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Construção Social Do Sujeito

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Por:   •  3/10/2013  •  1.548 Palavras (7 Páginas)  •  2.779 Visualizações

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Construção Social do Sujeito

Nos textos lidos os autores nos dão uma visão ampla e diversificada dos sujeitos que estão envolvidos no processo de aprendizagem. Verifica-se que existem basicamente três sujeitos distintos – o sujeito psicológico, o sujeito epistêmico e o indivíduo, todos com sua parcela de contribuição. Não existe uma ordem de prioridade entre esses sujeitos, mas é certo que no meio acadêmico existe uma predominância do sujeito epistêmico.

O sujeito psicológico é aquele que em como características mais relevantes suas características pessoais, exclusivas, como seus sentimentos, emoções e sua forma de pensar. E, sendo assim, na maioria das vezes é ignorado pela escola, o que prejudica o processo de aprendizagem, principalmente no que diz respeito ao tempo de aprendizagem, pois um modelo de educação baseado nesse sujeito teria que levar em consideração as características de cada pessoa, dando ênfase as suas dificuldades.

O sujeito epistêmico é o que serve de parâmetro para a educação, pois é universal em relação ao conhecimento, atemporal e generalizado, possibilita a criação de um modelo padronizado que teoricamente serviria a todos. A epistemologia genética surge como uma superação entre os empiristas (professavam uma epistemologia exclusivamente centrada no meio) e os aprioristas (que defendiam uma preponderância absoluta do sujeito). Segundo essa linha de estudo o sujeito do conhecimento é único, formado tanto do psicológico quanto do epistêmico. Piaget trabalhou no sentido de, através da investigação psicológica, compreender como o sujeito passava de um estado de menor saber para um de maior conhecimento, e que isto se dá através de sua interação com o objeto.. Para ele o sujeito epistêmico deve ser entendido como o indivíduo universal, que é, ao mesmo tempo, todos e nenhum.

Segundo Piaget (1936, 1937),

“o conhecimento é sempre produto da interação entre sujeito e objeto. Nesse sentido, a ação pode transformar-se em uma ação interiorizada (operação) que modifica o objeto e o próprio sujeito, proporcionando-lhe uma coordenação de suas próprias ações”.

No geral, vimos que o professor embasa sua prática pedagógica no conceito de sujeito epistêmico, mas justifica o fracasso no sujeito psicológico, pois, apresenta uma metodologia de ensino pautada na homogeneidade dos estudantes, acreditando que pode ensinar a todos de uma mesma maneira, que todos os alunos terão o mesmo desempenho e no final aplicam a eles uma avaliação no sentido de padronizar resultados. Aqueles que não alcançam os resultados esperados são, então, culpados pelo fracasso, por suas características inatas, como a falta de talento ou problemas pessoais. Para resolver este impasse, cabe ao professor, levar em consideração as diferentes vivências de seus diferentes alunos, conhece-los, e a partir daí, propor atividades mais interativas levando-se em consideração que o tempo de aprender é diferente para cada sujeito e não o tempo das leis e dos conteúdos programáticos.

Devemos considerar que o ato de aprender passa pelo afetivo/emocional, social e cultural, sendo um processo complexo, que deve levar em consideração as características particulares de cada sujeito, isto é, é individual. Cada sujeito aprende de uma maneira, no seu tempo, sendo influenciados por estímulos externos, motivados pelo conhecimento. Além disto, devemos ressaltar a importância da interdisciplinaridade para a educação, para a aprendizagem e para o ato de aprender. Pois através dela, encontramos um entrosamento entre as diferentes disciplinas, o conhecimento é adquirido sob vários saberes e diferentes metodologias, havendo integração através das trocas, grupos e diversidades. Esta integração de saberes torna a aprendizagem mais atuante, dinâmica, interligando pessoas, conteúdos, experiências e promovendo de forma diferenciada a construção do conhecimento, trazendo vários estímulos do mundo que a cerca, na perspectiva de favorecer o ato de aprender.

Além disto, o ato de aprender sofre influências dos fatores internos e externos que o permeiam. Estes podem ser de ordem cultural, cognitiva, social, política ou econômica e impor limites ou possibilidades ao ato de aprender e ao sujeito que aprende. Então, temos que levar em consideração grau de motivação, interesse, desejo, necessidade de aprender aos quais o sujeito se enquadra (fatores internos) e observar o social, o meio em que o sujeito vive, o econômico, o clima de aprendizagem que se estabelece entre o sujeito e sua forma de aprender (fatores externos). Percebemos, então, que as condições internas definem o campo do sujeito e as condições externas definem o campo do estímulo, que se integram havendo uma construção do conhecimento, realçando assim, uma tendência construtivista. Além disso, o ato de aprender depende do desenvolvimento cognitivo do sujeito, de como ele vai lidar com estes fatores, e da influência do mediador do conhecimento, que deve estimular o pensamento crítico.

A construção social do sujeito pode ser visto relato das irmãs Amala e Kamala permite entender em que medida as características humanas dependem do convívio social. Amala e Kamala,as meninas-lobas da índia,por não terem contato com outras pessoas,não conseguiram se humanizar, não aprenderam a se comunicar através da fala, desde bebê, não tiveram contato com o ser da mesma espécie que elas. Sendo assim, podemos observar a importância da interação e socialização com outras pessoas para a construção do conhecimento. As necessidades do ser humano se dão e são supridas pela interação com outras pessoas e essas necessidades envolvem sua própria sobrevivência seja ela, física, segurança, proteção, alimentação, afeto e conhecimentos. O sujeito humano é constituído pela experiência individual, por aquilo que determina fisicamente, e o seu comportamento se baseia claramente nas experiências histórica e social, aquilo que não foi vivenciado pessoalmente pelo sujeito, mas está na experiência dos outros.

Vigotsky trouxe grandes contribuições para ampliar as concepções de aprendizagem que inclui relações entre as pessoas.

A relação do indivíduo

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