Homem dos Ratos - Freud

UNIVERSIDADE FEDERAL

CURSO: PSICOLOGIA I PERÍODO

                            Observações Sobre Um Caso de Neurose Obsessiva

 [O Homem dos Ratos]

O nome deste caso foi escolhido em razão do principal sintoma da neurose obsessiva que o apelidado Homem dos ratos tinha. Quando ele trabalhava no serviço militar certa vez ele ouviu como era o método de tortura, que consistia na colocação de ratos famintos em um recipiente que era acoplado nas nádegas das pessoas que ficavam com as mãos e os pés amarrados. Os ratos por sua vez estavam famintos e procurando um lugar para sair, e a única abertura que encontravam era o ânus do torturado, e era onde eles penetraram.

Na cabeça do homem dos ratos essa tortura seria aplicada nas pessoas que ele mais amava que era seu pai e a “dama”, ele pensava que se não fizesse determinadas coisas eles seriam torturados.

Outros sintomas do Homem dos ratos são: ele contar os segundo após um relâmpago ate o barulho do trovão, um episódio em que ele retirou uma pedra do meio da estrada pelo receio que a carruagem de sua amada passa se por cima e acontecesse um acidente, mas momentos depois ele refletiu sobre aquilo e colocou a pedra no mesmo lugar novamente, ele separava as sílabas das palavras com o propósito de traduzi-las em outra língua, mas essas manias obsessivas já estavam prejudicando a vida dele, fazendo com que ele procurasse a ajuda de Freud.

Freud interpretou o caso de obsessão de Ernst Lanzer (real nome do homem dos ratos) da seguinte forma: ele atribuía a essa vontade de proteger seu pai e sua amada a um desejo inconsciente de feri-los, com o na vez em que tirou e colocou a pedra no meio do caminho, ele estava tendo um conflito entre protegê-la e machucá-la, a questão de contar os segundos apos o raio Freud interpretou como uma forma de tentar se acalmar os seus impulsos e a questão da separação silábica foi interpretado como a desconfiança dele para com as pessoas.

Esse pensamento de ferir ou proteger o pai vinha do desejo dele de herdar as coisas do pai para ter uma vida independente, mas ele não gostava de ter esses pensamentos, se sentia uma péssima pessoa por desejar a morte do pai, por isso desenvolveu essas obsessões. Já no caso de sua amada ele nutria pensamentos de machucá-la porque ele tinha dúvidas do amor dela para com ele e também pelo fato dele não querer casar-se com ela.