EStagio Superviosionado Psicologia Escolar
Por: JulieAnne123 • 18/10/2015 • Projeto de pesquisa • 5.635 Palavras (23 Páginas) • 686 Visualizações
- INTRODUÇÃO
O presente relatório visou explicar como é constituída a vivência do psicólogo escolar. O estágio supervisionado possibilitou aos alunos conhecerem na pratica esse campo de trabalho da Psicologia.
O Manual do Estagiário (2015), conceitua o estágio como
O conjunto de atividades de formação, programadas e diretamente supervisionadas por membros do corpo docente capacitados para tal prática, devidamente cadastrados no Conselho Regional de Psicologia(CRP), com experiência comprovada, habilitado para a prática de supervisão com em conformidade com os currículos, programas, calendários escolares, assim como legislação vigente.
(MANUAL DO ESTAGIÁRIO, 2015, s/p)
A legislação que consta no Manual do Estagiário normatiza essa atividade:
As normas de Estágio Supervisionado têm por ordenamentos legais a Lei 4.119 de 28 de agosto de 1962, que dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão de Psicólogo; o decreto 53.464 de 21 de janeiro de 1964, que regulamenta esta lei; as Diretrizes Curriculares divulgadas pelo Ministério da Educação, em maio de 2004, assim como a Lei Federal 11.788, de 25 de setembro de 2008. Esta lei dispõe sobre o estágio de estudante, alterando a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT aprovada pelo Decreto – lei 5.452, de 1º de maio de 1943, e a lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996; e, o art. 6º da Medida Provisória 2.164-41, de 24 de agosto de 2001.
(MANUAL DO ESTAGIÁRIO, 2015, s\p)
Para compreender melhor esse campo de estágio buscou-se Savani (2005), que caracteriza a instituição por uma idéia comum de algo que antes não existia, e passa a existir baseada em uma organização coerente, criada pelo homem a fim de atender determinada necessidade humana, de caráter permanente. Ainda segundo ele, a instituição escolar trata-se de uma instituição de caráter secundário, pois ela irá derivar de um tipo primário de educação, que é dado pelos pais de modo difuso e inintencional.
Martins (1996) irá dizer que cada escola, mesmo tendo um movimento histórico antigo, será sempre única, mantendo uma identidade e cultura específica que irá ser caracterizada a partir das particularidades e subjetividades das pessoas que ali convivem principalmente de seus dirigentes.
Considerando a importância dessa instituição, a psicologia passa a ser parte integrante da mesma. Para Bleger:
A psicologia institucional abarca, então, o conjunto de organismos de existência física concreta, que tem um certo grau de permanência em algum campo ou setor específico da atividade ou vida humana, para estudar neles todos os fenômenos humanos que se dão em relação com a estrutura, a dinâmica, funções e objetivos da instituição.
(BLEGER, 1984, p.37)
Segundo Martinez (2010), é necessário enxergar a escola de maneira psicoeducativa e psicossocial, permitindo assim ao psicólogo “o delineamento de estratégias de trabalho que, a partir da articulação das duas dimensões, sejam mais efetivas para a otimização dos processos educativos que ocorrem nela.”
A história da psicologia escolar no Brasil é marcada pela forte influencia das idéias do chamado “modelo clínico”, onde a visão seria a de tratar algo que já estava ‘adoecido’, ao invés de prevenir a ‘doença’. Martins (1996) trará essa noção de que “é comum identificarmos o psicólogo escolar como uma espécie de mágico, capaz de resolver todos os problemas que as crianças possam apresentar.” Porém ele também lembra que, é a atuação do psicólogo que irá ser a responsável pela criação e manutenção da imagem do mesmo.
Em uma pesquisa realizada por Rojas e Prati (2004), elas concluíram que o papel do psicólogo escolar está diretamente relacionado ao trabalho com o aluno e, ao trabalho com o professor. Segundo elas, o psicólogo irá atuar no “atendimento ao aluno com problemas emocionais, de aprendizagem e de comportamento”. Para as autoras
Embora existam diferenças no fazer do psicólogo na escola, é interessante observar que a ação de atendimento ao aluno com problemas emocionais, de aprendizagem e de comportamento, está presente em todos os discursos. Contudo, para um dos sujeitos não há necessidade de o psicólogo escolar estar em contato direto com o aluno uma vez que, do seu ponto de vista, é o professor que deve estar atento ao mesmo para constatar dificuldades ou limitações em seu processo de aprendizagem e desenvolvimento.
(ROJAS & PRATI, 2004, p. 3 e 4)
Dessa forma, observa-se então que o “professor é um dos grandes destinatários da ação do psicólogo na escola” (Rojas e Prati, 2004). Sendo assim,
È esperado que o psicólogo escolar ofereça suporte à aprendizagem, que seja conhecedor do comportamento humano e dos distúrbios de seu desenvolvimento, que direcione comportamentos, interfira na cognição e nos afetos e que solucione problemas. Além disso, que ofereça atendimento individualizado, de teor clínico para toda a comunidade escolar: professores, alunos, suas famílias e funcionários.
(Rojas & PRATI, 2004, p.6)
Ainda segundo essa pesquisa, observou-se que o psicólogo escolar deve realizar ações no sentido de auxiliar no processo de socialização da criança, fazer orientação pedagógica, orientação aos pais, aconselhamento psicológico, psicodiagnostico, auxiliar no desenvolvimento da psicomotricidade e orientar os professores, a fim de os direcionarem da melhor maneira para a solução dos problemas de alunos com distúrbios de aprendizagem. A orientação vocacional foi destacada como uma das poucas atividades exclusivas do psicólogo escolar.
Para Martinez (2010), a ação do psicólogo escolar deve atingir ainda mais uma dimensão psicossocial, para ele, “a medida que os sujeitos se constituem e, simultaneamente, são constituidores dos contextos sociais nos quais estão inseridos, os aspectos organizacionais da escola como instituição, em especial sua subjetividade social, adquirem especial importância.”
Para ela,
Cabe ao psicologo contribuir para a formação técnica da equipe de direção não somente em temas da psicologia que possam ser importantes para o trabalho educativo e de direção que a equipe te que gerenciar, mas, principalmente, no desenvolvimento de habilidades e competências relevantes para o trabalho de direção pedagógica.
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