Doença de Parkinson e Paralisia Cerebral
Por: Maria Clara Moreno • 25/10/2015 • Resenha • 1.722 Palavras (7 Páginas) • 1.151 Visualizações
DOENÇA DE PARKINSON
Conceito: O que é a Doença de Parkinson?
Em 1817 James Parkinson descreveu que os distúrbios nos neurônios secretores da de dopamina da base que são responsáveis pelo controle e ajuste da transmissão dos comandos vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano, nascendo assim a doença de Parkinson, nome este intitulado pelo cientista francês Jean Martin Chacot em homenagem a James Parkinson.
Para ajudar a controlar os sistemas musculares dos seres humanos, o cérebro produz uma substancia química chamada dopamina que tem a função de estabilizar o sistema nervoso, a partir do momento em que o cérebro para de produzir a dopamina processo esse que ocorre lentamente, o corpo começa a ter inicialmente pequenas disfunções musculares ou popularmente conhecidos tremores.
Causas
Infelizmente até hoje não se sabem o real motivo que levam o cérebro a parar de produzir a dopamina, algumas teorias aceitas, porém como informado não comprovadas são:
- Genética: através de mutações genéticas, porém consideradas mais raras, que são passadas de gerações pra gerações.
- Fatores climáticos: meio ambiente, através das poluições e adversidades climáticas as quais estamos expostos diariamente, porém consideradas por especialistas como de risco menor.
- Idade: os riscos de se ter Parkinson aumentam quando atinge-se a terceira idade, casos em jovens adultos existem, porém fatos isolados e raros, os homens são mais propensos a ter Parkinson do que as mulheres.
- Hereditariedade: pessoas com casos em parentes de primeiro grau têm riscos, porém ainda segundo os especialistas não é fato que você terá Parkinson.
Sintomas da doença de Parkinson
Por ser uma doença que evolui constantemente no paciente já afetado, a doença de Parkinson começa com leves temores e se agravam ao passar do tempo, não necessariamente a doença de Parkinson atinge todo o corpo, podendo assim atingir apenas um lado. A pessoa que suspeita que tem a doença ou parente deve se atentar com os sintomas que podem ser baba involuntária, perda do movimento de piscar, constipação, falta de expressão no rosto, dores musculares, lentidão nos movimentos do corpo, confusão, depressão, perda de memoria, alucinações e muitas outras.
Diagnóstico
Com a inexistência de um exame especifico para determinar de fato se o paciente é ou não portador do Mal de Parkinson, o especialista no caso um Neurologista, solicita exames físicos e neurológicos, além de se basear nos históricos do paciente. Demanda-se tempo para ter a certeza da doença, que muitas vezes são baseadas nos resultados do uso da medicação.
Tratamento
Não existi cura para o Mal de Parkinson, o que existe são alternativas que melhoram a qualidade de vida do paciente portador da doença, tais como medicamentos, exercícios aeróbicos, terapias físicas e em casos mais severos cirurgia.
Os medicamentos têm como principal função auxiliar na produção de dopamina, assim melhorando a mobilidade e diminuindo os tremores, os medicamentos que o médico pode prescrever são Carbidopa-levodopa, anticolinérgicos, amantadinas entre outros.
No inicio do tratamento os medicamentos são extremamente eficazes, porém com o decorrer do tempo seu poder de ação diminui trazendo resultados menos expressivos, contudo os sintomas geralmente continuam controlados.
A cirurgia é o procedimento menos utilizado, pois é alternativa a pacientes com grau elevado da doença onde os medicamentos não combatem mais os sintomas. Nesse procedimento cirúrgico existe duas alternativas, sendo a primeira a instalação de eletrodos em áreas especificas criando uma estimulação profunda, outra alternativa é a destruição do tecido cerebral que causa o Mal de Parkinson.
Os exercícios aeróbicos e terapias físicas, não combatem o Mal de Parkinson, apenas ajudam na mobilidade do paciente para evitar a paralisia total.
Papel do Psicólogo no Tratamento
O encaminhamento para um tratamento psicológico e psicoterapia também podem ser de grande valor no processo de tratamento e acompanhamento do paciente de Parkinson. Visto que o enfrentamento da doença pode ser dificultado dependendo das atividades desenvolvidas pela pessoa antes da doença, bem como a representação e os efeitos dela para o indivíduo.
Existem também estudos que apontam para o elevado índice de depressão nos pacientes de Parkinson, por conta da doença e pela consequente considerável perda motora. Assim sendo, o papel do psicólogo torna-se fundamental no acompanhamento do paciente, bem como de sua família, para que a família possa lidar da melhor maneira possível com o diagnóstico e prover todo apoio necessário a seu familiar.
PARALISIA CEREBRAL
Conceito: O que é Paralisia Cerebral?
O nome Paralisia Cerebral é utilizado para designar um conjunto de manifestações clinicas diferentes que afetam a postura e movimento, apresentando dificuldades motoras, esse quadro acontece por conta de um distúrbio ainda no desenvolvimento do cérebro e na maioria da vezes ainda na vida intrauterina.
A doença pode ser classificada em três tipos, de acordo com o tipo de dificuldade motora: Paralisia Cerebral Espástica, Paralisia Cerebral Discinética e Paralisia Cerebral Atáxica.
- Paralisia Cerebral Espástica: Esse é considerado o tipo mais comum de PC, tendo como causa uma lesão no córtex motor do cérebro, região que comanda os movimentos. Neste caso o os músculos tem sua força diminuída e o tônus aumentado (espasticidade), por isso os pacientes apresentam o músculo enrijecido, isso faz com que os músculos tenham maior dificuldade para crescer o que pode ocasionar encurtamentos musculares (contraturas), todo esse quadro pode leva a uma alteração no crecimento dos músculos que podem ser agravados causando deformidades, bem como atraso e dificuldade no desenvolvimento motor, conforme citado anteriormente.
- Paralisia Cerebral Discinética: Causada pela lesão em uma parte mais profunda do cérebro chamada de “núcleo da base” ou “sistema extra-piramidal” que por sua vez é responsável pela modulação do movimento, ou seja, a sua inibição. Deste modo, a criança tende a apresentar movimentos involuntários, pode apresentar também postura diferentes e assimétricas, nesse tipo de PC a deficiência motora também está presente, bem como deformidades ortopédicas.
- Paralisia Cerebral Atáxica: Esse tipo de PC é considerado o mais raro, e acontece por uma lesão no cerebelo (área do Sistema Nervoso Central, responsável pelo equilíbrio e coordenação), As crianças com esse tipo de lesão geralmente apresentam tremores, incoordenação tanto das mãos, como dos membros inferiores e do tronco e, quando andam, não conseguem fazê-lo em linha reta. Nesse tipo de PC são comuns as alterações na fala e comprometimento mental.
Causas
A PC conforme dito anteriormente, trata-se de um conjunto de desordens cerebrais que ocorrem durante o desenvolvimento intrauterino, acrescenta-se que em casos raros pode ocorrer por conta de uma lesão no cérebro após o parto, na maioria dos casos a causa real da PC é desconhecida, no entanto algumas causas possível podem ser listadas: Infecções durante a gravidez, Icterícia grave na criança, Fator Rh incompatível entre mãe e bebê, Trauma físico e metabólico durante o parto, Privação de oxigênio grave para o cérebro ou trauma craniano significativo durante o trabalho de parto.
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