas de AIDS em todos os estados brasileiros. Em 2009,
com a descentralização do governo, o PNA se tornou Departamento Nacional de DTS, AIDS
e Hepatite Virais, com missão de formular e prover políticas públicas, nesse período,
algumas diretrizes foram estabelecidas, porém, o que se via era uma política afastada do
contexto social real. O departamento recebeu críticas por priorizar o tratamento
medicamentoso do que a prevenção. Em resposta o Departamento Nacional adotou medidas
preventivas como; materiais pra sensibilizar profissionais para discutirem prevenção com os
portadores de HIV, aumento no uso de testes rápidos para diagnóstico, promoção do uso de
preservativos oferecendo distribuição gratuita à população, criou-se programas de educação
sexual e prevenção
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