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Compreendendo A Estrutura Familiar E Sua Relação Com A Parentalidade

Por:   •  18/9/2023  •  Resenha  •  794 Palavras (4 Páginas)  •  121 Visualizações

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STÜRMER, Tatiana Raquel; MARIN, Ângela Helena; DE OLIVEIRA, Débora Silva. Compreendendo a estrutura familiar e sua relação com a parentalidade: relato de caso de um casal em terapia de abordagem sistêmica. Revista Brasileira de Psicoterapia. Vol. 18, Nº 3, 2016. Disponível em https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-848574

Acesso em 11 set 2023.

Resumo:

Para o presente resumo, partimos do pressuposto de que o estudo de Stümer e colaboradoras (2016) teve o objetivo principal de compreender a relação entre a estrutura familiar e o exercício da parentalidade a partir do caso de um casal heterossexual com idade entre 35 e 40 anos, o qual tinha dois filhos pequenos e realizou atendimento conjugal de abordagem sistêmica em uma Instituição de Formação em Terapia de Casal e Família na cidade de Porto Alegre/RS. Para alcançar este objetivo, lançou-se mão de um método qualitativo de análise de conteúdo dos registros dos atendimentos. Contudo, antes de partir para a análise dos resultados, algumas considerações são importantes.

Primeiro, destaca-se o fato de que a família contemporânea, a qual se constitui de um sistema aberto em constante transformação, vem passando por inúmeras modificações. Tais modificações têm relação, obviamente, com as próprias transformações que a sociedade vem passando nos últimos tempos. Neste sentido, o funcionamento da família tem se desenvolvido através de padrões transacionais, os quais são determinados por comportamentos repetitivos e que regulam o comportamento de seus membros a partir das relações estabelecidas entre eles. Para a manutenção destes padrões há dois sistemas de repressão denominados (i) genérico e (ii) idiossincrático. Enquanto o primeiro envolve  regras universais que orientam a organização familiar (ex.: hierarquia) e está relacionado às regras sociais; o segundo é o que está ligado às expectativas mútuas entre os membros da família.

Outra questão complementar à estrutura familiar é a organização da família, conduzida pelos acordos que transpassam a convivência em diferentes níveis e podem envolver agrupamentos baseados em gerações, gêneros e interesses comuns. Este sistema, por sua vez, apoia uma estrutura hierárquica que se constitui ainda em subsistemas e ambos devem ser flexíveis para a acomodação e a adaptação das mudanças contextuais e evolutivas que surgirem ao longo da vida. O subsistema conjugal, por exemplo, que é formado por dois adultos que se unem com o propósito expresso de formar uma família, é modificado a partir da chegada do/a primeiro/a filho/a, inaugurando-se o subsistema parental. A partir de então, ambos os sistemas, conjugal e parental, passam a coexistir juntos, cada um com suas próprias características. Esses subsistemas se organizam ainda através de fronteiras, que definem quem participa, bem como quando e de que forma existe a participação dos membros nas relações familiares. Estas fronteiras têm como funções principais a proteção e diferenciação dos indivíduos (ex.: definição dos assuntos que deverão ou não ocorrer na presença dos/as filhos/as). Tais fronteiras podem ser classificadas como (i) nítidas, onde há uma determinação clara das funções e o espaço que cada integrante; (ii) difusas, quando não há limites entre os subsistemas e os membros da família frequentemente reagem de maneira exagerada e intrusiva uns com os outro; (iii) e rígidas, onde as fronteiras são pouco flexíveis e a comunicação é dificultada, o que resulta em um distanciamento emocional e vínculos frágeis entre os membros da família.

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