Historia Da Loucura E Reforma Psiquiatrica
Monografias: Historia Da Loucura E Reforma Psiquiatrica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bfacco • 27/11/2014 • 1.313 Palavras (6 Páginas) • 820 Visualizações
História da loucura: Loucura três pontos de vista: 1º no princípio, idade clássica, loucura como qualquer outro fenômeno natural, fosse humano, ou da natureza que acontecesse, era atribuída aos deuses. 2º idade das trevas, vai atribuir ao demônio, nas possessões, a igreja determinava quem estava possuída. E 3º racionalismo, ciência, loucura é transformada em doença. Foucault, chega a dizer, há um corte, quando a medicina se apropria da loucura e a transforma em doença mental. Libertação dos loucos por Phillippe Pinel (revolução Francesa): pessoas fora da sociedade, pessoas que eram excluídas, com a revolução ocorre a soltura de muitas dessas pessoas, porem os que eram considerados loucos, permanecem presos. A libertação de Pinel, não chega ser uma libertação total, pois ainda vai existir um aprisionamento da loucura como doença. Antes o aprisionamento era da ordem religiosa, demoníaco, e agora é racional.
Isolamento como tratamento, busca de cura para essas pessoas. O problema se estende, enquanto a medicina se apropria da loucura, enquanto doença: 1ª fase: tem tratamento moral, não há diferença entre o antigo tratamento religioso proposto anteriormente. Depois começa a se estudar a degenerescência, anatômicas... tuberculose, sífilis (sintoma próximo a loucura), isso faz com que as doenças mentais sejam vistas de formas mais orgânicas. Até o final do século XVIII é vista como doença mental. No século XIX, afastamento da loucura com a medicina: 2ª psiquiatria, vai tentar puxar a loucura pra medicina novamente, vão dizer que a loucura é fruto da degenerescência, do ócio, do vício, do que é contra a virtude, é uma desrazão, que tem a ver com a degenerescência. Classificação nosográfia (a doença tem um nome, a doença diz o que ela é); os quadros degenerativo vão mostrar o contrário, assim a medicina se distancia novamente da loucura. A psiquiatria é primeira especialidade medica. A medicina junta barbeiros (faziam tudo na face), na guerra eles tentavam curar fraturas, com os alquimistas (médicos da época) X psiquiatria, e logo em seguida vão questionar isso, um dos principais questionadores é Foucault, que vai dizer: 1961, doença mental foi a transformação de um fato que existia a loucura em doença. Aconteceu com Pinel, século XVIII, Freud, não é uma doença que acomete, é uma estrutura de personalidade que vai se formando, depois se transforma em transtorno mental. E no final, ninguém sabe ao certo o que é.
Reforma Brasileira: começou com Franco Basaglia (Itália), no Brasil, herdamos a reforma política ocorrida na Itália, juntamos com a Francesa, que era mais clínica. Barbacena (hospício). As lutas contra os manicômios se transformam em leis. A internação pode ser feita, o que a psiquiatria não concorda é com os manicômios, com as prisões. Reforma psiquiátrica: Saúde mental é a capacidade de tomar decisões em relação à própria vida. Saúde mental é a capacidade de se organizar interiormente e organizar o que está em volta. Isolar a pessoa que apresenta um sofrimento psíquico é fazer com que ela sofra mais. Esconder, Segregar, separar, distanciar a pessoa da família, dos amigos, da comunidade foi uma prática adotada por muito tempo. As pessoas com distúrbios mentais eram levadas para manicômios e recebiam o carimbo de dementes ou loucas. Só existia uma verdade: a do laudo psiquiátrico.
Manicômio: Hospital psiquiátrico, hospício, estabelecimento para internação e tratamento de loucos. A palavra surgiu em 1899. Em geral, os manicômios muito mais do que cuidar das pessoas com transtornos mentais, passaram a ser verdadeiros depósitos humanos.
POUCO SE OUVIA O PACIENTE. Era negado o direito dele se expressar ou ter vontade própria. Não é à toa que os manicômios se pareciam com prisões. A triste história de segregar pessoas em manicômios começou a mudar no final dos anos 1970, quando usuários da saúde mental, familiares desses usuários, psiquiatras, psicólogos, educadores, técnicos em saúde e ativistas dos movimentos sociais iniciaram um processo batizado de Reforma Psiquiátrica. A Reforma Psiquiátrica entendeu que por trás de um louco, um dependente de drogas, um desequilibrado, um inadaptável há uma pessoa por inteiro. Por trás de um rótulo ou de uma etiqueta há uma pessoa muito maior do que o seu problema.
A reforma é consequência da luta antimanicomial difundida em várias partes do mundo. No Brasil, a discussão para livrar as pessoas com transtornos mentais da segregação e coerção dos hospícios desembocou na Reforma Psiquiátrica. No lugar os manicômios foram cria- dos os chamados “serviços substitutivos” com novos modelos de atenção. Lei da Reforma Psiquiátrica Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, também conhecida como Lei Paulo Delgado. Essa Lei institui um novo modelo de tratamento para as pessoas com transtornos mentais, incentivando o tratamento em serviços abertos e de bases comunitárias. Seu primeiro artigo estende a atenção de saúde mental a todos os cidadãos e cidadãs, sem discriminação de qualquer espécie.
A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL... resultado de uma luta social de mais de uma década, tem com princípio um modelo de atenção
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