Estruturalismo

Movimento filosófico de origem inglesa, o Estruturalismo propõe uma ideia oposta ao Empirismo. Enquanto os pensadores empíricos, de maneira geral, concentram-se apenas em fatos isolados para tentar entender a realidade em que vivemos, os pensadores estruturalistas buscam as respostas olhando para o todo, utilizando os fatos menores como peças de quebra-cabeça para o entendimento de algo maior.

Basicamente, o estruturalismo propõe que o indivíduo analisa as situações do cotidiano com base em suas experiências passadas, que podem ou não ter sido agradáveis, utilizando de associações. Exemplificando, um indivíduo que viveu por muitos anos em um local de temperatura elevada, ao viajar para um outro país qualquer de temperatura semelhante, irá rapidamente associar o novo país com o que estava vivendo, e através desta associação, irá acostumar-se com a temperatura semelhante muito rapidamente. O mesmo não podemos dizer sobre um indivíduo que viveu em um país de temperatura baixa, certamente este não irá adaptar-se tão rapidamente ao novo clima.

Historicamente falando, o primeiro esboço do que seria a linha de pensamento estruturalista surgiu com o alemão Wilhelm Wundt (1832-1920). Propondo a divisão da mente em estruturas, Wundt inspirou seus alunos a buscarem as respostas para os fenômenos mentais neste método. Um deles, o britânico Edward Bradford Titchner (1867-1927), propôs um novo sistema utilizando os pensamentos de seu professor como base, criando assim o estruturalismo como é conhecido atualmente. O sistema proposto com Titchner possui em seu núcleo a ideia das experiências conscientes e como cada indivíduo entende aquele estímulo e o associa com outras situações quaisquer.

Porém, o próprio Titchner entendeu e alertou que existe uma possibilidade de erro em seu método, pois, como ele é baseado em estímulos e percepção, esta última que é pessoal e encarada de maneira singular por cada indivíduo, a pessoa analisada pode utilizar-se de senso comum ao invés das próprias percepções, descrevendo o objeto de estudo da maneira simplória como é conhecido pela maioria das pessoas.