IMPASSES NA SALA DE AULA DE CIÊNCIAS: A PSICANÁLISE PODE AUXILIAR?
Por: Desejo Fatal • 19/4/2016 • Resenha • 544 Palavras (3 Páginas) • 332 Visualizações
Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI
Universidade Aberta do Brasil – UAB
Psicologia da Educação – EDU074
RESUMO: IMPASSES NA SALA DE AULA DE CIÊNCIAS: A PSICANÁLISE PODE AUXILIAR?
Júnior César Silva
Matrícula: 32189
Juruaia-MG, 15 de abril de 2016
AUTOBIOGRAFIA:
O texto nos mostra algumas situações ocorridas em aulas de Física (três diferentes casos foram apresentados) onde é nítida a presença de impasses na condução do processo de ensino, impasses estes que tem uma raiz comum, e que são possíveis de interpretar por meio de conceitos de origem psicanalítica.
Os impasses ocorrem por conta de um conflito cognitivo, proposto pelo professor com a intenção de fazer com que os alunos se deparassem com situações que fugissem daquilo que acreditavam ser verdadeiro, e que não eram compatíveis com suas idéias e crenças, propondo uma espécie de “quebra de paradigma”, o que faria com que o aluno formulasse seu aprendizado a partir desse rompimento. Porém quando o aluno se via nesta situação, procurava solucionar o impasse por certo tempo aí não conseguia, ocorrendo desanimo, as dificuldades são maiores que suas possibilidades, e aceitava a situação como inevitável. O professor ao não conseguir, por meio de seus esforços alterar este panorama, também desanima e passa a aceitá-lo como inevitável. Os autores fazem uso da psicanálise para justificar essa aceitação como inevitável por parte dos professores e dos alunos.
Nos casos analisados utilizou-se a psicanálise lacaniana, para analisar a dinâmica da aprendizagem, o que leva ao ser humano a aprender ou desistir da aprendizagem.
No primeiro caso o professor inicia o discurso como mestre, onde o professor é o detentor do conhecimento e deve transmiti-lo ao aluno, depois migra para o discurso da universidade, onde ele é o representante da instituição, tendo de manter uma ordem vigente e instituí-la em sua classe, prestando contas do resultado. Isso causa insatisfação por os alunos terem seus erros evidenciados. A solução encontrada foi os alunos fazerem as atividades em grupo, superando o impasse. O professor assume então a posição de analista, assessorando os alunos em seu desenvolvimento progressivo.
No segundo caso, de começo o professor utiliza o discurso da Universidade, mas os alunos não estão preparados para analisar a questão proposta. Mesmo assim o impasse permanece, pois o professor se satisfaz pela posição que ele ocupa e pela esperança de que os alunos possam chegar naturalmente nessa solução. Os alunos se sentiam inconscientemente satisfeitos. O professor assume então o discurso da Histérica, onde o professor aceita a insatisfação com a situação e tenta provocar nos alunos a ambição pela mudança.
No terceiro caso, o discurso do professor é da universidade, pela preocupação com a burocracia e a grade curricular, limitando sua atuação para não interferir na sua pesquisa. Os alunos perdem parte do entusiasmo. O panorama muda quando o professor assume a posição de Mestre e Provocador, procurando gerar a mudança através de uma participação mais ativa como provedor do conhecimento, fazendo assim, que o animo dos alunos volte.
As mudanças vieram da mudança de discurso. Conhecer esse referencial teórico permite que avaliemos e mudemos essas atitudes que, de outra forma, estariam presas no domínio do inconsciente.
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