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Dinâmica de Grupo e Processos Grupais

Por:   •  20/6/2017  •  Resenha  •  1.855 Palavras (8 Páginas)  •  728 Visualizações

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Resenha Crítica

EMERENCIANO-MELO, A. S.; MAIA-FILHO, O. N.; VIANA-CHAVES, H.; Dinâmica de Grupo e Processos Grupais. 20 p.

Credenciais dos Autores:

Armando Sérgio Emerenciano de Melo é psicólogo pela Universidade Federal do Ceará (1986) e mestre em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (2003). Atualmente é professor adjunto do curso de Psicologia da UNIFOR. Coordenador do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza de 2003 a 2007 e consultor em desenvolvimento organizacional. Como professor trabalha como supervisor de psicoterapia de grupo e em plantão psicológico do SPA da UNIFOR. Ministra as disciplinas de Teorias e Técnicas de Intervenção Grupal e Aconselhamento Psicológico. Como consultor trabalha com: pesquisa-ação, grupo focal, mudança planejada, relações interpessoais, gestão de pessoas e com processos de ensino-aprendizagem.

Osterne Nonato Maia Filho é licenciado (1992) e graduado (1993) em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará. Mestre (1998) e doutor (2004) em Educação pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é professor de Psicologia da Universidade Estadual do Ceará e da Universidade de Fortaleza. É professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Ceará (PPGE-UECE, linha marxismo e formação do educador) e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará (UFC), atuando na linha de pesquisa marxismo, educação e luta de classes. Tem formação em psicanálise e leciona disciplinas ligadas a esta área, como também nas áreas de psicologia social, de epistemologia da psicologia, de psicolinguística, de pesquisa em psicologia e de psicologia escolar. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Teoria Geral de Planejamento e Desenvolvimento Curricular, atuando principalmente nos seguintes temas: reestruturação produtiva, teoria das competências, ensino médio, reforma curricular, semiótica, formação e subjetividade docente.

Hamilton Viana Chaves possui formação em Eletrotécnica pela Escola Técnica Federal do Ceará (1997), graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (2004), especialização em Psicopedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (2006), mestrado em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (2006) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Ceará (2011). Realizou estágio de Pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade de Fortaleza (2014). É psicólogo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará e professor do Curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza. Tem experiência na área de Psicologia e Educação, com ênfase em psicologia cognitiva e educação profissional e tecnológica.

O presente artigo aborda sobre relacionamentos grupais destacando elementos conceituais básicos em relação à dinâmica de grupos, como objetivos, estrutura, necessidades interpessoais, tarefas e emoção na interação, papéis, entre outros elementos. O assunto é descrito de forma interessante e clara de acordo com diferentes visões de autores com base em suas teses, relacionados ao fato de que o indivíduo nasce, aprende, trabalha e morre em grupo, tornando evidente a necessidade do estudo da vida grupal. Onde discutem a importância da formação grupal e a sua consequente conversão em objeto de observação e pesquisa, dividindo em desenvolvimento das práticas de intervenção grupal, definição de processo grupal, os objetivos e necessidades grupais, composição, desempenho de tarefas e a comunicação, exercício de papéis e liderança, normas e valores.

A abordagem da dinâmica de grupo põe em destaque o entrelaçamento de desejos pessoais e objetivos coletivos, sendo definido como o campo do conhecimento sobre a convivência em grupo e de suas relações com os outros grupos e com as instituições mais amplas. O artigo descreve o ser humano como um ser social que somente existe em função de seus relacionamentos grupais, tornando importante e evidente a necessidade do estudo da vida grupal. Partem do princípio de que a essência dos fenômenos grupais, a interdependência entre seus membros, é a mesma em qualquer tipo de grupo e o que determina as diferenças entre os distintos grupos é o objetivo e fins para os quais foram criados, compostos e a diversidade da cultura. Tendo em vista os diversos tipos de grupos abordados, há uma subdivisão diferenciando os grandes grupos e os pequenos grupos ou microgrupos.

Em relação aos microgrupos todos os participantes estão frente a frente e tem a possibilidade de estabelecer relacionamentos interpessoais sem a mediação de terceiros. Os grupos operativos cobrem o campo institucional, organizacional, comunitário, com foco psico-educativo, portanto, na modificação desses campos. Já nos grupos psicoterápicos são classificados a partir da abordagem teórica e têm perspectiva terapêutica. Assim para o estudo dos microgrupos, podemos estabelecer a classificação para a gênese dos microgrupos como: naturais espontâneos que são caracterizados por relações afetivas, enraizadas na existência natural como a família, a comunidade de nascimento, entre outros; ou artificiais que se caracterizam pelo fato de que a razão do agrupamento é exterior à vontade direta dos membros, tendo como exemplo o serviço militar obrigatório e os cursos de graduação universitários. Já os microgrupos momentâneos são caracterizados por uma limitada duração de sua existência, como reuniões eventuais; e o microgrupo natural e durável pode ser exemplificado pela família e as organizações militares.

No artigo em questão compreende dois conjuntos diferentes de processos: o conjunto de fenômenos psicossociais e o conjunto de métodos, onde nos dois sentidos atribuídos pelo autor para a expressão dinâmica dos grupos, podemos concluir que se trata de um campo da ciência, pois investiga os fenômenos de sujeitos, também se trata de uma ciência aplicada, pois se propõem uma intervenção. Podemos perceber em relação a visão de alguns dos autores que os grupos funcionam a partir dos padrões de comunicação, métodos de tomada de decisão, técnicas de resolução de problemas, atividades formadoras de normas, sentimentos e percepções interpessoais e formação de simpatias e antipatias.

Ficou esclarecido que ao trabalharmos com grupos, devemos saber como o objetivo do grupo foi estabelecido, como o objetivo grupal está em interação com os objetivos de cada membro e como o objetivo do grupo influenciou o processo de inclusão grupal. No estudo em destaque vemos que o ser humano que se reúne em grupo tem necessidades

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