Compreender A Forma De Interação Entre Motivação Intrínseca E Extrínseca. Reconhecer As Diferentes Teorias De Ativação Quanto à Sua Influência Sobre O Rendimento.
Casos: Compreender A Forma De Interação Entre Motivação Intrínseca E Extrínseca. Reconhecer As Diferentes Teorias De Ativação Quanto à Sua Influência Sobre O Rendimento.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 29/8/2014 • 1.077 Palavras (5 Páginas) • 1.031 Visualizações
ATIVIDADE
1) Leia a história, a seguir, que tem autoria creditada a Coleman Griffith:
Um grupo de crianças estão brincando de bola, perto da casa de um homem, que está profundamente irritado com o barulho que as crianças fazem enquanto brincam. Ele pede a elas que parem, mas elas o ignoram e continuam brincando porque estão se divertindo muito. Depois de pensar um tempo, o homem oferece 5 reais para cada uma das crianças continuar brincando. Elas acham ótimo, pois já estavam brincando de qualquer forma e sem nenhum esforço extra, agora ganham 5 reais. No outro dia as crianças voltam a brincar no mesmo lugar, mas o homem agora oferece 4 reais. Elas aceitam mesmo assim e brincam a tarde inteira. A cada dia que elas retornam o homem continua a oferecer dinheiro para eles brincarem, só que sempre menos um pouco que no dia anterior. Até que numa tarde, ao chegarem para brincar o homem avisa que naquele dia ele não pode oferecer nada, pois ele está sem dinheiro. Aborrecidas, as crianças vão embora, já que o homem recusa-se a pagá-las.
Após a leitura anterior, responda a seguinte questão:
O que motivava as crianças inicialmente (motivação intrínseca ou extrínseca)? No fim da história, o que motivava as crianças? Que efeito teve a motivação extrínseca sobre a intrínseca?
R:
O que motivava as crianças inicialmente é A MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA, pois elas eram levadas pelo LAZER E PRAZER DE DIVERSÃO.
No fim da história, as crianças eram motivadas pela RECOMPENSA(dinheiro), portanto, MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA
|Nesse caso a motivação extrínseca(por regulação externa) triunfou sobre a intrínseca(estimulação), pois, o homem soube mudar de prazer e diversão para obrigação e dever quando a cada dia que passava ia oferecendo menos dinheiro para as crianças?
2) Observe os gráficos a seguir:
GRÁFICO NÃO DISPOSTO
Pergunta-se: respectivamente, com quais teorias da ativação os gráficos anteriores podem ser relacionados? Explicite os princípios dessas teorias, dando destaque à interação entre ativação e rendimento esporte.
R:
TEORIAS DE ATIVAÇÃO
Vamos discutir TRÊS TEORIAS relevantes de ativação:
A TEORIA DIRECIONAL
A TEORIA DO U INVERTIDO (a mais popular)
TEORIA DAS ZONAS ÓTIMAS DE FUNCIONAMENTO
TEORIA DIRECIONAL (drive theory)
A primeira teoria criada para explicar a ativação, em meados do século 20 (HULL, 1943). Pode ser resumida pela equação:
DESEMPENHO = ATIVAÇÃO X NÍVEL TÉCNICO
Nessa equação se compreende então, que ativação e desempenho têm uma relação linear entre si: se a ativação aumenta, o desempenho aumente também, sendo isso verdade para um atleta com alto nível técnico. Todavia, para um atleta com baixo nível técnico, a ativação em um nível mais elevado teria um efeito desastroso (COX, 1998).
Com a continuidade das pesquisas em psicologia do esporte, viu-se que esta relação entre ativação e desempenho não é verdadeiramente linear. Foi constatado que mesmo atletas de bom nível técnico tiveram desempenho insatisfatório com níveis muito elevados de ativação. A teoria direcional foi considerada ingênua e então superada.
