Desenvolvimento Humano Velhice

Velhice entre o normal e o patológico

                   Em 1999 foi o Ano Nacional do Idoso, com o Congresso da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em 2000, o Brasil despertou os cuidados com a velhice, com o aumento de números de inscritos para o evento, o Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia representa a importância do envelhecimento adquirido na sociedade. Há uma grande procura do publico e a mídia vem enfatizando a importância dos cuidados, com especialista e programas voltados a faixa etária.

                   A ciência do envelhecimento tem como projeto uma perfeita integração interdisciplinar.

No SBGG ficou a duvida o que seria geriatria e gerontologia

Geriatria e Gerontologia o que são?

                   Em 1989 foi publicado no The Gerontologist, Achenbaum et al,com várias definições para o termo “Gerontologia”, onde autores afirmam que não houve nenhuma definição para o termo. Afirmar que a gerontologia seria o “termo técnico” ironicamente de teorias do envelhecimento. Em 1986 foi publicado em cartilha que gerontologia é o estudo do envelhecimento sob perspectiva ampla.

No Brasil há uma dificuldade em definir, segundo Jordão Netto (1997) a gerontologia é a soma de conhecimento científico aplicado ao estudo do envelhecimento humano, abrangendo aspectos biológicos, psicológicos e sociais.

                   Divide-se a geriatria nos ramos da medicina que tratariam doenças do envelhecimento e gerontologia social que estaria ligada a várias disciplinas psicológicas e serviços sociais.

                   João Netto propõe um modelo reduzido para ser administrado no Brasil. Parece originar mais nas identidades profissionais do que as especialidades teóricas de campo, no caso diferem os “geriatras dos gerontólogos”, porque somente médicos poderiam ser geriatras, enquanto outros podem ser gerontologos, a biologia do envelhecimento não se adéqua ao ramo da gerontologia.

                   A autora lastima a fatalidade que a gerontologia no Brasil seja uma simples especialização e não uma profissão, sem curso de graduação.

                   Martins de Sá explica que está associada a uma intencionalidade de interjeição sobre o objeto ao envelhecimento, há uma busca para o conhecimento, dessa maneira a gerontologia teria uma natureza interventiva.

                   A fase interventiva da gerontologia torna-se uma razão de ser ligada à questões sociais expressivas, uma luta pelos direitos fundamentais do idoso. A idéia de gerontologia como mecanismo de intervenção era destacada por outros autores, uma idéia diferenciada de Martins de Sá.

                   Em 1993 Moody, propõe uma gerontologia crítica a política, a prática e a pesquisa para que sejam realizados em prol ao idoso. Para Butler (1975) é exaltada a gerontologia como uma junção entre a advocacia e a ciência.

                   No ponto de vista epistemológico, a gerontologia está insatisfatória; hoje em dia dizem que o mercado esta em alto desenvolvimento.

                   Segundo a autora o discurso gerontológico queria atuar no sentido de transformar oo envelhecimento em problema social, outros querem modificar a velhice em uma questão política, já que a sociedade moderna é capitalista e exclui os idosos por não serem mais produtivos, surge então à gerontologia como assistência ao idoso.

                   Não há uma auto definição de envelhecimento e nem característica de quando a necessidade de um geriatra ou gerontólogo.

                   Segundo Masoro (1999), o envelhecimento no ponto de vista biológico da início no final do período produtivo, quando está associado a falta de capacidade do organismo.

                   Não podemos definir o envelhecimento pela idade da pessoa, mas sim pelas causas que a idade ocasionou ao seu organismo. Masoro explica que foram varias tentativas de associar marcadores biológicos como tempo de reação o indivíduo a estímulos, nenhum apontou validade para mostrar a idade biológica.

                   Percebendo o problema tentaram desenvolver modelos matemáticos, para interagir inúmeros marcadores biológicos que aproximariam os cálculos de vida do indivíduo.

                   Dois autores dizem que nem o envelhecimento nem a idade não são observáveis e suas conseqüências são conjuntos.

                   Canguilhem (1978) ressalta que a sociedade confunde saúde com juventude, no caso da velhice apresenta uma grande contraposição de um lado espécie de doença, pois é medica pelo grau de degeneração que causou no organismo.

                   A geriatria e gerontologia afirmam todo o tempo que envelhecimento é uma fase normal da vida. A importância desta ciência é combater e identificar as patologias que iniciam na velhice, e não a própria velhice, para prolongar a vida seria um tratamento preventivo estabelecendo normas saudáveis em cada estágio da vida do indivíduo, a idade seria uma mediação da saúde, uma quantificação do que restaria da vida.

As Origens do Problema

                   A história da gerontologia e da geriatria, pois, ambas falam do mesmo assunto relacionado a uma especialidade médica que envolve a velhice, dessa forma,  surge uma confusão nas áreas multidisciplinares.

                   Entretanto,  a gerontologia é uma disciplina um pouco complicada de traçar alguns aspectos sobre a área,  sendo assim,  segundo o  artigo da  historiadora Carole Haber ( 1986 ),  ela questiona o por que da Geriatria ter sido criada no início do século XX,  e ela ainda confirma que essa especialidade ainda continua com números pequenos de especialistas até hoje.

                   Mas, sabe-se que a população que mais abrange é dos idosos que equivale a 25% das despesas médicas e públicas do País.  Entretanto, essa especialidade não era muito atrativa, só foi ganhando forças em 1980, que foi sendo aplicada numa questão pública, contudo a Geriatria continua sendo uma especialidade que atrai poucas pessoas,  mas,  para Haber,  isso é atraído por problemas internos da disciplina.