Fichamento do documentário O território do brincar

  UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

Curso: Psicologia (2015/2)

                                                 

                                              O Território do Brincar

   O documentário Território do Brincar faz parte de uma parceria com o Instituto Alana, que mapeou, entre abril de 2012 e dezembro de 2013, as muitas formas de brincar das crianças em comunidades rurais, indígenas, quilombolas, das grandes metrópoles, do sertão e do litoral, levando o espectador a refletir sobre a forma de educá-las.

   A educadora Renata Meirelles, coordenadora do projeto, conta que uma das propostas é aproximar o adulto do universo infantil. “Quando a gente opta olhar o brincar, a gente opta por trazer o que há de mais belo e potente na infância. Com o filme, a gente quer aproximar as pessoas do que há de mais potente no ser humano e relembrar isso para os adultos”. Uma outra ideia do projeto que Renata apontou é mostrar a diversidade do Brasil a partir das crianças. “O que a gente gostaria com esse filme e com o projeto em geral é espelhar a beleza que somos como país e como pessoas. A importância do filme é a escuta da criança para que ela nos espelhe tudo isso”, disse a educadora, que fez o filme em parceria com o marido, o documentarista David Reeks.

   Brincar é uma das linguagens espontâneas através das quais a criança se expressa, descobre o mundo, as pessoas e os objetos à sua volta, aprende e incorpora valores, e as singularidades das diferentes culturas com as quais se conecta. Devido a isso, é de extrema importância para o seu desenvolvimento que todos aqueles que estão envolvidos em sua educação se posicionem de forma a incentivar sua liberdade de criatividade nessa fase e também aproximá-la de histórias antigas deles para que tenham substrato para o campo da imaginação. Mais do que isso o longa-metragem leva o questionamento em cada realidade social e regional para que assim, separadamente, possam os adultos, tanto pais como professores, adequarem suas visões sobre o que, como e para que aplicar determinado ensinamento em seus meios de vida, mas com isso partindo da igualdade infantil dentro do mundo lúdico.

   Assim, quando a criança vai para o coletivo, para a escola, os educadores passam a ter esse papel de resgatar brincadeiras tradicionais, principalmente naturais, que estimule tanto o intelecto quanto o físico dela, sendo desafiadas a superarem, a descobrirem o mundo ao redor, incentivando um crescimento saudável e sua autonomia futura.