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Fases de observação

Por:   •  10/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.454 Palavras (6 Páginas)  •  1.212 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA DE CAMPINAS – UNIP

DENER ALVES DE ARAÚJO - C991716

KELE GEANE SOUZA - N868JB1

OBSERVAÇÃO DAS FASES DA INFÂNCIA

Campinas – SP

2016

DENER ALVES DE ARAÚJO - C991716

KELE GEANE SOUZA - N868JB1

OBSERVAÇÃO DAS FASES DA INFÂNCIA

Relatório de observações apresentado à UNIP – Universidade do Interior Paulista, Campus Swift, para a disciplina Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo Vital no curso de Psicologia sob orientação Profa. Fabiana Marques.

Campinas – SP

2016


INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo expor o aluno ao primeiro contato com o comportamento humano, sendo essa primeira observação feita na fase da terceira Infância, compreendida no período cronológico dos 6 até por volta dos 11/12 anos.  Neste período o avanço físico é notório, e a criança passa a se relacionar com outras crianças com maior freqüência, visto que nesse período a experiência central da criança é a escola, onde a criança terá um crescimento emocional e social não visto anteriormente. Para isto usaremos Denise Boyd, Jean Piaget, com a teoria cognitiva e Erik Erikson com a teoria psicossocial, para abordar e estabelecer conexões entre os três aspectos do desenvolvimento humano cognitivo, físico e psicossocial.


DESENVOLVIMENTO

Observações

As observações realizadas têm a intenção de por em pratica o material teórico estudado em sala referente ao desenvolvimento do ser humano no seu ciclo vital. Esse primeiro contato com o comportamento da criança deve ser realizado livre de julgamentos ou análises, sendo exposto apenas o comportamento da criança dentro da faixa etária do zero aos onze anos, descrevendo suas ações em um tempo pré-determinado de vinte minutos em um ambiente de familiaridade da criança, para posteriormente criar um paralelo com o material estudado abordando fatores psicológicos, cognitivos, físicos e sociais da criança em desenvolvimento.

Local

O local é de extrema importância para a observação, visto que um local conhecido pela criança poderá resultar em ações mais espontâneas, sem o acanhamento da primeira impressão que impede a criança de se manifestar de maneira natural. Dessa forma a observação foi realizada em um playground no Cambuí, bairro localizado na região de Campinas, onde outros amigos da mesma faixa etária estão em constante atividade no mesmo ambiente.

Identificação

A criança observada será descrita com o Pseudônimo Gabriel. Gabriel tem sete anos, período compreendido pela terceira infância, também conhecida como meninice. Nessa fase, Gabriel está sendo exposto ao convívio social, visto que a escola esta cada vez mais presente em suas atividades, e o convívio com outras crianças se tornou rotineiro. Gabriel é filho único e vive com seus pais que possuem uma condição econômica favorável, visto que sua família possui altos rendimentos mensais.


Descrição das Observações


Compreensão Teórico - Pratica

A fase da terceira infância compreende o período de maior desenvolvimento da criança. Visto que essa passa agora a interagir e conhecer as questões do mundo a sua volta com a entrada na vida escolar. O desenvolvimento físico também se torna notório, visto que agora o corpo esta apto a fazer coisas que antes não podia. É possível ver o desenvolvimento de atividades motoras com maior facilidade. A criança agora vive em movimento constante, correndo, pulando e desenvolvendo atividades físicas com maior facilidade visto que seu corpo agora é capaz de desenvolver novas atividades que necessitem maior força e resistência. Denise Boyd (2011, p. 304) explica que “ As crianças de sete anos estão na fase de crescimento dos ossos e fortalecimento da musculatura, alem do desenvolvimento da capacidade de atividades físicas prolongadas com o aumento de sua resistência “

Nessa fase é possível perceber grandes desenvolvimentos na vida social e emocional da criança já que sua interação com outras crianças se tornou rotineiro. A criança passa a criar novos laços de amizades e a priorizar a presença de determinados amigos, criando desde cedo o vinculo com grupos de amigos ao qual mais se identifica e lhe ajudara a construir a sua própria identidade. Nas observações realizadas é possível perceber algumas dessas características. Este é o momento em que a criança começa a perceber o que é valorizado como certo e errado no mundo adulto. De acordo com Erik Erickson(1976, p.238) em sua teoria psicossocial na fase de Indústria x Inferioridade:

“Este é um momento marcado pelo controle da atividade tanto física como intelectual, onde a criança tenta equilibrá-las as regras do método de aprendizado formal. Com a educação formal, a criança aprende o que é valorizado no mundo adulto e tenta se adaptar a ele. Da idéia de propósito, ele passa a de perseverança, ou seja, a criança aprende a valorizar e, até mesmo reconhece que podem existir recompensas em longo prazo de suas atitudes atuais.”

 É possível estabelecer um paralelo a essa teoria quando a criança ao bater com o balanço na cabeça de seu colega e sair correndo, acha em um primeiro momento aquilo engraçado, mas, ao perceber a aproximação de um adulto com feições sérias e reprovando aquela ação, para de sorrir e encara aquilo como algo errado, e sente o peso da culpa - desenvolvida na fase anterior, compreendida como a fase da Iniciativa x Culpa, segundo a teoria psicossocial de Erik Erickson(1946, p.235) - por realizar algo ao qual foi reprovado pela autoridade adulta.

É possível estabelecer outra conexão com a teoria de Erik Erickson no momento em que a criança assume a tarefa de empurrar seu colega, e se altera quando outro colega tenta assumir seu pape. De acordo com Rabello e Passos (2009, p. 8):

“Nesta fase, começam os interesses por instrumentos de trabalho, pois trabalho remete à questão de competência. A criança nesta idade sente que adquiriu competência ao dedicar-se e concluir uma tarefa, e sente que adquiriu habilidade se tal tarefa foi realizada satisfatoriamente. Este prazer de realização é o que da forças para o ego não regredir nem se sentir inferior. Se falhas seguidas ocorrerem, seja por falta de ajuda ou por excesso de exigência, o ego pode se sentir levemente inferior e regredir.”

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