História e personalidade das pessoas
Resenha: História e personalidade das pessoas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: isabela.85 • 22/10/2014 • Resenha • 421 Palavras (2 Páginas) • 230 Visualizações
De todas as formas possíveis de conhecer a história e a identidade de um povo, nenhuma é tão saborosa quanto a que recorre aos pratos e às RECEITAS que sobreviveram ao tempo.
Powered By BRApp×Na Argentina o trajeto dos costumes alimentares pode ser rastreado em duas vertentes:
a primeira é a dos “hombres de cuchillo”, oriundos do sul, mais propensos a carnes assadas, a facas. É o lado mais conhecido da gastronomia local. A segunda é a dos “hombres de cuchara”, povos do norte, que usavam a colher para servir-se de cozidos como carbonadas, pucheros, mazamorras e do prato do qual vou falar hoje, o locro.
O locro é uma das iguarias mais antigas do país, típica de inverno (e hoje a sensação térmica em Buenos Aires é de 3 graus!!). É uma espécie de feijoada argentina, feita de várias verduras, legumes e carnes. Sua base é uma variedade de milho branco e abóbora.
Dizem que nasceu entre os× Quéchuas, no alto Peru, atual Bolívia, e que era inicialmente vegetariano. Com a chegada dos conquistadores, sua RECEITA original foi modificada com a adição de carnes e lingüiças, e de um molho (quiquirimichi) que se prepara com gordura derretida, pimentão, páprica picante e cebolinha, ingredientes da comida espanhola
O locro é servido especialmente em festas pátrias, como no× Dia do Trabalhador e no 25 de maio (Dia da× Revolução de Maio) e no 9 de Julho (Dia da Independência). É uma forma de celebrar o ENCONTRO da gastronomia crioula com a trazida pelos imigrantes.
A iguaria entrou na× Argentina pela região noroeste e se expandiu por todo o território, adotando características particulares em cada região. Em Neuquén, por exemplo, se prepara com ervilhas, no nordeste e zonas vizinhas, como o Paraguai, com mandioca.
A única coisa que não varia é sua base vegetal e a forma de cozimento, a fogo lento durante varias HORAS.
No início, era comida de “gente pobre”. O milho usado era o branco, mais barato que o amarelo, e as carnes de vaca eram aquelas menos apreciadas, que não prestavam para ser comercializadas pelo dono do gado ou fazendeiro. Também se mesclava ao cozido patas, rabo, orelhas e pele de porco. Depois, como a feijoada, foi se sofisticando. Mas é bom ter CUIDADO. Em algumas regiões ainda leva mondongo e tripa grossa, por exemplo.
Se algum leitor estiver pela× Argentina neste inverno e der de cara com uma plaquinha “Hoy, locro”, não vacile. Deixe de lado a DIETA e prove essa comida que vem carregada de história. Sugestão de sobremesa, queijo de cabra e mel de canha.
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