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Fase de desenvolvimento de habilidades motoras especializadas

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Por:   •  13/8/2014  •  Trabalho acadêmico  •  3.492 Palavras (14 Páginas)  •  763 Visualizações

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Introdução

Quando tratamos de habilidades de movimento especializado, falamos da associação dos movimentos maduros e refinados e de movimentos complexos e específicos adaptados para as exigências específicas de uma atividade recreativa, do dia-a-dia e principalmente de uma prática desportiva. Mas muito mais do que isso, do que a combinação demovimentos, a prática desportiva desenvolve uma série de habilidades motoras e psicossociais que ajudam os seus praticantes não só no contexto do jogo, mas fora dele, com atitudes de determinação, vontade, paciência, disciplina, coragem, flexibilidade e respeito entre outras. Os praticantes acabam por desenvolver uma resposta motora eficaz e soluções rápidas a situações cotidianas (SILVA, 2003; GALLAHUE, 2005).

Para Gallahue (2005), a fase de desenvolvimento das habilidades motoras especializadas apresenta três estágios: (1) Estágio de transição (estágio de aprender a treinar) Este estágio é caracterizado pelas primeiras tentativas do indivíduo de refinar e associar habilidades de movimento maduro. Nesse estágio de transição ou de aprender a treinar, futuros atletas aprendem como treinar para obter melhor habilidade e performance. Para a maioria das crianças de 8 a 12 anos, este é um período crítico, durante o qual as habilidades de movimento fundamental maduro são refinadas e aplicadas aos esportes e jogos da cultura. (2) Estágio de aplicação (estágio de treinar a treinar) Durante o estágio de aplicação, o indivíduo torna-se mais consciente de seus dotes e limitações físicas pessoais e, assim, dirige seu foco para determinados tipos de esportes, tanto em ambientes competitivos quanto recreacionais. A ênfase está em aprimorar a proficiência, e; (3) Estágio de aplicação ao longo da vida (estágio de treinar para competir/participar) No estágio de aplicação ao longo da vida – treinar para competir/participar - os indivíduos geralmente reduzem o alcance de suas buscas atléticas pela escolha de algumas atividades para se engajar regularmente em situações competitivas, recreativas ou do dia-a-dia.

Baseado nesta classificação podemos afirmar que, aprendizagem desportiva, seja em qualquer modalidade esportiva, deve ser trabalhada em etapas e cada etapa, deve estimular no aluno, o prazer, o interesse e tornar-se significante na trajetória esportiva do mesmo (BUDINGER, 1982). Para haver um bom desenvolvimento da aceitação e melhor aprendizagem das atividades físicas, deve existir um programa relacionado com os interesses dos indivíduos que participam dessas atividades (MACHADO, 1997). Ambientes de ensino que enfatizam os interesses dos alunos e promovem uma aprendizagem significativa e contextualizada, fortalecem a motivação dos mesmos para aprender, criando oportunidades para os mesmos tornarem-se aptos à prática; terem o controle sobre seu corpo e movimentos; desenvolverem a autoconfiança e a segurança para transitar nas mais diversas atividades físicas e esportivas (VALENTINI; TOIGO, 2006; PÍFFERO, 2007). Nesta mesma linha, na necessidade de contribuir com estratégias efetivas para uma abordagem pedagógica, Berleze (2008), considera a importância de utilizarmos estratégias de intervenções educacionais necessárias para a consolidação de mudanças nas habilidades das crianças, reforçando a motivação das mesmas; proporcionando desafios adequados para todas; guiando as crianças a persistirem na prática das atividades propostas; o que conseqüentemente conduz a novas aprendizagens; a conquistas de novas habilidades e a perceberem-se mais competentes. Em sua pesquisa sobre percepções de competência, Stein, Fisher, Berkey & Colditz (2007) identificaram que a prática sistemática de atividade física, bem como seu aumento causam impacto positivo e importante na auto-percepção, percepção atlética e social de meninos e meninas inseridos no esporte Outro estudo interventivo, com ênfase no ensino da dança, utilizando-se de estratégias motivacionais como as citadas anteriormente promoveu aprendizagem e ganhos significativos nas crianças a ele inserido, acarretando mudanças positivas no desempenho motor, concretizando sua participação efetiva na prática da modalidade (SOUZA; BERLEZE; VALENTINI, 2008).

Assim, entende-se que a criança tem o direito de desenvolver suas aptidões através de um processo de treino que seja orientado a partir das suas motivações e percepções, colaborando para que posteriormente desenvolva hábitos saudáveis para toda a vida (BERLEZE, 2008; JUCHEM, 2006).

Nesta perspectiva, este estudo busca verificar como se processa o desenvolvimento das habilidades motoras nas diferentes modalidades (tênis; natação; futsal; basquetebol e; voleibol) bem como o processo metodológico na elaboração do treino destes esportes.

Desenvolvimento motor nos esportes

Tênis

O desenvolvimento do Tênis, nada mais é do que o aprendizado dos golpes ou fundamentos, a aquisição dos movimentos básicos a fim de propiciar ao atleta ou aprendiz, um menor gasto de energia na execução destas habilidades em uma partida da modalidade. Porém, o ensino do Tênis para crianças, deve ser dado com uma linguagem simples, assim como as correções. Os primeiro anos do Tênis devem ser formativos, de aprendizado, a criança passa por muitas “aventuras” nesta fase inicial e os objetivos a serem alcançados são muitos e interessantes.

Nesta fase, o aluno ainda não é capaz de imaginar uma jogada e suas conseqüências, mas precisa ter objetivos definidos em suas tarefas para avaliar sua performance e efetuar seus golpes (SILVA, 2003). O objetivo desse período seria, portanto, aprender como aplicar, de forma adaptada, as habilidades em uma diversidade de situações. Nessa perspectiva, esse é um período em que a experiência motora individual é um fator de extrema relevância sobre mudanças que ocorrem. Além disso, a cultura, a família e as condições sociais também influenciam as habilidades especializadas praticadas pela criança (VALENTINI; TOIGO, 2006).

As habilidades a serem ensinadas no Tênis são: (1) os golpes de fundo (direita e esquerda), estimular o controle da direção, profundidade e troca de empunhaduras entre eles; (2) voleios (direita e esquerda), trabalhar o controle de direção e profundidade, também com a troca de empunhaduras além de estimular o voleio de bolas altas e baixas; (3) smash, controle de direção e empunhadura; (4) saque, empuhadura, capaz de sacar de aproximadamente ¾ da quadra; (5) deslocamentos gerais. Cada habilidade deve ser ensinada em uma situação de aprendizagem diferenciada, buscando sempre estimular no aluno o prazer do jogo (BUDINGER

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