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Analise do filme para sempre alice

Por:   •  10/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  863 Palavras (4 Páginas)  •  3.047 Visualizações

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O FILME:

A Dra. Alice Howland (Julianne Moore) é uma renomada professora de linguistica. Aos poucos, ela começa a esquecer certas palavras e se perder pelas ruas de Manhattan. Ela é diagnosticada com Alzheimer. A doença coloca em prova a força de sua família. Enquanto a relação de Alice com o marido, John, fragiliza, ela e a filha Lydia  se aproximam.

Exame Psíquico:

. IDENTIFICAÇÃO:

Nome: A.H
- Idade:50 anos
- Sexo: Feminino
- Cor: branca
- Grau de instrução: superior completo

- Profissão; Professora
- Estado civil: Casada

QUEIXA PRINCIPAL (QP):

Esquecimento

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA):

Se perdeu durante uma corrida, não lembrava coisas simples, como receita de bolo, números de telefones, lugares...

HISTÓRIA PESSOAL (HP):

Consegue falar sobre sua infância, lembra com bastante detalhes sobre os pais e alguma situações vivida na infância.

HISTÓRIA FAMILIAR (HF):

Descreve bem o pai e a mãe, fala que não era tão ligada ao pai.

HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA (HPP):

Pai morreu de Cirrose

Mãe morreu de acidente de carro

EXAME PSÍQUICO (EP):

Paciente calma, responde prontamente as perguntas, se mostra bem preocupada, porém, não aceita o fato de não se lembrar do endereço que lhe foi solicitado para que gravasse. Paciente se apresenta bem vestida, pode se perceber que ela tem pequenos lapsos de memoria,

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA:

Alzheimer Precoce

LINHA TEÓRICA::

Analise comportamental:

As alterações cognitivas e comportamentais afetam fortemente a rotina da personagem, e também aos que estão a sua volta.  São perdas constantes, conflitos de emoções, surpresas, adaptações e aprendizados diários.  No entanto, em vários momentos o filme mostra Alice tentando se manter presente e lúcida. Nos estágios iniciais da doença, a personagem consegue ainda apresentar comportamentos de autocuidado e também cria estratégias para não esquecer palavras, datas, acontecimentos importantes e nomes. Exemplo de alguns destes métodos e procedimentos são apresentados em várias cenas em que Alice fica sob controle de anotações no celular ou no quadro de recados para, de alguma forma, tentar manipular as variáveis de seu ambiente e fazer relações que a ajudem a recordar situações importantes como: tomar a medicação, lembrar o nome dos filhos, as datas de aniversário, ao passo que a doença de Alzheimer se agrava, torna-se imprescindível a presença de um cuidador, pois, em alguns casos, é necessário um monitoramento contínuo para que o paciente não se machuque, tome a medicação corretamente, se alimente, cuide de suas necessidades de higiene pessoal.Em alguns casos, é também necessário ajuda profissional de enfermeiros ou cuidadores que estejam próximos à família para auxiliar nas rotinas do enfermo e uma série de mudanças ambientais para que o acompanhamento se torne menos desgastante para a família com a evolução da enfermidade. Em algumas relações familiares podem começar a se fragilizar a ponto de serem rompidas por conta do nível de estresse que é ocasionado pelo cuidar. No entanto também existe a possibilidade de aproximações mais afetivas e benéficas. No filme, por exemplo, assim que os sintomas da doença progridem, a filha caçula de Alice abandona sua carreira para cuidar da mãe em tempo integral, fortalecendo o vínculo entre as duas. Assim como mostrou o filme, é muito comum o cuidador abrir mão de sua vida profissional e pessoal para estar mais próximo e oferecer um melhor cuidado. Em relação às intervenções analítico-comportamentais, os resultados apresentados nas mais diversas pesquisas da área, também demonstram que a influência do ambiente, a estimulação contínua e o treino de comportamentos que se adequem ao contexto da doença, em determinadas situações cotidianas, o rearranjo das contingências fará muita diferença nos resultados que o paciente e o cuidador terão possibilidade de obter. Um exemplo deste tipo de acontecimento é apresentado em uma cena do filme, quando Alice entra em sua casa para usar o banheiro, mas não se lembra onde o mesmo se localiza e acaba não conseguindo se conter e urina na roupa. Neste momento o esposo vai ao seu encontro e a abraça na tentativa de amenizar todo constrangimento ocorrido na situação. É válido também ressaltar que nas situações em que o enfermo apresentar alucinações, insônia, delírios, agressividade ou agitação é recomendável manter longe do alcance do paciente, objetos cortantes ou que ofereçam risco a integridade física do mesmo e das pessoas próximas. É também importante a este rearranjo, estratégias relacionadas à mudança de estímulos que possam alterar o humor do paciente, por exemplo, algum barulho que esteja irritando, algum objeto que esteja incomodando etc. Em situações como estas, o cuidador poderá se sentir sobrecarregado ao tentar manipular as variáveis de maneira adequada, visto que as alterações comportamentais do paciente podem afetar toda a rotina do cuidador e da família, desde afazeres comuns da vida diária, horários para comer, dormir ou até mesmo momentos de lazer. Este tipo de contexto também pode vir a gerar diversos níveis de estresse e condições de ansiedade, como já mencionado anteriormente. Neste sentido, a Análise do Comportamento propõe alternativas em prol destes pacientes, cuidadores e familiares; oferecendo uma mudança de foco que pode amenizar as limitações e déficits apresentados pela doença, objetivos que estimulam maior qualidade de vida tanto ao paciente, quanto ao cuidador, possibilitando promover uma convivência menos aversiva em relação à reorganização de contingências de reforçamento que podem vir a tornar a rotina de famílias com pacientes de Alzheimer mais positivamente reforçadora.

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