Fichamento Psicodiagnóstico V: A Entrevista Clínica
Por: Hellen Soutto • 3/4/2018 • Resenha • 860 Palavras (4 Páginas) • 598 Visualizações
REFERÊNCIA: CUNHA, J. A . Psicodiagnóstico-V. Porto Alegre: Artmed, 2000. | Texto 6: A Entrevista clinica. |
Nome: Hellen Souto de Araujo Almeida
RA: C570EF-2
Data: 24/02/2018
Quando nos referimos a uma entrevista, logo conseguimos imaginar uma cena entre duas pessoas, onde uma faz o papel de entrevistador, o qual tem a função de trazer a tona perguntas que tragam informações sobre determinado assunto, e outra, que responde as perguntas do entrevistador.
Em psicologia, a entrevista reúne muito mais que um jogo de perguntas e respostas, ela é utilizada por um profissional treinado que faz uso de um conjunto de técnicas de investigação que tem o objetivo de avaliar e descrever aspectos pessoais, sociais, relacionais e etc, com o intuito de trabalhar nos processos de encaminhamento, ou até mesmo de intervenção, caso esse seja benéfico às pessoas entrevistadas. As informações levantadas pela entrevista possibilitam o profissional a fazer inferências, relacionar eventos e estabelecer conclusões, tudo isso dentro de uma técnica apoiada em conceitos nas áreas da psicologia, utilizando vertentes diferentes quando assim precisar.
Uma das principais características da entrevista clínica é o fato dela ser dirigida, ou seja, o entrevistador estrutura sua intervenção para que os objetivos dentro desse trabalho sejam alcançados. É importante salientar que a intervenção que o profissional realiza dentro da entrevista leve o sujeito a aprofundar o contato com sua própria experiência.
As entrevistas podem ser divididas em estruturadas, semi-estruturadas e livres. A primeira é de pouco proveito na clínica, pois é utilizada normalmente para levantar informações em larga escala. Já a segunda, é utilizada quando se há clareza nas informações que se quer alcançar, onde se busca a padronização em algum fenômeno, por exemplo. Já a terceira entrevista, é a antecipação da semi-estruturação. Como já mencionado anteriormente, o profissional sempre terá um objetivo dentro da entrevista, mesmo que o entrevistado discorra livremente sobre a pergunta, é função do entrevistador conduzir a entrevista.
Quando nos referimos a classificação da entrevista quanto aos seus objetivos, logo notamos uma certa complexidade, pois existe uma interdependência entre as abordagens e os objetivos, fazendo com que os objetivos variem de abordagem para a outra. Para abordarmos essa questão, temos que distinguir dois níveis de objetivos, os objetivos fins e os objetivos instrumentais. Os objetivos fins são sempre comuns a todas as entrevistas clínicas, que tem como característica descrever e avaliar, para que assim possa dar um tipo de retorno. Já os objetivos instrumentais visam utilizar diferentes estratégias de avaliação para delimitar o alcance para atingir os objetivos de cada situação.
Em relação aos tipos de entrevistas, podemos citar entre elas a entrevista de triagem, de
anamnese, diagnósticas, sistêmicas e de devolução. A entrevista de triagem geralmente é utilizada para avaliar a demanda do sujeito e assim realizar encaminhamentos, utilizadas em centros de saúde, também muito utilizada para avaliar a gravidade de crises, assim sendo necessário o encaminhamento para um apoio medicamentoso, feito por um médico. A anamnese visa o levantamento detalhado do desenvolvimento do sujeito, principalmente na infância, geralmente utilizada na clínica, com enfoque no desenvolvimento e no acompanhamento de crianças. As entrevistas diagnósticas tem como objetivo analisar e examinar uma condição específica afim de tentar compreendê-la e assim explicá-la e quissá modificá-la. As entrevistas sistêmicas tem por objetivo a avaliação da estrutura e da história familiar ou também de suas relações. Já a entrevista de devolução tem por finalidade comunicar o avaliando o resultado da avaliação, podendo ocorrer no final da entrevista, podendo abrir ao entevistando a oportunidade do mesmo expressar seus pensamentos e sentimentos em relações a conclusão do avaliador, e assim enriquecer o processo de avaliação.
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