GRUPO DE APOIO A PESSOAS DA LINHA DE FRENTE NO COMBATE A COVID

[pic 1]  UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

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GRUPO DE APOIO A PESSOAS DA LINHA DE FRENTE NO COMBATE A COVID

GOLGO, A.1; CHAVES, J. 1; LARA, J.1; PINHEIRO, M 1,MATOS, D 2.

1 Psicologia - Universidade Luterana do Brasil

1 INTRODUÇÃO: No Brasil, a partir de março de 2020, a pandemia do SARS-COV  19, exigiu da população, o isolamento social e a quarentena, devido às graves consequências que se espalharam repentinamente pelo vírus da COVID em todo mundo.(1) O presente trabalho teve como finalidade coletar dados e informações sobre os profissionais que permaneceram ativamente realizando suas atividades e trabalhando durante o período de isolamento  e, como o mesmos lidaram com essa demanda de trabalho, quais tipos de consequências ocasionaram para si e para seus familiares. (2,3)  O prolongamento da pandemia ocasionou sérias consequências nos profissionais, dentre elas o impacto negativo na saúde mental e física dos sujeitos, afetando sua autoestima por lidar diariamente com situações aversivas e mudanças radicais no cotidiano que corroboram com o sofrimento. Com o passar dos meses, o impacto da pandemia em muitos desses profissionais foi evidente, e muitos desses profissionais desenvolveram transtornos relacionados ao seu ambiente de trabalho, esgotamento físico e emocional, síndrome de burnout, ansiedade em diferentes níveis, depressão, sugerindo assim uma grande demanda.  

A atividade realizada ocorreu no período entre Agosto e Novembro de 2021, como nosso acesso se encontra ainda limitado nesse período devido a pandemia, optamos pela pesquisa através plataforma via FORMS, foram encaminhadas e disseminadas via redes sociais e e-mails de contatos, que encaminharam para outros contatos aleatórios atingindo o máximo de público possível.  

1.2 JUSTIFICATIVA Obtemos respostas de grande porcentagem das pessoas que se mostravam necessitadas carentes de ajuda, seja de informação, seja de dicas, seja de intervenção, o que nos trouxe uma demanda, após identificarmos os principais pontos a serem trabalhados iniciamos os conteúdos com foco nas principais demandas a serem trabalhadas, foram demandas relacionados à ansiedade, medo, depressão, incertezas ao futuro, estresse, esgotamento físico e mental, impacto da jornada de trabalho devido às condições desfavoráveis e baixa remuneração, baixo reconhecimento no trabalho, impactos financeiros, perdas/luto, isolamento social, mudança de rotina abrupta, hábitos (alimentares e lazer),  questões interpessoais, uso indiscriminado de medicamentos, informações quanto a COVID e onde buscar apoio a saúde mental. Dessa forma, identificou-se que o momento de pandemia afetou de diversas maneiras a vida pessoal, psíquica e profissional dos sujeitos.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL: Investigar os efeitos da atuação na linha de frente da COVID-19 na saúde mental dos profissionais e maneiras de intervir

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 

2.2.1) Identificar as principais demandas e impactos na saúde mental dos profissionais que estiveram na linha de frente e elaborar meios de intervenção através de posts e cartilhas para os mesmos.

2.2.2) Realizar a intervenção por meio das redes sociais,através de informativos quanto à promoção e prevenção de saúde, e cartilha de informações de acordo com as demandas apresentadas e sugeridas pelos entrevistados que estiveram na linha de frente, o qual consideram como pertinentes a serem abordados.

3. METODOLOGIA – Devido às limitações impostas por prevenção à saúde dos integrantes do grupo, no mês de Agosto foram feitos os convites iniciais,via aplicativo whatsapp, para participação de pesquisa  no google forms, sendo de contatos pessoais de cada componente do grupo. A obtenção de dados teve seu início no mês de Agosto tendo seu encerramento na primeira quinzena de outubro. O que primariamente o foco eram os profissionais da área da saúde, nos deparamos com uma grande participação de profissionais de diversas ocupações como terapeutas holístico, atendente de farmácias, balconistas de supermercados, donas de casa, acadêmicos, entre outros.

4. DISCUSSÃO TEÓRICO PRÁTICA - Conseguimos cumprir com os quesitos da Disciplina de Intervenção Psicossocial, em 2021. A proposta da disciplina é trazer os construtos da Psicologia Comunitária, que tem como objetivo final a resolução dos problemas sociais da comunidade, Para Ximenes e Góis (2010), o objeto de estudo da Psicologia Comunitária é o reflexo psíquico do modo de vida comunitário. O objetivo da Psicologia Comunitária é o aprofundamento de consciência e o fortalecimento de uma identidade de sujeito da comunidade como responsável e ativo na transformação positiva da realidade. A Psicologia Comunitária tem como horizonte a libertação, partindo de uma práxis transformadora das condições de vida das populações que vivem processos de opressão, dominação, exploração e também de pobreza, tendo em vista que não se pode pensar a saúde sem considerar essas condições (Góis, 2008). Dessa forma nosso trabalho de intervenção visou o bem da comunidade em que alcançamos, seja de forma indireta ou diretamente.