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Hamlet A Luz Da Psicanálise

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Por:   •  8/12/2013  •  1.715 Palavras (7 Páginas)  •  387 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar brevemente a tragédia de Hamlet, trazendo considerações psicanalíticas, com foco no Édipo.

A tragédia foi escrita entre 1599 e 1601, situada na Dinamarca, e conta a história do Príncipe Hamlet, que tenta vingar a morte do pai, o Rei, executado pelo seu tio, Claudius.

Willian Shakespeare, autor da peça em questão, nasceu em 26 de abril de 1564, era um poeta e dramaturgo inglês e o mais influente dramaturgo do mundo.

A TRAGÉDIA

No castelo de Elsinore, na Dinamarca, um fantasma começa a assombrar, esse fantasma tinha grande semelhança com o Rei Hamlet, já falecido.

Horácio, amigo do Príncipe Hamlet, foi a primeira pessoa a ver a assombração. Ele chama o Príncipe para também poder ver. Esse fantasma, que é o falecido Rei, conta ao filho que fora assassinado pelo próprio irmão, Claudius, e pede vingança ao filho, para que ele vingue sua morte. De acordo com o diálogo, o fantasma disse: “Serei breve. Ao achar-me adormecido no meu jardim, na sesta cotidiana, teu tio se esgueirou por minhas horas de sossego, munido de um frasquinho de meimendro e no ouvido despejou-me o líquido leproso, cujo efeito de tal modo se opõe ao sangue humano, que corre pelas portas e caminhos do corpo, tão veloz como o mercúrio, fazendo coagular com vigor súbito o sangue puro e fino, como o leite quando o ácido o conturba.” (EBOOKSBRASIL)

Adicionalmente, Claudius, após a morte do irmão, casa-se com a viúva, Gertrude e se torna o Rei.

Após essa experiência, Hamlet totalmente envolvido com a ideia de vingar a morte do pai, e de forma estratégica é visto por todos do castelo como se estivesse enlouquecido, para não levantar nenhum tipo de suspeita. Sua mãe , por sua vez, junto ao o atual Rei, seu tio, convocam dois amigos do Príncipe para que fiquem por perto e verifiquem o que poderia estar acontecendo.

Hamlet, é apaixonado pela Ophélia, filha de Polônio, braço direito do atual Rei, e dava a impressão ao Polônio que sua “loucura” era por amor, mas após espionar uma conversa do casal percebe que é o Príncipe quem a despreza.

Uma companhia de teatro chega ao castelo, e com isso Hamlet tem uma ideia para se vingar. Ele quer usar os atores para encenar a todos uma cena da morte do pai e como ele aparece contando o que aconteceu como fantasma. De acordo com o diálogo, quanto ao pedido do Príncipe: “Tem a bondade de dizer aquele trecho do jeito que eu ensinei, com naturalidade. Se encheres a boca, como costumam fazer muitos dos nossos atores, preferira ouvir os meus versos recitados pelo pregoeiro público.” (EBOOKSBRASIL)

A cena é feita e como Hamlet prevê, em meio a cena o tio sai e o Príncipe vai atrás dele, com a intenção de matá-lo. Em meio a intenção, Hamlet se bloqueia e pensa em fazer isso mais tarde, num outro momento. Na peça, por diversas vezes é mostrado que Hamlet hesita em agir para matar o tio e efetivar a vingança prometida ao pai. Claudius percebe o problema e decide enviar o Príncipe à Inglaterra.

Mais tarde, conversando com a mãe, Hamlet a condena devido a “traição” feita com seu pai, por ter se casado com Claudius. Polônio escuta essa conversa escondido atrás das cortinas. Hamlet, ao perceber a presença de alguém, ataca e acaba matando Polônio, acreditando que quem estava lá era o Rei. Claudius efetiva o envio de Hamlet para a Inglaterra. Entretanto em meio a viagem, Hamlet paga 10.000 coroas para piratas que invadiram o barco onde ele estava e para conseguir voltar para Elsinor.

Ophélia, por sua vez, que perdeu o pai e é rejeitada por Hamlet, enlouquece e se suicida. Seu irmão, Laertes, volta da França para vingar a morte do pai. O Rei Claudius organiza um duelo entre Laertes e Hamlet, mas trata-se de uma armadilha. Na ponta da espada de Laertes é colocado veneno. Além disso, caso o Príncipe ganhasse o duelo, brindaria com uma taça de vinho envenenada.

O duelo inicia com Hamlet vencendo, e para comemorar a rainha Gertrude, pega uma taça de vinho envenenada e bebe. Nesse mesmo momento, Laerte fere Hamlet com a espada envenenada. No duelo as espadas são trocadas, e Hamlet acaba ferindo Laertes com a mesma espada. Ao perceber tudo isso, Hamlet obriga o Rei a beber o mesmo vinho, dizendo: “Incestuoso assassino, Dinamarquês maldito, bebe, bebe tua parte, também. Contém tua pérola? Vai, vai com minha mãe.” (EBOOKSBRASIL ) E o rei morre.

Laertes por sua vez, absolve Hamlet da morte de seu pai: “É justo! É justo! O veneno, ele mesmo o preparara. Perdoemo-nos, agora, nobre Hamlet. Que minha morte e a de meu pai não caiam sobre ti, nem a tua sobre mim.” (EBOOKSBRASIL) Logo após morre.

E o último a morrer é Hamlet, o Príncipe, que dialoga com Horácio: “Morro, Horácio; o veneno me domina já quase todo o espírito; não posso viver para saber o que nos chega da Inglaterra. Contudo, profetizo que há de ser escolhido Fortimbrás. Meu voto moribundo é também dele. Dize-lhe isso e lhe conta mais ou menos quanto ora aconteceu... O resto é silêncio.” (EBOOKSBRASIL)

HAMLET E A PSICANÁLISE DE FREUD

Acredito ser de grande importância, primeiramente apresentar as formulações psicanalíticas da dinâmica edipiana.

O período edipiano clássico, vai dos três anos e meio de idade aos seis anos. Isso leva à formação do superego e a um período de latência relativa, durante o qual meninos são ainda “moleques”, com seus passatempos e brincadeiras, e meninas afáveis, brincando de bonecas.

Chegando na adolescência, as atividades tomam um rumo de maior agitação, com mudanças biológicas que coincidem com o momento da identidade e amadurecimento sexual, conflito com os pais dentre outros.

Para Freud, o Complexo de Édipo feminine se dá a partir do momento em que a garota, em certo momento, descobre, inconscientemente, que não possui o pênis, sofrendo de inveja e recorre à mãe para que ela lhe “arranje” um. Naturalmentem como isso não acontece, a garota se decepciona, culpando a mãe por sua “deficiência”, voltando-se para o pai à procura de um pênis, mantendo

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