Fichamento Psicodiagnóstico Interventivo
Por: larissa.alfredo • 14/3/2019 • Resenha • 1.943 Palavras (8 Páginas) • 640 Visualizações
Universidade Paulista UNIP- Curso: Psicologia- Campus: Jundiaí
Disciplina: Psicodiagnóstico Interventivo Prof.ª: Tatiana Gomes Espinha
Nome: Larissa Lucia da Silva Tosetto RA: C5919I7 Turma: PS8P44
Texto 1: GHIRINGHELLO, L. e BORGES, S., L., P. Interlocuções entre a clínica psicológica e a escola no Psicodiagnóstico interventivo. In ANCONA-LOPEZ, M. Psicodiagnóstico Interventivo: evolução de uma prática - Ed. Cortez 1º Ed. – São Paulo 2014. Cap. VII p. 127 -142.
O psicodiagnóstico interventivo tem como foco compreender a criança no seu contexto, do qual faz parte a escola. Um ponto a ser compreendido em relação a escola é como a família se relaciona com a escola da criança e suas expectativas sobre o papel a ser cumprido. Devendo assim conhecer os projetos e planos traçados por esses pais a seus filhos, onde constantemente inclui sonhos de vida e futuro melhor, desejando um grau de escolaridade superior ao deles. A escola em meio a isso como possibilidade de mudança e oferta de oportunidade, assim como também é nesse mesmo lugar que ela acaba sendo julgada,avaliada e podendo até mesmo ser humilhada, podendo assim passar por sofrimento e preconceitos. Como parte do processo do psicodiagnóstico interventivo, fazemos uma visita a escola da criança a fim de obter novas compreensões sobre da criança em relação à queixa apresentada, os significados que podem ser atribuídos ao processo de aprendizagem e da sua relação com o contexto escolar.
Essa visita escolar contribui na aproximação do psicólogo clínico da escola, ampliando seu campo físico de atuação, não se limitando apenas ao consultório, onde também pode tirar a culpa da problemática da criança ser de problemas intrapsíquicos e conseqüentemente culpa dela. Essa visita só ocorrerá após o primeiro encontro com a criança, devendo os pais e a criança serem esclarecidos acerca dos objetivos da visita e estar em concordância quanto a mesma.
Inicia-se esse primeiro contato com a escola solicitando através dos pais, que a escola responda um relatório, e este será o ponto de partida para a vista escolar. Ao programar a visita procura fazer com que a professora, coordenador e diretor se façam presente, esse procedimento significa mostrar a esses profissionais suas responsabilidades no processo de aprendizagem da criança.
É importante lembrar que durante a visita, é preciso ter cuidado para que a criança não fique exposta diante dos colegas e na seja identificada como uma criança problemática.
Além da observação, é importante a entrevista com a professora para conhecê-la e ver como ela percebe o aluno, qual a sua visão sobre os pais x escola, e como ela se conduz diante das dificuldades apresentadas pela criança.
Pode-ser feita uma observação da criança em sala de aula que deve ser criteriosa, considerando a queixa e as características da criança. Onde é observada a criança durante suas atividades na sala de aula ou fora dela durante a merenda, recreio, procurando compreender como se dá a relação dela com os professores e colegas, como se organiza para a realização das tarefas que lhe são propostas, como se relaciona com a aprendizagem, seu envolvimento e interesse.
Na observação da professora observa-se sua didática, sua relação com as crianças e o que deixa transparecer de sua relação com a profissão.
Tudo que for observado e compreendido e as impressões obtidas acerca da escola e o ambiente todo em si nessa visita deve ser passado para os pais posteriormente em uma sessão.
Tem grande importância olhar o material da criança como um todo, o ideal é pedir que à própria criança o “apresente”, solicitando que vá explicando algumas situações, tais como atividades repetitivas, não realizadas ou realizadas parcialmente. Os cadernos expressam as relações entre professor e o aluno. Anotações e bilhetes redigidos pelo professor permitem observar a relação que se estabelece entre ele e a criança. SANTOS (2002, p. 138) apud ANCONA-LOPES (2014): nos fala:
Avaliar o nível de letramento em que se encontra o aluno; sempre que possível buscar, junto ao aluno, aos pais e aos professores, informações complementares a fim de que aquilo que está registrado nos cadernos, provas, fichários e folhas avulsas possam ser compreendidos.
No processo de psicodiagnóstico interventivo, as análises do material escolar e das visitas à escola nos dão indicadores que permite pensar em vários aspectos que poderão ser abordados com o professores, pais e crianças. Como: ajudar a resolver situações de conflitos familiares ou escolares, descobrir novas estratégias para lidar com as situações conflituosas presentes. Depois da análise desse material é preciso trabalhar com a criança e com os pais para concluirmos nossa avaliação e investigação sobre a queixa apresentada e podermos melhor intervir junto à criança, sua família e a escola.
Ao fim do processo do psicodiagnóstico interventivo devemos elaborar um relatório em que estejam expressas as compreensões que obtivemos, contextualizando de acordo com a queixa inicial trazida. Esse relatório deve ser apresentado aos pais, e com a autorização deles, podemos agendar uma devolutiva à escola, essa onde poderemos fazer apontamentos, orientar, discutir, os pontos compreendidos da queixa da criança.
Universidade Paulista UNIP- Curso: Psicologia- Campus: Jundiaí
Disciplina: Psicodiagnóstico Prof.ª: Tatiana Gomes Espinha
Nome: Larissa Lucia da Silva RA: C5919I7 Turma: PS7P44
Texto 2; LOPES,L, C. P. Visita domiciliar: a dimensão psicológica do espaço habitado In ANCONA-LOPEZ, M. Psicodiagnóstico Interventivo : evolução de uma prática - Ed. Cortez 1º Ed. – São Paulo 2014.Cap. VIII p. 144-160
A autora fala que algum psicólogo da área de terapia familiar afirma que o espaço residencial é um elemento a mais na compreensão da dinâmica família no decorrer do processo terapêutico, onde a casa é o primeiro nicho de identidade, onde se reflete o espaço familiar com suas configurações, disposição, organização. Esse ambiente familiar concretiza o corpo familiar, atualiza o modo de estar da família.
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