Estágio Específico Psicodiagnóstico
Por: Micilene Soares • 9/11/2024 • Trabalho acadêmico • 4.507 Palavras (19 Páginas) • 30 Visualizações
[pic 1][pic 2][pic 3]
Disciplina: Estágio Específico III/Psicodiagnóstico
Professor: Rômulo José Francisco de Oliveira Júnior
Discente: Iracema de Castro Sousa, Keyla Rodrigues de Anunciação, Micilene Soares Mendes, Missdaise C. S. de Passos e Taís Rodrigues dos Santos da Fonte
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
A ansiedade é um sentimento comum e normal que funciona como um alerta em situações novas. Ela se manifesta como uma inquietação interna acompanhada de preocupação excessiva com o futuro e sintomas físicos como tontura, aceleração dos batimentos cardíacos e suor. Torna-se patológica quando surge sem motivo aparente ou de forma desproporcional, sendo classificada em dois grupos principais: ansiedade constante e generalizada, e crises de ansiedade abruptas e intensas. Os transtornos de ansiedade são os mais prevalentes na população, de acordo com a OMS, aproximadamente 28% dos adultos apresentaram algum episódio durante a vida. Causam intenso sofrimento subjetivo e prejuízo funcional e têm as menores taxas de tratamento, se comparado a outros transtornos mentais. Caracterizado por preocupação crônica e persistente, altamente aversiva e incontrolável, preocupação multifocal, acompanhado por outros sintomas inespecíficos; psicológicos e somáticos.
Critérios Diagnósticos no DSM-V
A - Ansiedade e preocupação excessiva - maioria dos dias por mais de 6 meses;
B - O indivíduo considera difícil controlar a preocupação;
C - Ansiedade e preocupação contendo 3 ou mais dos seguintes sintomas:
Inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”
Fatigabilidade
Dificuldade de concentração ou sensação de “branco” na mente
Irritabilidade
Tensão muscular
Perturbação do Sono
D - Sofrimento clinicamente significativo e prejuízo funcional e social;
E - Os sintomas não devem ser efeito de substâncias psicoativas;
F - Não ser melhor explicado por outro Transtorno Maior.
Pânico - Ataques de Pânico
Crises de ansiedade, de intenso desconforto ou de sensação de medo que alcançam um pico em minutos (geralmente não duram mais que meia ou uma hora), com pelo menos quatro dos seguintes critérios: Palpitações ou taquicardia; sensação de falta de ar; desconforto respiratório; sensação de asfixia ou de estar sufocando; sudorese; medo de perder o controle ou enlouquecer; medo de morrer, de ter um ataque cardíaco tremores.
Genética e Temperamento
Entre os fatores de vulnerabilidade mais associados ao transtorno do pânico está o neuroticismo ( Eysenck, 1967; Gray, 1982). O neuroticismo é a propensão a sentir emoções negativas diante de fatores de estresse. Pessoas com a afetividade negativa, são pessoas com tendência a sentir várias emoções negativas mesmo com a ausência de fatores objetivos de estresse, essas pessoas também possuem mais chances de desenvolver o pânico.
Os transtornos de ansiedade possuem cargas diferentes de afetividade negativa, em primeiro lugar temos o Transtorno de Ansiedade Generalizada, o Transtorno do Pânico fica em nível intermediário e o Transtorno de Ansiedade Social em nível mais baixo.(Brown et al.,1998). Os marcadores genéticos são inconsistentes, ainda não existe evidência da relação. Existem estudos relacionados a um lócus no cromossomo 13 (Hamilton at al., 2003; Schumacher et al., 2005) e no cromossomo 9 (Thorgeirsson et al.,2003). Genes específicos não são conhecidos. Experiências de abuso sexual e físico na infância podem desencadear o Transtorno do Pânico. Relatos foram associados em jovens entre 16 e 21 anos em estudo realizado com neozelandeses desde o nascimento até os 21 anos (Goodwin, Fergusson e Horwood,2005) Consciência Interceptava. Pessoas com maior capacidade de detectar as sensações corporais e excitações parecem estar mais vulneráveis. Assim a capacidade intercepção pode aumentar a probabilidade de percepção das reações e chagar a um ataque.
Transtorno de Pânico sem Agorafobia
É caracterizado por ataques recorrentes de pânico e preocupação intensa com futuros ataques, levando a prejuízo funcional significativo;
Ter ataques de pânico de forma repetitiva e inesperada;
Pelo menos um dos ataques foi seguido por período mínimo de um mês com os seguintes critérios:
Preocupação persistente com a possibilidade de ter novos ataques;
Preocupação com implicações ou consequências dos ataques, como perder o controle, enlouquecer ou ter um infarto;
Alterações do comportamento relacionadas aos ataques (evitar aglomerações, evitar sair de casa);
Ausência de agorafobia associada.
Os ataques de pânico não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou uma condição médica geral (p. ex., hipertireoidismo). Os ataques de pânico não são melhor explicados por outro transtorno mental, como fobia social, fobia específica, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático ou transtorno de ansiedade de separação. A relação entre pânico e agorafobia é complexa, pois nem todas as pessoas que entram em pânico desenvolvem agorafobia. A agorafobia pode surgir em graus variados. (Craske e Barlow, 1998). Estudos demostram que existe sintomas físicos mais intensos durante os ataques de pânico quando existe a agorafobia(p.ex, de Jong e Bouman, 1995;Goisman et al., 1994; Noyes, Clancy, Garvey eAnderson 1987; Telch, Brouillard, Telch, Agras e Taylor, 1989).
Transtorno de Pânico com Agorafobia
Ansiedade acerca de estar em locais ou em situações de onde possa ser difícil (ou embaraçoso) escapar ou onde o auxílio pode não estar disponível, na eventualidade de ter um ataque de pânico inesperado ou predisposto pela situação, ou sintomas tipo pânico. Os temores agorafóbicos tipicamente envolvem agrupamentos característicos de situações que incluem: estar fora de casa desacompanhado; estar em meio a uma multidão ou permanecer em uma fila; estar em uma ponte; viajar de ônibus, trem ou automóvel.
...