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DISTÚRBIOS ALIMENTARES NA ADOLESCÊNCIA

Por:   •  24/4/2018  •  Seminário  •  1.801 Palavras (8 Páginas)  •  341 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA-

UNOESC

CLEITON PRIMAZ

FERNANDA CARINA PREUSS

RODRIGO BENETTI

PSICOSSOMÁTICA E DISTÚRBIOS ALIMENTARES

SÃO MIGUEL DO OESTE

2017

CLEITON PRIMAZ

FERNANDA CARINA PREUSS

RODRIGO BENETTI

DISTÚRBIOS ALIMENTARES NA ADOLESCÊNCIA

Trabalho referente ao curso de Psicologia, com componente curricular de Psicossomática da Universidade do Oeste de Santa Catarina, com o objetivo de trazer os distúrbios alimentares , como a Anorexia, Bulimia, Obesidade, Vigorexia e Ortorexia, a fim de trazer suas origens, características, tratamento, e sua ligação com a psicossomática.

Orientadora: Prof. Ângela Maria Bavaresco

SÃO MIGUEL DO OESTE

2017

1.0 INTRODUÇÃO

        O presente trabalho tem por objetivo, abordar os principais distúrbios alimentares ligados a psicossomática, sendo eles: anorexia, bulimia, vigorexia, ortorexia, obesidade e transtorno de compulsão alimentar. Serão levantados dados sobre cada distúrbio, tais como, o que são, quais seus sintomas, suas consequências, suas causas e também método de tratamento, dando um enfoque maior no tratamento psicológico. Serão apresentados também, os conceitos que ligam todos esses transtornos as manifestações somáticas.

2.0 DESENVOLVIMENTO        

        Anorexia é um transtorno alimentar onde a pessoa tem a imagem de que está acima do peso ideal. Esse transtorno abrange algumas partes do corpo como por exemplo: aspectos psicológicos e fisiológicos. No psicológico desenvolvem um intenso medo de ganhar peso, já no fisiológico, existem várias complicações pela insuficiência de nutrientes e calorias ingeridas, fazendo com que assim o indivíduo passa a um estado de desnutrição. Não existe uma causa científica concreta que leve o transtorno, porém aspectos emocionais, biológicos e ambientais podem contribuir para o desenvolvimento dessa patologia.

        É recomendado a utilização de algumas formas de terapia, tais como terapia cognitivo comportamental, terapia de grupo e terapia familiar.

A intervenção da terapia cognitivo comportamental:

A Teoria Cognitivo Comportamental pressupõe que o sistema de crenças de um indivíduo exerce importante papel no desenvolvimento de seus sentimentos e comportamentos. Portanto cabe ao psicoterapeuta incentivar, ensinar e treinar o paciente a analisar suas crenças para confirmar ou refutar se o pensamento é distorcido, torna-o assim funcional mas tudo isso é possível com uma posição ativa do profissional que vai auxiliá-lo nessa análise. GRIESMEYER (2016)

        Também é necessário o acompanhamento também com um profissional da área nutricional. Em alguns casos utiliza-se medicamentos, os mais indicados são: Cobavital, Antidepressivos e Antipsicóticos.

        A bulimia nada mais é que uma disfunção alimentar, onde o indivíduo passa a consumir uma quantidade excessiva de comida calórica, e consequentemente cria um peso na consciência com medo de engordar, fazendo assim com que se busque uma forma de eliminar o que foi ingerido. O método mais comum é através de vômitos e laxantes. Pode ser dividida em duas categorias, bulimia com expurgação e sem expurgação.

        Não há causas específicas para o transtorno alimentar, mas frequentemente ele aparece onde a uma somátização de fatores como a depressão, autoestima baixa e até mesmo a ansiedade. Fatores psicológicos e emocionais, o conceito de “corpo perfeito” prescrito pela sociedade e mídias podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Nos aspectos familiares dos pacientes bulímicos segundo Silva, (2015) encontraremos [...] famílias perturbadas, com dificuldades de afeto

        Para o tratamento sugere-se acompanhamento psicológico, assim como acompanhamento nutricional, podendo ser receitado também algumas medicações, normalmente os mais usados são: Daforin e Flouxetina.

        A obesidade é um distúrbio alimentar crônico, grave, causado pela ingestão em excesso de alimentos com grandes quantidades calóricas. Este transtorno é diagnosticado através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC).

        São muitas as causas da obesidade, atualmente têm-se o sedentarismo e a vida corrida como principais fatores que induz este transtorno. Porém, como salienta Angelis (2014): "[...] algumas disfunções endócrinas também podem levar ao desenvolvimento da obesidade." Fatores sociais, psicológicos e genéticos, insônia crônica, desequilíbrio hormonal, hipotireoidismo,  e o uso de certos medicamentos estão ligados ao desenvolvimento da obesidade.

Esse distúrbio pode provocar no indivíduo sérios problemas de saúde, tais quais como: insuficiência cardíaca, diabetes, arteriosclerose, hipertensão cardíaca,disfunções pulmonares, doenças cardiovasculares, problemas sexuais e aumento da mortalidade. A obesidade pode, também, mexer com fatores psicológicos, acarretando diminuição da autoestima e depressão. (ANGELIS, 2014)

Tratando-se do tratamento quando a obesidade, a forma mais "simples" é a adoção de um estilo de vida mais saudável. Segundo Dâmaso (2015), os medicamentos e a cirurgia bariátrica podem ser utilizados em alguns casos. O psicólogo (a) também se inclui no tratamento ajudando o paciente a lidar com os paradigmas sociais, e elevar a autoestima. Parafraseando Pereira, quando se trata de crianças e adolescentes trabalho terapêutico é essencial os pais também. A terapia em grupo é uma ótima intervenção, pois para Goulart e Santos (2012): "Na grupoterapia [...] os participantes podem refletir suas emoções e condutas a partir de um novo e diferente vértice [...]".

Finalizando as informações sobre obesidade, salienta-se que ela não é considerada uma manifestação somática. Para comprovar isso aponta-se por Segal (2012): "Num estudo em particular, 41 mulheres obesas submetidas a elevados níveis de estresse comeram menos do que quando relaxadas, contrariando a expectativa [...] psicossomática.". Porém é importante falar de obesidade em psicossomática pois há estudos que indicam que crianças negligenciadas pelos pais, tem mais chances de se tornarem obesas. E quando comparado com o peso normal, esse grupo apresenta maior histórico de traumas. Por isso, surge o questionamento, se não há chances de em alguns casos, a obesidade ser somatizada.

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