Entrevista Com O Psicologo Da Area De Psicologia Do Excepcional

Porque você escolheu essa área de atuação?

“Eu pensava em fazer clínica mas eu não consegui trabalhar logo no começo, fui para o hospital. Daí eu fui estudando, estudando e enveredei pra área da saúde [...] eu trabalho com várias técnicas que vão auxiliar nesse processo da psicologia.”

Por que você escolheu trabalhar nessa área?

“eu me sinto bem, tenho um olhar bom, gosto de ouvir, acrescenta a mim como pessoa. Eu só posso levar o outro até onde eu já fui. É minha vocação.”

Sobre a atuação

“Não sei como isto é visto na faculdade, ou como vocês estão vendo na graduação, mas as técnicas ainda são um tanto antiquadas...”

“É complicado porque nosso cotexto sócio cultural é um e a teoria do behaviorismo e da psicanálise não trazem técnicas pros usuários dos dias de hoje, ou seja, os problemas são diferentes, tem-se a depressão. Os problemas sócio culturais de hoje são mais complexos, no sentido de terem mais coisas incluídas, mais escolhas, mais possibilidades...”

“Você tem que estudar várias abordagens porque uma vai completando a outra, tem-se que se especializar na escuta e ir estudando, estudando, estudando porque nenhuma sozinha resolve tudo em psicologia...”

“O terapeuta errado pode ter a melhor técnica, mas vai fazer bobagem. Agora o terapeuta certo, pode não ter técnica nenhuma, mas de uma forma ou de outra ele vai ajudar.”

“Acho que é a atitude correta, a compaixão correta, a sua doação de energia, sua atenção, até a respiração que você possa emitir vai ajudar.”

“Na verdade, a gente vai adequando o que dá certo e descartando e aprendendo com o que dá errado. Eu aprendi essas coisas sozinho, não se ensina na faculdade.”

Dificuldades encontradas no trabalho

“Não tenho dificuldade com as pessoas que trabalho. O pessoal é ótimo! O que a gente percebe é que, às vezes, a baixa- inteligência cognitiva é compensada pela alta inteligência afetiva. As pessoas q tem déficit intelectual são aquelas dóceis, que se entregam muito de coração porque tem o QI baixo, desenvolve o que é muito mais elevado

Dificuldades Profissionais

“Tem profissionais, mas não consegue-se fazer as agendas baterem. Ou seja, tem-se dificuldade na multidisciplinaridade se os procedimentos capazes de fazer porque senão não torna-se viável para a instituição. Conversar sobre o processo. A dificuldade profissional é como a política de saúde vai entender o que você precisa fazer. Tem-se que estudar a política pra saber o que ela é capaz de fazer ai procura-se os procedimentos capazes de fazer pq senão não torna-se viável para a instituição.”

O diagnóstico

“A gente tem um questionário básico e a gente vai anotando o que tem que anotar, né?!? É uma coisa bem ampla...”