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EXISTENCIAL

Por:   •  28/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.007 Palavras (5 Páginas)  •  392 Visualizações

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Professora: Josiane A. F. de Almeida Prado

Aluno (s): Bruna Ferreira da Rocha

Data: 19/10/2016

Psicologia Fenomenológica Existencial

A Psicologia Fenomenológica Existencial surgiu em meados do século XIX com o pensador dinamarquês Kierkegaard e alcançou seu apogeu após a Segunda Grande Guerra, nos anos 50 e 60, com Heidegger e Jean-Paul Sartre no momento histórico em que havia certa insatisfação com relação aos resultados do trabalho proposto por Freud, a psicanálise.

Essa teoria tem como ponto de partida a compreensão da existência concreta, a percepção é de que a essência não é nata e
o indivíduo se constrói a partir de sua
existência, de suas escolhas, e se torna responsável por elas a partir do momento em que vai tomando consciência e experienciando o mundo.

Para Heidegger (2001, p. 33 citado apud LESSA, SÁ 2006, p. 393) “O existir humano nunca é um objeto simplesmente dado em algum lugar, muito menos encapsulado em si mesmo. A existência significa apenas a abertura originária de sentido na qual podem vir à luz os entes enquanto tais”. Desta forma, como embasamento para a teoria a ciência psicológica não deve se dedicar apenas ao homem mentalmente doente, mas sim a totalidade do ser.

O existencialismo é um movimento filosófico que dá supremacia à existência, e considera o homem como ser em contínuo crescimento. Nestes termos, é compreendido como um movimento em que há uma centralização na pessoa existente e enfatiza o estar do homem em constante evolução. Aqui, nesse modo de conceber a vida humana, a existência precede a essência. Desta forma, há uma presença apenas biológica da criatura humana no mundo, e somente depois, através da relação com o outro, e a partir das experiências, é que se adquire uma essência humana.

Sendo o fundamento da existência, a liberdade, esta abordagem remete o indivíduo a si, estimulando-o a reconhecer sua individualidade e a questionar-se no sentido de encontrar suas próprias respostas para as questões que a vida lhe apresenta e compreender diferentes formas de existir, tal como ele as experimenta em suas relações com as pessoas e coisas que lhe vêm ao encontro no mundo, promovendo assim uma responsabilidade diante das escolhas cotidianas da vida.

Com essa nova forma de conceber o homem, surgiram grandes teóricos embasados nesses conceitos, como Ludwig Binswanger.

Binswanger, era um médico psiquiatra da época, e estudioso da fenomenologia existencial, passa a repensar a doença mental, acreditando que conhecendo o modo de existir do homem será capaz de fornecer a base sólida para compreender a sua cotidianidade.

Sua teoria, de forma geral, está pautada no conceito de Daseinsanalyse, que segundo o Giouanetti (1990), seria um método de investigação que se traduz pelo exame e pela elucidação fenomenológica da essência da presença humana, possibilitando perceber o homem para além da distinção entre o são e o doente. A doença aqui é compreendida como um modo-de-ser do homem, como uma postura que engaja toda a sua Presença, superando uma concepção biológico-mecanicista da doença mental.

Outro autor que tem como base de sua teoria a fenomenologia existência é Viktor Frankl, o fundador da abordagem Logoterápica.

A Logoterapia concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por este sentido. É uma psicoterapia centrada no sentido, e que considera sua tarefa ajudar o paciente a encontrar sentido em sua vida. Para a Logoterapia, a busca de sentido na vida da pessoa é a principal força motivadora no ser humano.

Desde os 15 anos, Frankl se correspondia com Sigmund Freud, e a partir daí pôde compreender a psicanálise e também fazer sua análise, divergindo desses conceitos. Nesta corrente de pensamento, busca-se além do sentido, mas compreende-se que há uma vontade de sentido, e esse processo é mobilizador para as mudanças.

A concepção de sentido em Viktor Frankl diz respeito ao significado contido em cada momento da existência humana. O homem está na vida e para ela procura um significado. Desta forma, move-se existencialmente em busca de um sentido para sua vida e motive a sua existência no mundo.

Em sua teoria destaca-se seu pensamento sobre os seguintes temas: o sentido (o significado) da vida, a liberdade, a responsabilidade de escolhas, a autotranscedência, o otimismo trágico, e sua abordagem psicoterápica, a Logoterapia.

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