Historia da dislexia

História da Dislexia

   Segundo Javier Gayán (Institute for Behavioral Genetics and Department of Psychology, University of Colorado - http://ibgwww.colorado.edu/~gayan/ch1.pdf) a dislexia provavelmente esteve presente em toda história da humanidade, mesmo antes dos sistemas de escrita serem desenvolvidos. Gayán cita que desde os homens das cavernas poderia, por exemplo, existir uma dificuldade de entender pinturas ruprestres que mostrassem um animal selvagem que rondasse a caverna e que as consequências poderiam ser muito mais dramáticas. Hoje em dia a dislexia tem uma importância predominantemente social, já que o transtorno pode afetar a parte cognitiva e emocional no desenvolvimento infantil.

   As causas da dislexia ainda são bastante incertas, muitos estudos trazem teorias diversas e os cientistas que estudaram a dislexia consideravam que esta era formada por uma enorme gama de sintomas, o que também contribui para a falta de convergência de informações da causa desta desordem.

   Os primeiros sistemas de linguagem surgiram a milhares de anos atrás e envolviam culturas clássicas, muitas vezes sendo exclusivos de um pequeno grupo da sociedade. A invenção de Gutenberg em 1943 da impressão fez com que a leitura e a escrita se popularizassem, porém sendo ainda difundido entre um grupo  de predominância intelectual. A popularização em massa da leitura e escrita é ainda muito recente e tem uma ligação com a instuticionalização da educação pública, proporcionando que estes problemas de leitura e escrita pudessem ser observados nas crianças, como a dislexia.

   O termo dislexia surgiu primeiramente com o professor R. Berlin de Stuttgart (ref 2) em 1872, que usou o termo para identificar o caso de um adulto com perda de habilidade de leitura devido a uma lesão no cérebro (ref 3) , porém já havia sido identificada esta perda de habilidade de leitura anteriormente por John Schmidt, sendo este o primeiro a descrever o primeiro caso de dislexia em 1676. (ref3)

  A dislexia surgiu inicialmente como um problema oftamológico e orgânico sendo identificada como uma lesão cortical em meninos e meninas com inteligência normal porém dificuldades de ler e escrever. Em 1897 James Hinshelwood publicou um artigo sobre a ''Cegueira Verbal Congênita'' (ref 2), porém, a classe médica e os educadores não davam tanta importância à dislexia e o problema foi negligenciado, ao mesmo tempo houve um aumento da internação de crianças em clínicas psiquiátricas em meados de 1925 e umas das grandes causas identificadas foram a dificuldade de leitura, escrita e de soletrar.

  A dislexia inicialmente estava na sombra, sem uma identificação específica de suas causas e sem estudos consistentes para seu tratamento e diagnóstico.

 A partir desse estudo realizados  nos Estados Unidos outros pesquisadores resolveram começar a pesquisar o distúrbio, oftamologistas foram essenciais nestes estudos alegando que "não são os olhos que leêm mas sim o cerébro'', desta forma ficou claro que a dislexia não seria um disturbio visual e sim da linguagem.

Muitos estudos foram realizados depois sobre a dislexia e no Brasil um dos mais importantes foi a pesquisa "A diferença dos volumes dos lobos temporais direito e esquerdo''.

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