Crítica sobre o Filme: 12 Homens e 1 sentença
Por: Michele Fernandes • 18/5/2017 • Resenha • 1.639 Palavras (7 Páginas) • 483 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP
Instituto de Ciências Humanas
Campus São José do Rio Pardo
Curso de Graduação em Psicologia (Noturno)
Eloísa Justino
Kelly Cristina Fernandes
Michele Cristina Fernandes
Sara da Silva
Wilian Alexandre C. Oliveira
Trabalho do filme: Doze homens e uma sentença
São José do Rio Pardo/SP
Maio/2017
Eloísa Justino – RA C06954-0
Kelly Cristina Fernandes – RA C10907-0
Michele Cristina Fernandes – RA C10900-2
Sara da Silva – C19807-2
Wilian Alexandre C. Oliveira – RA C209EF-8
Análise do filme: Doze homens e uma sentença
Projeto curricular, como requisito para obtenção de nota na disciplina “Atividade Prática Supervisionada”.
Orientador: Mônica Ferreira da Silva
São José do Rio Pardo/SP
Maio/2017
- INTRODUÇÃO
A temática acerca de grupos sociais tem origem desde o início da sociologia, conta com grandes especulações de filósofos. O tema voltado para a psicologia teve início a partir dos empenhos do psicólogo alemão Kurt Lewin. Este nascido em Mogilno em 9 de setembro de 1980, era de família de judia. Estudou nas estudou nas universidades de Friburgo, Munique e fez doutorado na área de psicologia em Berlim, em 1914. Por ser de família judia ainda cedo entrou em contato com o tema de seus estudos durante ao longo de sua vida, que o deixou conhecido, sendo “as minorias e suas consequências” (BARRETO, 2010).
Kurt Lewin fundou em 1945 o Centro de pesquisa para a Dinâmica dos Grupos no Instituto de Tecnologia de Massachusettes. Ele explicita o conceito dinâmica como um conjunto de forças sociais, intelectuais e morais que produzem uma atividade e mudanças em esferas especificas. Segundo Lewin, a dinâmica de grupo é o estudo das forças que agem no seio dos grupos, suas origens, consequências e condições modificadoras do comportamento do grupo. Para ele a função do grupo é definir papeis e a historia considerada é a da aprendizagem.
Todas as pessoas pertencem a grupos. Algumas concepções da Psicologia Social chegam a afirmar que só “somos”, efetivamente, em grupo. Sabe-se que ninguém vive isolado e, também que não se pode compreender o comportamento do indivíduo sem considerar a influência de outras pessoas. Sendo assim, estabelecemos relações onde há, naturalmente, uma intenção particular de cada uma das pessoas envolvidas. A nossa formação individual depende então, desse relacionamento, seja ele em qualquer tipo de grupo ao qual pertencemos, família, trabalho, clube, escola, entre outros.
Neste sentido, parece haver concordância entre alguns dos diversos autores quanto a haver um objetivo comum para duas ou mais pessoas. As concepções tradicionais sobre grupos usualmente os caracterizam como um conjunto de pessoas que compartilham um objetivo comum. Entretanto, em uma perspectiva social crítica, a melhor definição do processo grupal corresponde à sua inevitável sujeição à passagem do tempo e à inserção social.
O Homem é um individuo social que tem sua existência permeada por relacionamentos coletivos. Esta realidade mostra a necessidade dos processos grupais na vida do ser humano. Para Lewin (1978), o grupo é um todo dinâmico que possui estrutura própria, objetivos e conexões com outros grupos. Devido a essas características, uma alteração no estado de uma de suas partes implica em mudanças em todas as outras. Nesse sentido, ocorre uma interação entre as pessoas do grupo, que se influenciam mutualmente, podendo provocar uma mudança ou produção de novos significados e objetivos.
Outra característica de um grupo é a interdependência que acontece entre seus membros, que não precisam ser semelhantes para estarem ligados, pois outros aspectos influenciam na interdependência de um grupo, como a contemporaneidade, que são eventos temporais tendo efeito em determinado momento (MINICUCCI, 2011).
O campo do conhecimento sobre a convivência em grupo e de suas relações com os outros grupos e com as instituições mais amplas foi denominado dinâmica de grupo. Seu desenvolvimento é um fenômeno do século XX e deu-se de forma diferenciada dos estudos realizados nos séculos anteriores. É neste período que, sobretudo, psicólogos e sociólogos passaram a dar um tratamento mais científico ao estudo de grupo. (MELO; MAIA FILHO; CHAVES, 2014)
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Kurt Lewin ilustra o conceito de dinâmica de grupo, como um agrupamento de forças sociais, intelectuais e morais que resultam no conjunto de interações no interior de um espaço psico-social. Segundo ele o objetivo de um grupo é determinar papeis e a história ponderada é a da aprendizagem.
Para Minicucci (2011), na tentativa de compreender o comportamento grupal, ou transformá-lo, Lewin reconheceu ser necessário analisar alguns aspectos. Como:
- natureza dos grupos;
- seu funcionamento;
- relação individuo-grupo;
- relação grupo-sociedade.
Para Lane (2001), Lewin observou os pequenos grupos em termos de espaço topológico e de sistema de forças, procurando captar à dinâmica que ocorre quando as pessoas estabelecem uma interdependência seja em relação a uma tarefa proposta, seja em relação aos próprios membros em termos de atração, afeição etc.
Assim cria-se a noção de socio-grupo que é mais objetivo, um grupo de tarefa e psico-grupo, onde os afetos se desenvolvem.
Lewin deu ênfase a conceitos que estão presentes nos grupos como a coesão do grupo que são condições necessárias, as regras para sua manutenção, as pressões e padrão do grupo que são os argumentos que seus membros utilizam para garantir a fidelidade aos objetivos do grupo, a liderança que é a força de convencimento, o carisma, exercido por um ou mais indivíduos sobre os outros, as propriedades estruturais dos grupos que são os padrões de comunicação, desempenho de papeis e as relações de poder, dentre outros.
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