Filme para sempre alice, alzheimer
Por: laurabridi • 29/5/2019 • Trabalho acadêmico • 3.134 Palavras (13 Páginas) • 440 Visualizações
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS[pic 1]
CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADA A SAÚDE
PROCESSOS INCLUSIVOS II
DOENÇA DE ALZHEIMER
E ANÁLISE DO FILME “PARA SEMPRE ALICE"
6º semestre - Matutino
SANTOS - SP
2018
Sumário
INTRODUCAO 3
Filme “PARA SEMPRE ALICE” 4
DEFINIÇÃO E DIAGNÓSTICO 5
ESTÁGIOS DA DOENÇA 6
IMPACTO NOS FAMILIARES 7
PROCESSOS INCLUSIVOS 8
TRATAMENTO 10
PROJETOS 11
PREVENÇÃO 12
CONCLUSÃO 13
REFERÊNCIAS 14
INTRODUCAO
No trabalho apresentado a seguir iremos analisar e relacionar o filme “Para Sempre Alice”, cuja personagem lida com o processo do recebimento de diagnóstico da doença de Alzheimer. Iremos discutir pontos relevantes do filme, além de discorrer brevemente sobre a própria doença, seu diagnóstico, os diferentes estágios, processos de tratamento, e ainda falaremos sobre a questão do impacto que tem este diagnóstico sobre a família, que lida diretamente, rotineiramente com todas as consequências que esta doença implica.
Filme “PARA SEMPRE ALICE”
No filme “Para Sempre Alice”, acompanhamos a personagem Alice Howland, no processo de recebimento do diagnóstico de Alzheimer precoce, e o seu rápido avanço. Alice é professora de Harvard e ironicamente, especialista em linguística.
Nos primeiros estágios da doença vemos a personagem se esquecendo de palavras que lhe eram familiares, e de acordo com a sua própria fala, ela tem a sensação de que “as palavras estão muito perto, suspensas, mas é como se ela não conseguisse alcançá-las”.
Ela passa a esquecer receitas que sempre fez, e caminhos por onde sempre circulou. Ela também relata algo que é comum entre as pessoas com Alzheimer, que é a sensação de desligamento da própria mente. Em um determinado ponto do filme, uma de suas filhas pergunta como ela se sente, qual é a sensação de ter essa doença. Sua resposta, triste, descreve como muitos portadores da doença se sentem: “Tenho dias bons e ruins. Nos meus dias bons, eu quase consigo passar por uma pessoa normal. Mas nos meus dias ruins, eu sinto que eu não consigo me encontrar. ”
É importante ressaltar que o diagnóstico de Alzheimer na idade da personagem é muito raro. É curiosa a rápida maneira em que os sintomas vão avançando, sendo possível observar sua fala, comportamento e pensamento ficando cada vez mais comprometidos. O intelecto da personagem, pelo qual ela se define, vai se tornando cada vez mais fragilizado, assim como a sua estrutura emocional.
A família de Alice, é importante ressaltar, também sofre com esse diagnóstico, considerando que os seus filhos também têm chances de desenvolver a doença no futuro. Não somente por esse fato se dá o sofrimento psíquico desses personagens, tendo em vista que é uma situação muito delicada, em que eles – os filhos e o marido - assistem de perto a deterioração de tudo aquilo que definia a mãe e esposa que eles conheciam.
Eles acompanham, de certa maneira, o retrocesso e uma infantilização do desenvolvimento de Alice. Que passa a necessitar, com o passar do tempo, de um acolhimento e cuidado todo o tempo. E com isso observamos diferentes posturas dos filhos ao se depararem com essa situação delicada. Uma das filhas sente muito receio e entra em uma negação, preferindo por vezes, evitar tocar neste assunto. Enquanto sua outra filha, tem uma abordagem diferente, em que procura entender mais sobre como Alice se sente, o que acaba aproximando as duas. E esta filha, é quem acaba se prontificando para cuidar de sua mãe todos os dias, voltando a morar com ela.
DEFINIÇÃO E DIAGNÓSTICO
A doença de Alzheimer foi descrita em 1906 pelo médico Alois Alzheimer, que estudou o caso de uma paciente por nome de Auguste Deter, uma mulher de 51 anos que apresentou um quadro de perda de memória, distúrbios de linguagem e desorientação que infelizmente veio a falecer aos 55 anos, então o Dr Alzheimer examinou seu cérebro e confirmou as alterações que caracterizam a doença.
A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que ainda não foi encontrado a cura e que se agrava com o tempo.
Não se sabe exatamente porque ocorre a DA, mais se sabe que ocorrem lesões cerebrais característica da doença, as duas placas senis decorrente do estoque de proteína beta amilóide que é produzida anormalmente e os emaranhados neurofibrilares decorrente da hiperfosforilação de determinada proteína, acontece também uma redução das células nervosas, e sinapse reduzindo o volume cerebral.
A DA faz com que aconteça a perda das funções cognitivas como a memória, orientação, atenção e linguagem, causada pela degeneração de células cerebrais, dificultando as funções que envolvem que envolve planejamento e execução de funções complexas. Um dos principais sintomas é a demência.
Apesar de a DA não ter cura deve ser tratada, se for diagnosticada no início, se o diagnóstico for na fase inicial, dá para se ter um controle sobre os sintomas retardando o avanço da DA .
Segundo estudos existem no mundo 32,6 milhões com DA, e no Brasil cerca de 1,2 milhões de casos.
No diagnóstico os sintomas podem se confundir com outras condições patológicas, para saber é feito exclusão de outras condições clínicas de prejuízo cognitivo, por não ter uma forma exata e definitiva para a DA. Para comprovação exata do diagnóstico séria com exame do tecido cerebral feito com biópsia ou necropsia após o óbito.
ESTÁGIOS DA DOENÇA
Estágio inicial
O estágio inicial, por ser mais leve, acaba passando despercebido pela pessoa e seus familiares. É visto como apenas um sinal de envelhecimento já em casos que acontecem com pessoas antes dos 65 anos, muitas vezes confundem com estresse ou questões emocionais. Começa com perda da memória recente, dificuldade para encontrar palavras, não saber a hora ou o dia da semana, desorientação espacial, perda de iniciativa e motivação.
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