TEORIA DO U INVERTIDO
Também conhecida como lei de Yerkes-Dodson, foi adaptada para a psicologia do esporte a partir dos trabalhos dos psicólogos Yerkes e Dodson sobre ativação aplicada à aprendizagem (YERKES, DODSON, 1908).
Segundo esta teoria, há um ponto ótimo de ativação, no qual se pode atingir o melhor desempenho. As pessoas que estão em níveis de ativação menores que o ideal, têm seu desempenho comprometido, pois seu estado de alerta não as preparou para agir e reagir da forma mais adequada. A medida que a ativação aumenta, há um aumento progressivo no desempenho, mas até um certo ponto, uma vez que a ativação continua a aumentar para além do estado de alta excitação, há uma queda progressiva no desempenho. Assim, pela teoria do U invertido o desempenho e a ativação têm uma relação linear positiva até o ponto ótimo, a partir do qual se estabelece uma relação invertida, na qual mais ativação implica em menor rendimento.
A lógica de haver um ponto ótimo de ativação relacionado com o melhor desempenho possível é a mesma nas duas teorias. Porém, a teoria da catástrofe prediz que o contínuo aumento da ativação para além desse ponto não causará um declínio gradual no desempenho, mas antes, um declínio dramático na performance do atleta.
A teoria do U invertido é bem aceita entre os técnicos e os atletas, pois empiricamente, puderam verificar a adequação e seus princípios, observando seu rendimento em estados de baixa, moderada e alta ativação. Mas a despeito de sua popularidade, esta teoria foi alvo de críticas, centradas especialmente em qual seria o ponto ótimo da curva e como esta teoria explicaria a regulação da ativação para tarefas distintas (mais simples e mais complexas). Estas críticas abriram a possibilidade de novas perspectivas teóricas.
TEORIA DAS ZONAS ÓTIMAS DE FUNCIONAMENTO (individual zones ofoptimal functioning – IZOF)
Proposta pelo psicólogo russo Yuri Hanin (2000), esta teoria parte da teoria do U invertido, com duas mudanças principais:
1) Níveis ótimos de ativação e ansiedade (que ele inclui na teoria) nem sempre ocorrem no ponto médio do continuum – como proposta pela teoria do U invertido. Isso significa que alguns atletas alcançarão sua zona ótima de desempenho em níveis mais baixo de ativação que outros; alguns terão que ser muito, muito estimulados para obter um desempenho máximo e outros, como proposta pela teoria do U invertido, terão sua zona ótima de funcionamento em níveis moderados de ativação.
2) Hanin propõe ainda que não é um ponto específico que determina o estado de ativação ideal, numa relação de tudo-ou-nada. Há uma certa margem, o que cria a "zona", uma área que permite uma certa variação do estado de ativação e que mesmo assim, garante uma performance ideal.
A teoria das zonas de funcionamento foi muito bem aceita pelos pesquisadores em psicologia do esporte, assim como por aqueles que trabalham de forma aplicada na área. Assim, a teoria das zonas de funcionamento foi expandida para outras emoções relacionadas ao esporte, como a raiva, relaxamento, confiança, concentração etc. Um desafio aos técnicos das equipes esportivas é auxiliar seus atletas a identificar sua zona ideal de ativação e das outras emoções que podem estar relacionadas com a sua performance e auxiliá-los a encontrar a melhor zona de funcionamento para cada uma delas.
Ativação, estresse e ansiedade são conceitos e estados emocionais intrinsicamente relacionados, porém distintos. Assim, antes de discutirmos os efeitos da ativação no esporte mais detalhadamente (porque você já percebeu seu efeito importante sobre a performance do atleta), vamos nos aprofundar um pouco mais nos conceitos de ansiedade e estresse.
FONTE:
Apostila do Claretiano - Centro Universitário - DIMENSÕES PSICOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO – Profª. Dra. Angela Nogueira Neves Betanho Campana Acessado em: 13/03/2014 á 22:30
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