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Estrutura de Aconselhamento

Por:   •  28/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.081 Palavras (9 Páginas)  •  658 Visualizações

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Estrutura do atendimento

A estrutura do atendimento é um processo metódico caracterizado pela composição de etapas diversas, desde o ambiente e registos terapêuticos, escuta adequada do cliente, desenvolvidos através da prática suportados por abordagens humanistas que caracterizam as relações de ajuda interpessoais.

Essa conjuntura é muito importante para o sucesso ou insucesso do próprio trabalho de conselheiro ou da prática do aconselhamento seja para que situação a nível de usos, abusos, ou dependências.

Por esta razão os autores BORGES, carina ferreira, e FILHO, hilson cunha, no seu livro intitulado como Aconselhamento dividiram ou organizaram a estrutura do atendimento em quatro (4) etapas e suas correspondentes formas de proceder.

Etapas estruturais para o início do atendimento

1º Para receber – componha o ambiente físico: para adequar o ambiente físico em que o cliente será atendido é fundamental, uma vez que esse ambiente é o reflexo e extensão da pessoa do profissional e do trabalho promovido, proporcionando melhores condições para o desenvolvimento da relação terapêutica. Este ambiente deve ser sossegado, confortável e garantir um mínimo de privacidade ao cliente.

Esta questão parece estar unicamente ligada a um espaço de atendimento terapêutico tradicional de consultório, mas na verdade tal preocupação deve estar presente em qualquer espaço físico que se realize um atendimento, mesmo nas condições mais extremas. Exemplos disso são as situações de catástrofes e acidentes, bem como atendimentos comunitários na área da saúde pública em bairros degradados onde o aconselhamento é prestado quase imediato e nas condições existentes localmente.

         Na verdade cuidar do ambiente físico, significa cuidar indirectamente do cliente e do seu bem-estar. Desta forma quando estiver a compor o cenário onde ocorrerá o atendimento deverá ter em consideração os seguintes aspectos:

  • A Decoração e o Espaço físico;
  • O isolamento acústico e o nível conforto ambiental;
  • Arrumação da sala e disposição das cadeiras;
  • Privacidade;
  • Probabilidade de interrupções e modo como pretende lidar com as mesmas interrupções;
  • Constrangimento do tempo durante a sessão;
  • Execução de anotações e outros trabalhos escritos durante a sessão.

2ªpara atender – acolha adequadamente: a partir daqui a interacção começa a estabelecer-se, podendo progredir de uma forma mais ou menos construtiva e produtiva. Este desenvolvimento está em parte relacionado com pequenas mas importantes atitudes que podem promover ou evitar que corram.

Os momentos que antecedem o atendimento são importantes na medida em que podem criar um acesso facilitado ao cliente e construir a base do relacionamento interpessoal que irá correr a partir deste momento. O facto de o conselheiro acolher ou ir ao encontro do cliente no local de espera quando este chega transmitindo-lhe receptividade e interesse permite que o cliente se sinta respeitado, valorizado, e adequadamente inserido no contexto do atendimento que se irá desenvolver-se.

Essa postura quando do acolhimento inicial requer alguns cuidados:

  • Recepção do cliente;
  • Individualizar o cliente;
  • Início da conversação;
  • Adequada proximidade física com o cliente.

3.ª Etapa: para escutar – contratualize o atendimento

É muito normal que uma pessoa chega pela primeira vez a uma sessão de aconselhamento não faça ideia do que esperar ou sob que regras esse atendimento se efectuará.

Assim, torna-se necessário esclarecer a natureza do assunto que traz o cliente ao atendimento, a natureza da interacção entre o conselheiro e a pessoa que vai ser aconselhada, o comportamento esperado e o compromisso necessário para a continuidade da relação de aconselhamento, bem como aquilo que é esperado do processo de aconselhamento. Para isso deve-se estabelecer um contrato terapêutico, resultado de um trabalho de avaliação precedente à admissão, que inclui aspectos como:  

  • O que é a relação de aconselhamento;
  • O que vai oferecer e qual o papel do conselheiro;
  • O que se pode espera do processo de aconselhamento;
  • Qual o foco dos assuntos a serem tratados no âmbito do atendimento, qual a avaliação clínica que se faz desde e quais os procedimentos de aconselhamento e outros que são necessários para o eficaz tratamento do cliente;
  • Distinção entre o papel de conselheiro e qualquer outro que este venha a desempenhar que possa criar conflitos de interesses ou dificuldade na actuação do profissional;
  • Atitude esperada em atendimento que incluam outros participantes;
  • O tempo destinado á sessão de aconselhamento e a disponibilidade do conselheiro para o cliente durante e fora do horário das sessões;
  • Sigilo e confidencialidade sobre os assuntos em causa, bem como necessidade de realizar e guardar, com a devida permissão do cliente, registo escritos, em áudio ou vídeo e os fins a que estes se destinam;
  • Quais os princípios éticos e deontológico que podem obrigar o conselheiro ou impor limites  á continuidade da relação.

    Igualmente importante é esclarecer os contornos práticos que definem a prestação do atendimento. Para isso é adequado estabelecer um contrato formal com o cliente. Este contrato deve ser estabelecido com qualquer cliente no inicio do atendimento, quer este já seja conhecido do conselheiro ou não seja oriundo de um atendimento terapêutico anterior. O que o conselheiro deve demonstrar com este acto e na verdade é que acredita nessa continuidade e estará disponível para que ela corra.

4.ª Etapa: para realizar-estruture as sessões

Estruturação é qualquer acção do conselheiro no sentido de permitir ao cliente saber o que espera do processo e dos resultados do aconselhamento. Assim, é amaneira pela qual o conselheiro define a natureza, os limites, os papeis e metas na relação de aconselhamento e inclui comentários sobre limite de tempo, confidencialidade, possibilidades ou expectativas. A estruturação ajuda a manter a conversa intencional.

Alguns clientes identificam voluntariamente as suas razões para procurarem o aconselhamento; outros podem começar por tópicos de natureza social. Embora o conselho preste atenção ao que ele diz não sugerido encorajar qualquer tipo de conversação social durante a sessão.

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