Ergonomia

Objetivo:

Conceituar a ergonomia e descrever um pouco da sua historia para compreender a relação entre as necessidades do mundo do trabalho e as soluções construídas pelos ergonomistas. Discutir como as transformações socioeconômicas e tecnológicas que ocorreram no mundo do trabalho modularam o desenvolvimento da ergonomia. Tudo isso, respondendo a seguinte pergunta: “por que não podemos nos basear somente em nossa percepção e julgamento, como se o trabalho fosse um objeto simples e de fácil compreensão?”.

Análise:

O que é ergonomia? “A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina cientifica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e a aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem0estar humano e o desempenho global do sistema”. O que os ergonimistas fazem? “contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torna-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas”. E qual objetivo deles? Transformar o trabalho, em suas diferentes, dimensões, adaptando-o as características e aos limites do ser humano, em outras palavras, busca adaptar situações compatíveis comas capacidades e respeitando os limites do ser humano. Através do objetivo é possível perceber que a ergonomia assume a responsabilidade com o bem-estar do ser humano em primeiro lugar, uma vez que, um dado trabalho pode adaptar-se ao homem, mas o homem não pode se adaptar a um trabalho que não respeita suas limitações, nem que contempla suas necessidades.

Historicamente, a adaptação das condições do ambiente ou mesmo das ferramentas de trabalho as características humanas remonta aos primórdios da humanidade (SANDER; MACORNICK apaud SOARES, 2001). Desde o tempo das cavernas que o homem tentava produzir artefatos que atendesse as suas necessidades e características. A ação ergonômica busca respostas aos problemas resultantes da inadequação dos artefatos, da organização do trabalho e dos ambientes ao modo de funcionamento humano, visando obter conforto, qualidade, eficiência e eficácia.

A ergonomia nasce no pós-guerra, buscando elevar a produção com notória escassez de trabalhadores qualificados e, no limite, de matéria-prima. Nos anos 1906 e 1970 com a evolução dos movimentos sociais muitas demandas em ergonomia buscavam respostas para problemas ligados ás más condições de trabalho, á organização dos tempos de trabalho e á rejeição da fragmentação das tarefas. Em 1980, o foco de interesses voltou-se para analise de sistemas automáticos e informatizados com ênfase na natureza cognitiva do trabalho. Essa mudança ocorreu, principalmente devido aos insucessos na implantação desses sistemas que eram projetados com uma lógica que não contemplava os processos cognitivos envolvidos na ação. Desse modo, o homem deixa de ser um executor direto e passa a exercer o papel de controlador do processo. As questões cognitivas do trabalho se tornam o foco dos estudos com o intuído de buscar soluções aos problemas operacionais e a novos problemas de saúde. Com o passar do tempo, houve uma evolução significativa no conceito de saúde. Saúde deixa de ser um estado de aquisição e passa a ser considerada