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Existencialismo

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Por:   •  29/3/2014  •  2.536 Palavras (11 Páginas)  •  550 Visualizações

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Existencialismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Existencialismo é um termo aplicado a uma escola de filósofos dos séculos XIX e XX que, apesar de possuir profundas diferenças em termos de doutrinas,1 2 3 partilhavam a crença que o pensamento filosófico começa com o sujeito humano, não meramente o sujeito pensante, mas as suas ações, sentimentos e a vivência de um ser humano individual.4 No existencialismo, o ponto de partida do indivíduo é caracterizado pelo que se tem designado por "atitude existencial", ou uma sensação de desorientação e confusão face a um mundo aparentemente sem sentido e absurdo.5 Muitos existencialistas também viam as filosofias académicas e sistematizadas, no estilo e conteúdo, como sendo muito abstractas e longínquas das experiências humanas concretas.6 7

O filósofo do início do século XIX, Søren Kierkegaard, é geralmente considerado como o pai do existencialismo.8 9 Ele sustentava a ideia que o indivíduo é o único responsável em dar significado à sua vida e em vivê-la de maneira sincera e apaixonada,10 11 apesar da existência de muitos obstáculos e distracções como o desespero, ansiedade, o absurdo, a alienação e o tédio.12

Filósofos existencialistas posteriores retêm este ênfase no aspecto do indivíduo, mas diferem, em diversos graus, em como cada um atinge uma vida gratificante e no que ela constitui, que obstáculos devem ser ultrapassados, que factores internos e externos estão envolvidos, incluindo as potenciais consequências da existência13 14 ou não existência de Deus.5 15 O existencialismo tornou-se popular nos anos após as guerras mundiais, como maneira de reafirmar a importância da liberdade e individualidade humana.16

Índice [esconder]

1 Origens

2 Temáticas

2.1 Relação com a religião

2.1.1 Fé cristã e existencialismo

3 A existência precede e governa a essência

3.1 Liberdade

3.2 O Indivíduo versus a Sociedade

3.3 O Absurdo

3.4 Importantes Filósofos para o Existencialismo

4 Ver também

5 Notas

6 Referências

7 Ligações externas

Origens[editar | editar código-fonte]

O existencialismo é um movimento filosófico e literário distinto pertencente aos séculos XIX e XX, mas os seus elementos podem ser encontrados no pensamento (e vida) de Sócrates, Santo Agostinho e no trabalho de muitos filósofos e escritores pré-modernos. Culturalmente, podemos identificar pelo menos duas linhas de pensamento existencialista: Alemã-Dinamarquesa e Anglo-Francesa. As culturas judaica e russa também contribuíram para esta filosofia. O movimento filosófico é agora conhecido como existencialismo de Beauvoir. Após ter experienciado vários distúrbios civis, guerras locais e duas guerras mundiais, algumas pessoas na Europa foram forçadas a concluir que a vida é inerentemente miserável e irracional.

O existencialismo foi inspirado nas obras de Arthur Schopenhauer, Søren Kierkegaard, Fiódor Dostoiévski e nos filósofos alemães Friedrich Nietzsche, Edmund Husserl e Martin Heidegger, e foi particularmente popularizado em meados do século XX pelas obras do escritor e filósofo francês Jean-Paul Sartre e de sua companheira, a escritora e filósofa Simone de Beauvoir. Os mais importantes princípios do movimento são expostos no livro de Sartre "L'Existentialisme est un humanisme" ("O existencialismo é um humanismo"). O termo existencialismo foi adotado apesar de existência filosófica ter sido usado inicialmente por Karl Jaspers, da mesma tradição.

O termo "existencialismo" parece ter sido cunhado pelo filósofo francês Gabriel Marcel em meados da década de 194017 18 19 e adoptado por Jean-Paul Sartre que, em 29 de Outubro de 1945, discutiu a sua própria posição existencialista numa palestra dada no Club Maintenant em Paris e publicada como O Existencialismo é um Humanismo, um pequeno livro que teve um papel importante na divulgação do pensamento existencialista.20

O rótulo foi aplicado retrospectivamente a outros filósofos para os quais a existência e, em particular, a existência humana eram tópicos filosóficos fundamentais. Martin Heidegger tornou a existência humana (Dasein) o foco do seu trabalho desde a década de 1920 e Karl Jaspers denominou a sua filosofia com o termo "Existenzphilosophie" na década de 193018 21 Quer Heidegger quer Jaspers tinham sido influenciados pelo filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard. Para Kierkegaard, a crise da existência humana foi um tema maior na sua obra.9 22 23 Ele tornou visto como o primeiro existencialista,19 e mesmo chamado como o "pai do existencialismo".9 De facto, foi o primeiro de maneira explícita a colocar questões existencialistas como foco principal da obra.24 Em retrospectiva, outros escritores também discutiram temas existencialistas ao longo da história da literatura e filosofia. Devido à exposição dos temas existencialistas ao longo das décadas, quando a sociedade foi oficialmente introduzida ao tema, o termo tornou-se relativamente popular quase de imediato. Na literatura, após a Segunda Guerra Mundial, houve uma corrente existencialista que contou com Albert Camus e Boris Vian, além do próprio Sartre. É importante notar que Albert Camus, filósofo além de literato, ia contra o existencialismo, sendo este somente característica de sua obra literária. Já Boris Vian definia-se patafísico.

Temáticas[editar | editar código-fonte]

Os temas existencialistas são férteis no terreno da criação literária, nomeadamente na literatura francesa, e continuam a exibir vitalidade no mundo filosófico e literário contemporâneo. As principais temáticas abordadas sugerem o contexto da sua aparição (final da Segunda Guerra Mundial), reflectindo o absurdo do mundo e da barbárie injustificada, das situações e das relações quotidianas ("L'enfer, c'est les autres", ["O inferno são os outros"], Jean-Paul Sartre). Paralelamente, surgem temáticas como o silêncio e a solidão, corolários óbvios de vidas largadas ao abandono, depois da "morte de Deus" (Friedrich Nietzsche). A existência humana, em toda a sua natureza, é questionada: quem somos? O que

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