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Esquizofrenia visão comportamental

Por:   •  15/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.283 Palavras (6 Páginas)  •  272 Visualizações

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A ESQUIZOFRENIA E A TERAPIA COMPORTAMENTAL

1 INTRODUÇÃO

O objetivo do presente trabalho foi estudar através de pesquisas bibliográficas a esquizofrenia de uma maneira geral, compreendendo seus sintomas e tipos e também seus medicamentos, para conseguir, assim, através de estudos de caso, verificar a aplicabilidade da terapia comportamental para ajudar esses pacientes a ter uma nova perspectiva de vida e de socialização perante a sociedade.

O QUE É ESQUIZOFRENIA?

A esquizofrenia é um dos principais transtornos mentais e acomete 1% da população. Ela se caracteriza-se por uma grave desestruturação psíquica, em que a pessoa perde a capacidade de integrar suas emoções e sentimentos com seus pensamentos, podendo apresentar crenças irreais (delírios), percepções falsos do ambiente (alucinações) e comportamentos que revelam a perda do juízo critico.

Em relação aos seus sintomas embora primariamente uma doença que afecta os processos cognitivos (de conhecimento), os seus efeitos repercutem-se também no comportamento e nas emoções. Quando aos sintomas são divididos em três maneiras:

  • Sintomas Positivos: refletem um excesso ou distorção de funções normais. Incluem distorções ou exageros do pensamento inferencial (delírios), da percepção (alucinações), da linguagem e comunicação (discurso desorganizado) e do monitoramento comportamental (comportamento amplamente desorganizado ou catatônico).
  • Sintomas negativos: incluem restrições na amplitude e intensidade da expressão emocional (embotamento do afeto), na fluência e produtividade do pensamento (alogia) e na iniciação de comportamentos dirigidos a um objetivo (avolição).
  • Sintomas Cognitivos: O individuo começa a ter dificuldade de concentração, problemas para organizar e planificar informações e também incapacidade de resolver problemas

Quanto a medicação aplicada para esquizofrênicos é receitada por psiquiatras dentro de um acompanhamento dos sintomas. Tais medicamentos são bloqueadores e estimuladores dos neurotransmissores a fim de equilibrar as funções. Porem essa utilização dos remédios pode vir a causar sequelas, por exemplo na esquizofrenia já crônica o paciente pode apresentar reações motoras involuntárias comparadas as doenças de Parkinson.

APLICAÇÃO JUNTO A TERAPIA COMPORTAMENTAL

Embora hoje, após várias pesquisas que investigam a causa da esquizofrenia, sabe-se que a genética é responsável por cerca de 50% da chance de adoecer, cabendo a outra metade aos fatores ambientais. Junto aos fatores ambientes surge a possiblidade da aplicação da terapia comportamental onde será defendido a importância de reforçadores na história de vida do indivíduo, nos quais modelam o repertório comportamental e que as diferenças entre comportamento adaptativo e comportamento desadaptativo resultam nas diferenças nos padrões de reforçamento a que os indivíduos foram submetidos.

         Para Skinner “O comportamento psicótico é simplesmente uma parcela do comportamento humano. O que é chamado na literatura psiquiátrica de sintoma, é compreendido pelos analistas comportamentais como comportamento, e como tal deve ser analisado. Neste sentido, os analistas do comportamento têm procurado responder questões complexas sobre o por quê de os indivíduos se comportarem de maneira como fazem.”

        Então através da análise do comportamental é feito a observação buscando assim entender os comportamentos problemas e o porquê, para assim os analistas intervirem buscando aumentar a sociabilidade entre os indivíduos com esquizofrenia.

Estudo de caso

Uma pessoa do sexo masculino, solteiro, com 49 anos de idade, não trabalhava, havia completado o segundo grau e residia com o pai. Foi aposentado com diagnóstico de esquizofrenia crônica e internado 12 vezes em diferentes instituições psiquiátricas. Fazia uso constante dos medicamentos: Neozine - 100mg (1/2 comp. à noite), Risperidona - 2mg (1 e ½ comp. de manhã e 2 à noite) e Rivotril - 2mg (1 comp. de manhã e 1 à noite). Foi feito observação do comportamento do participante e pela transcrição de suas falas em seis sessões registradas em vídeo, foi possível estabelecer uma avaliação geral de seu repertório verbal. Foram selecionadas as falas do participante que continham falas apropriadas e falas psicóticas entre as falas psicóticas considerou-se: "O diabo e a prostituta captam até pensamentos meus de um ano até aos 22 anos"; Noventa e nove por cento (99%) da população mundial são bichas, sapatonas e esquizofrênicas", "Os diabinhos que estão dentro do meu estômago e intestino não me deixam defecar" 

Como fala apropriada consideraram-se falas do tipo: "Bom dia! Hoje o dia está quente""Eu gosto de ler sobre política" e "Vou fazer um peixe assado este final de semana", dentre outras

 Tanto o procedimento de reforçamento quanto o de extinção foram aplicados pelas auxiliares de pesquisa. As auxiliares de pesquisa reforçavam as falas apropriadas com o fornecimento de atenção social contingente. Por exemplo, quando o participante emitia falas do tipo "ontem fiz um peixe assado na casa do meu irmão", as auxiliares de pesquisa forneciam reforço social de forma vocal, como: Muito bem! Ótimo! Isso mesmo! Ou sinalizavam positivamente com a cabeça, mantinham o contato visual, sorriam e a atenção dispensada ao participante era maior.

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