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Centro Universitário Presidente Antônio Carlos

Por:   •  15/9/2022  •  Artigo  •  1.107 Palavras (5 Páginas)  •  93 Visualizações

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Centro Universitário Presidente Antônio Carlos – UNIPAC Barbacena

Curso de Graduação em Psicologia

Estudo Dirigido – 1ª Etapa

Alunos:

Módulo: Diamante - Ênfase B

Disciplina: Análise Institucional

Professor: Márcio de Campos

Primeiro estudo dirigido da disciplina Análise Institucional. A atividade conta como atividade do sábado letivo do dia 24/09/22. A atividade deverá ser realizada em grupos. Solicito que a turma se organize em 05 grupos, de forma equivalente. O trabalho será avaliado em 5,0 pontos, conforme pontuação atribuída a cada questão. O trabalho deverá ser entregue por meio do fórum específico que ficará disponível até o dia 19/09/22, formatado em padrão ABNT. A identificação de plágio em qualquer parte do trabalho implicará em nota “zero”.

Questões:

  1. Por que o Institucionalismo é um movimento e não uma ciência, uma disciplina ou uma tecnologia? Refletir sobre sua relevância para a atuação do Psicólogo, em qualquer contexto ou área que esteja inserido. (0,5) 

R: Para Baremblit o “movimento institucionalista é um conjunto de escolas, um leque de tendências. Não existe nenhuma escola ou tendência que possa dizer que encarna plenamente o ideário do Movimento Instituinte.”  (BAREMBLIT,2002, Pág.3) Esse movimento de acordo com BAREMBLITT (1992) busca definir as teorias e técnicas que teriam como premissa a autoanalise e autogestão com o objetivo de estimular os saberes coletivos que podem ser criadores de saberes novos. Logo, dentre este conjunto de escolas e tendências encontra-se dentre outras a analise institucional. O institucionalismo é uma forma de se pensar, que pode ser utilizada para analisar a relação saber cientifico x saber popular, ou seja, a sociedade produz saberes acerca de seus modos de funcionar, dando origem aos experts que vem das diversas ciências, que indicam as diversas técnicas e que criam tecnologias, ou seja, criam demandas que atravessam o saber popular deformando o seu saber, colocando demandas que podem não ser para uma determinada comunidade. A análise institucional permite que façamos uma crítica sobre esses saberes com o intuito de separar aquilo que é nosso daquilo que é do Outro. Tal movimento não é uma ciência porque não parte da questão ontológica, metodológica e epistemológica no sentido de produção de verdades gerais que abafam os saberes populares, pelo contrário, parte de uma crítica a estes movimentos através do saber popular, da sociedade, e não do saber produzido pela ciência (apesar de esta poder ser utilizada sim para servir a vida). Desta forma é relevante para a atuação do psicólogo uma vez que este é um profissional que atua no âmbito dos direitos humanos, da ética e da vida. É compromisso da psicologia lutar por uma sociedade democrática, livre, participativa e que leva em consideração o saber de cada um. Tal movimento pode ajudar o psicólogo a fazer uma análise por exemplo quando atua em um CAPS e percebe que o estabelecimento apesar de precisar seguir uma lógica de funcionamento em liberdade, segue uma lógica de controle de corpos de forma bastante velada, seja impondo horários para situações diárias como a hora de almoçar dos usuários ou em uma situação mais complexa como a supermedicação que parte do saber de experts da medicina para com os usuários do serviço. Em diversas situações o psicólogo poderia ser capaz de pensar a partir de um movimento de autoanalise e autogestão junto aos demais agentes que compõe o estabelecimento afim de propor a desconstrução de comportamentos inaceitáveis dentro de qualquer serviço e propondo mudanças a favor da vida.

  1. Analisar e conceituar demanda, suas possibilidades explícitas, implícitas e seus processos de modulação. Frente a estas reflexões, tencionar as dimensões do saber do expert e dos saberes popular. (1,0)

R: As demandas são moduladas a partir das necessidades criadas ao longo da história. Não existem necessidades básicas, o básico para cada ser humano é diferente, único e complexo e não pode ser definido de forma geral como se todas as pessoas tivessem as mesmas necessidades básicas e demandas naturais. Baremblitt (1992) afirma que as comunidades tem necessidades básicas indiscutíveis e universais que são colocadas todos os dias a partir de demandas espontâneas, e de exigência de produtos e de serviços que correspondem a essas demandas como num passado pouco distante existia a necessidade de se internar o louco, isso é uma demanda modulada para poder ser correspondida através do manicômio.

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