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Depressão Por Luto

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Por:   •  13/11/2014  •  3.764 Palavras (16 Páginas)  •  457 Visualizações

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PORTADORA DE DEPRESSÃO CRÔNICA POR LUTO

RESUMO

A depressão é uma doença que provoca incapacidade no indivíduo, onde os tratamentos cabíveis são medicamentosos e terapêuticos, atinge na maioria mulheres, porém homens, adolescentes e crianças podem ser acometidos. Objetivou-se com esse estudo implementar a Sistematização da Assistência de Enfermagem norteada pela Teoria do Relacionamento Interpessoal de Hildegard Peplau e definir os diagnósticos, resultados esperados e intervenções de enfermagem de acordo com as classificações NANDA, NIC e NOC. Constatou-se ser viável a aplicabilidade da teoria de Hildegard Peplau, bem como a implementação da SAE, onde observou-se que a paciente adquiriu autoconfiança e passou a auto ajudar-se, restabelecendo aos poucos o seu convívio social e aceitando a realidade .

Palavras-chave: Assistência de Enfermagem; Depressão

1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas a depressão tem alcançado uma grande importância na psiquiatria, tem sido muito disseminada na mídia e na indústria farmacológica, apresentando inúmeras pesquisas e publicações com foco nesse assunto.(1)

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 17 milhões de brasileiros sofrem de depressão. No Brasil não temos estudos epidemiológicos abrangentes, mas se admite que a nossa realidade não seja diferente dos países de primeiro mundo. Alguns levantamentos dizem que o risco de depressão durante a vida é de 7 a 12% para homens e de 20 a 30% para mulheres, outra parcela encontra-se em pessoas hospitalizadas por período prolongado, pessoas que fazem abuso de álcool e/ou outras substâncias e pessoas com doenças correlatas como infecto contagiosa, câncer e outras que levam a incapacidade física e degenerativa.(2)

A depressão apresenta no seu conceito várias categorias diagnósticas, tais como transtorno bipolar, unipolar, sazonal, transtorno depressivo maior e distimia. Os casos de depressão se caracterizam em graves e incapacitantes e decorrem de um desequilíbrio de substâncias químicas neurotransmissoras, podendo existir mais de um episódio durante a vida, se manifestando após mecanismos múltiplos, como, perdas de objetos, fracassos, discriminações, problemas familiares, processo de luto não superado, uma gravidez não desejada, uma perda de auto estima entre outros, que causam no indivíduo uma tristeza profunda e prolongada, transformando tudo em problemas considerados como um pesar e difíceis de resolver, tornando-o diferente de uma pessoa saudável. (1, 2, 3)

Seus principais sinais e sintomas são infelicidade, incapacidade de aproveitar a vida, choro freqüente, pessimismo, queixas, distúrbio de humor, implicância, não aceitação de seus diagnósticos, fisionomia sombria, falta de apetite, angustia, complexo de inferioridade, déficit de memória,

sonolência, isolamento, insônia, falta de concentração, deficiência na tomada de decisão, processo digestivo prejudicado, corpo pesado, movimentos corporais lentos, geralmente andam arrastando os pés. Esses sinais e sintomas podem ser reduzidos ou eliminados com tratamentos adequados, porém a falta de assistência pode acarretar complicações graves levando a morte ou ao suicídio. (4) As terapêuticas utilizadas são psicoterapia, fitoterapia, arteterapia e eletroconvulsoterapia, sempre acompanhado do tratamento farmacológico, onde o paciente tem direito de saber sobre a natureza dos medicamentos, suas ações, seus efeitos adversos, sobre o tempo previsto para sua ação terapêutica bem como a previsão de tempo de uso, evitando assim que cesse o tratamento no meio do caminho e venha a ter recaídas e agravos no seu estado.(4, 5)

Os antidepressivos não são calmantes. São substâncias específicas para a correção do humor ou do afeto. Do ponto de vista farmacológico, considera-se que a diminuição da Noradrenalina no sistema neuronal é o principal agente da depressão, contribuindo também para a diminuição da Serotonina.(5) Os psicofármacos são divididos em três classes: psicotrópicas, psicoativos e psicoterapêuticos, porém essas drogas não são utilizadas exatamente para uma doença específica, em cada classificação, pois muitos antidepressivos são usados para tratar transtornos de ansiedade e alguns ansiolíticos são usados para tratar psicoses, transtornos depressivos e bipolares, tudo vai depender da dosagem administrada, da farmacodinâmica e da farmacocinética de cada um.(5)

Farmacodinâmica verifica o que a droga faz no organismo, farmacocinética é o que o organismo faz com a droga. O que ocorre nos psicofármacos é que eles alcançam o cérebro através da corrente sanguínea, mas somente a fração livre das drogas pode atravessar a barreira hematencefálica e agir no neurotransmissor. A maioria das dessas drogas são oxidadas pelo sistema hepático da enzima, secretados pela bile, fezes, urina, suor, saliva lágrimas e no leite materno.(5)

O tratamento medicamentoso da depressão pode ser feito com apenas uma categoria de medicamento ou ainda, com mais de uma, o que determina isso é o estado em que o indivíduo se encontra. Pode-se também iniciar o tratamento já com doses altas de ataque e posteriormente reduzir essa dosagem, ou o contrarío.(5)

As categorias desses medicamento são inibidores da monoamino-oxidase (IMAO), inibidores de recapitação de serotonina e norepinefrina (IRSN), inibidores de recaptura/antagonistas da serotonina-2 (IRAS).(5) As ações dessas categorias são: (5)

IMAO - Bloqueiam a degradação da serotonina e a norepinefrina na fenda sináptica e na célula pré-sináptica, que são degradadas pela enzima monoamino-oxidase, aumentando a concentração dos neurotransmissores;

IRSN - Bloqueiam a recapitação da serotonina e da norepinefrina ligando-se aos transportadores desses neurotransmissores na célula pré-sináptica;

IRAS - Bloqueiam os efeitos negativos na secreção da norepinefrina e da serotonina pela célula pré-sináptica, aumentando as concentrações desses neurotransmissores na fenda sináptica, também são capazes de bloquear alguns receptores de serotonina na célula pós-sináptica, o que melhora a neurotransmissão.

Dada a complexidade que permeia o cuidado do indivíduo com depressão, o enfermeiro deve possuir competências essenciais, objetivando um adequado planejamento da assistência de enfermagem. Para tanto, deve utilizar um método para organizar e prestar essa assistência.

A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), de acordo com a resolução COFEN 272/2004, estabeleci que é responsabilidade do enfermeiro, com exclusividade, a

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