Desafio Profissional

INTRODUÇÃO

Neste trabalho, irei propor uma reflexão á respeito de um Desafio Profissinal que permeia e educação, tendo em vista a diversidade familiar, étnica e cultural entre os educandos os quais estão inseridos nas unidades de ensino do país, para promover a escrita desta reflexão me amparei nos recusos oferecidos em minha formação, bem como pesquisas particulares e diálogos reflexivos com colegas educadores.

É importante ressaltar que uma vez educador, é primordial ser também reflexivo a cerca do que a educação tem como potencial em relação ao oferecimento de socialização e convivência, bem como o papel que ela tem em desmistificar os preconceitos da atualidade, promovendo igualdade e incentivando o exercício da cidadania, independendo de cor, raça, gênero, classe social entre outras questões que permeiam o processo de formação do individuo como um todo, como bem descrito pelo Estatuto da Criança e do Adolescente em seu 53º artigo (Lei 8069/1990):

“A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acessoe permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores.”

O texto a seguir for organizado de forma a ressaltar e investigar o tratamento que as unidades de ensino têm dado á respeito da multiculturalidade e diversidade entre os educandos das mesmas, uma vez que o projeto político e pedagógico e o currículo das escolas tem abordados estes temas de forma á se fazerem necessários no cotidiano, como será que as escolas têm trabalhado esses aspectos? E ainda, como posso contribuir enquanto professor para o desenvolvimento destes aspectos dentro da sala de aula e na escola de forma geral?

PASSO 1

DOCUMENTOS Principais aspectos abordados nos documentos relacionados ao respeito às diversidades e ao multiculturalismo.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDBEN 9.394/96)

• Art. 26º. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

• § 4º. O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia.

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) • Para corresponder aos propósitos explicitados nestes parâmetros, a educação escolar deve considerar a diversidade dos alunos como elemento essencial a ser tratado para a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem.

• A atenção à diversidade é um princípio comprometido com o direito de todos os alunos realizarem as aprendizagens fundamentais para seu desenvolvimento e socialização.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o Ensino de História e cultura Afro-Brasileira e Africana.

• Sabe-se hoje que há correlação entre pertencimento étnicorracial e sucesso escolar, indicando, portanto que é necessária firme determinação para que a diversidade cultural brasileira passe a integrar o ideário educacional não como um problema, mas como um rico acervo de valores, posturas e práticas que devem conduzir ao melhor acolhimento e maior valorização dessa diversidade no ambiente escolar.

Referencial Curricular Nacional para Educação

Infantil, Volume 1.

• Estes volumes pretendem contribuir para o planejamento, desenvolvimento e avaliação de práticas educativas que considerem a pluralidade e diversidade étnica, religiosa, de gênero, social e cultural das crianças brasileiras, favorecendo a construção de propostas educativas que respondam às demandas das crianças e seus familiares nas diferentes regiões do país.

• O professor deve conhecer e considerar as singularidades das crianças de diferentes idades, assim como a diversidade de hábitos, costumes, valores, crenças, etnias etc. das crianças com as quais trabalha respeitando suas diferenças e ampliando suas pautas de socialização. Na instituição de educação infantil o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, por excelência, cuja função é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências educativas e sociais variadas.

PASSO 2.

Uma comemoração excludente.

Comemoração do dia dos Pais da escola “Faz de conta”.

Disponível em: http://escolafazdeconta.com.br/eventos/festa-dia-dos-pais

Acesso em: 28/04/2014

Analisando os dados do evento no site, não foi difícil perceber que esta festa foi uma comemoração para alguns, em um lugar que deveria ser de todos: A escola.

A festa feita em comemoração ao Dia dos Pais da Escola Faz de Conta, fez a alegria dos alunos, ou melhor dizendo: A alegria dos alunos que tem pai. Nesta celebração foram convidados alunos e seus pais para um momento de diversão e homenagem, porém, se pararmos para refletir poderá concluir que a alegria de alguns neste caso interferiu nas emoções de outros, uma vez que as diversidades das famílias de todas as crianças aparentemente não foram postas em questão.

Há crianças em idade escolar, que não possuem pai, por motivo de falecimento, que não possuem pai por motivo de divórcio, ou porque são criados por tios, tias, avós, avôs, irmãos, entre outros, ou mesmo porque suas famílias são formadas por duas mães ou dois pais, seria possível então fazer uma comemoração de dia dos pais ou mães, sem excluir nenhum educando participante? Sim, é o mostra uma reportagem falando da escola “Lua Nova” que passou a comemorar o dia da família como um todo, em que qualquer que seja o responsável pela criança é homenageado e bem vindo a participar da celebração, é um momento que a família tem para criar vínculos