Esquizofrenia
Por: Bia Oliveira • 19/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.571 Palavras (7 Páginas) • 403 Visualizações
RESUMO
Sabe-se que esquizofrenia é um severo distúrbio mental, os primeiros sinais e sintomas da doença aparecem mais freqüentemente durante a adolescência e a fase adulta. A esquizofrenia tem como aspectos mais característicos alucinações e delírios, transtornos de pensamento e fala, perturbação das emoções e do afeto, déficits cognitivos. As alucinações e delírios são freqüentemente observados no decorrer da doença. A Esquizofrenia tem como tratamento farmacológico os antipsicótico / neuropiléticos que tem como objetivo controlar o aumento significativo de dopamina na fenda sináptica, com este efeito é visível a redução das características psicóticas da esquizofrenia.
Palavras-chaves: Esquizofrenia, antipsicótico,
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 5
2. ESQUIZOFRENIA ............................................................................................ 6
3. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO.................................................................. 9
4. QUALIDADE DE VIDA PARA PACIENTES ESQUIZOFRÊNICOS.................... 8
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................. 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 11
1. INTRODUÇÃO
Sabe-se que quadros de Esquizofrenia são responsáveis por grandes sofrimentos tanto para o paciente quanto para seus familiares. Nesses quadros o individuo tem uma alteração na percepção da realidade e á partir dessa percepção equivocada, ele pode agir de modo muitas vezes contraditório e desorganizado. Em outras vezes há o surgimento de crenças delirantes onde o paciente sente-se alvo de conspirações de outras pessoas que querem prejudicá-lo.
É de extrema importância que os familiares compreendam esses momentos de crises pelo qual o qual o paciente está passando para saber manejar a situação e evitar possíveis conflitos, e oportunizando que o paciente tenha maior confiança e bom vínculo.
2. ESQUIZOFRENIA
Bleuler (1857-1939) criou o termo “esquizofrenia” (esquizo = divisão,phrenia = mente) que substituiu o termo demência precoce que era utilizado na literatura. Bleuler conceitualizou o termo para indicar a presença de uma cisma entre pensamento, emoção e comportamento nos pacientes afetados. Para explicar melhor sua teoria relativa aos cismas mentais internos nesses pacientes, Bleuler descreveu sintomas fundamentais (ou primários) específicos da esquizofrenia que se tornaram conhecidos como os quatro “As”: associação frouxa de idéias, ambivalência, autismo e alterações de afeto, também descreveu os sintomas acessórios, (ou secundários), que incluíam alucinações e delírios (Ey, Bernard, & Brisset, 1985).
Os primeiros sinais e sintomas da doença aparecem mais comumente durante a adolescência ou início da idade adulta. Apesar de poder surgir de forma abrupta, o quadro mais freqüente se inicia de maneira insidiosa. Sintomas pradrômicos pouco específicos, incluindo perda de energia, iniciativa e interesses, humor depressivo, isolamento, comportamento inadequado, negligência com a aparência pessoal e higiene, podem surgir e permanecer por algumas semanas ou até meses antes do aparecimento de sintomas mais característicos da doença. Familiares e amigos em geral percebem mudanças no comportamento do paciente, nas suas atividades pessoais, contato social e desempenho no trabalho e/ou escola (Vallada Filho & Busatto Fillho, 1996).
A esquizofrenia tem como aspectos mais característicos alucinações e delírios, transtornos de pensamento e fala, perturbação das emoções e do afeto, déficits cognitivos.
Alucinações e delírios são freqüentemente observados em algum momento durante o curso da esquizofrenia. As alucinações visuais ocorrem em 15%, as auditivas em 50% e as táteis em 5% de todos os sujeitos, e os delírios em mais de 90% deles (Pull, 2005).
Os distúrbios do comportamento na esquizofrenia incluem comportamento grosseiramente desordenado e comportamento catatônico. Desde o começo, o comportamento catatônico foi descrito entre os aspectos característicos da esquizofrenia. A catatonia é definida como um conjunto de movimentos, posturas e ações complexas cujo denominador comum é a sua involuntariedade. Os fenômenos catatônicos incluem: estupor, catalepsia, automatismo, maneirismos, estereotipias, fazer posturas e caretas, negativismo e ecopraxia. Foram encontrados sintomas catatônicos entre 5 e 10% dos pacientes com esquizofrenia. Entretanto, esses sintomas não são específicos da esquizofrenia, podendo ocorrer, sobretudo na mania (Pull, 2005).
De acordo com Silva, R. (2006), pacientes com esquizofrenia demonstram um déficit cognitivo generalizado, ou seja, eles tendem a ter um desempenho em níveis mais baixos do que controles normais em uma variedade de testes cognitivos. Eles apresentam múltiplos déficits neuropsicológicos em testes de raciocínio conceitual complexo, velocidade psicomotora, memória de aprendizagem nova e incidental e habilidades motoras, sensoriais e perceptuais. As alterações cognitivas seletivas mais proeminentes na esquizofrenia incluem déficits em atenção, memória e resolução de problemas. A partir da década de 40, teorias psicológicas tentando explicar a esquizofrenia a partir de relacionamentos familiares patológicos e padrões de comunicação interpessoal aberrantes ganharam força, influenciando certas escolas do pensamento psiquiátrico. Em 1948, Fromm-Reichmann introduziu a idéia da “mãe esquizofrenogênica”, observando que determinados padrões
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