‘’INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NA COMUNIDADE: DESAFIOS E PRÁTICAS’’
Por: manuellaferrer • 17/10/2021 • Resenha • 475 Palavras (2 Páginas) • 235 Visualizações
SER EDUCACIONAL
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO DE PSICOLOGIA
2021.2
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO: ‘’INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NA COMUNIDADE: DESAFIOS E PRÁTICAS’’
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EMANUELLE FEITOSA SANTOS
CARUARU
2021.2
O artigo intitulado como ‘’Intervenções Psicossociais na Comunidade: Desafios e Práticas’’, de Soraia Ansara e Bruna Suruagy do Amaral Dantas, apresenta os desafios teórico-práticos enfrentados por profissionais de diferentes áreas sociais em suas práticas de intervenção psicossocial em diversas comunidades do município de São Paulo. Os desafios são relatados através da experiência de um curso de Psicologia Comunitária e da Libertação, que tem como objetivo fornecer aos profissionais, instrumentos indispensáveis à elaboração de propostas interventivas psicossociais nas áreas onde atuam. A discussão é elaborada a partir dos conceitos desenvolvidos por Martin Baró (1998) sobre propostas interventivas comunitárias e as contribuições de Maritza Monteiro (2004, 2006) nos modelos de construção e transformação crítica e as relações e contradições das práticas e regras entre Estado, Programas e Organizações. O artigo busca uma fiel compreensão das dificuldades sociais da comunidade, e questiona como os representantes do poder público podem ser agentes de transformação e intermediários na dimensão política, uma vez que lhes faltam referências teórico-metodológicos para suas práticas psicossociais.
O artigo agrega grandes contribuições em minha caminhada profissional na área da psicologia social uma vez que atrai meu olhar para uma questão que ainda não me tinha atravessado sobre esse fazer psicológico comunitário e sobre os papeis de cada um dos profissionais envolvidos. Me fez repensar as formas de atuação e em como é fácil ainda que quanto estudante de psicologia, cair em um imaginário social sobre a prática. Nesse sentido, o trecho: ‘’A psicologia comunitária e da Libertação questiona a atuação profissional que se baseia no ‘’fazer pelos outros’’ e propõe uma ação coletiva que envolva os integrantes e os recursos da própria comunidade, a partir da realidade concreta’’, leva a reflexão a cerca dos papéis de cada profissional e em como essa intervenção precisa ser pensada e levada a prática junto com a comunidade e a partir de cada comunidade.
É necessário que essa consciência chegue e parta da academia, que o curso nos ofereça esse olhar, a psicologia social precisa de espaço para se expandir, para ser repensada, questionada, validada. O texto a todo momento remete a falta de referência teórico-metodológico, mas até onde essa falta diz respeito as Organizações, aos Programas e ao Estado? Qual a nossa responsabilidade nisso? Precisamos superar essa visão assistencialista e clientelista, característica dos programas sociais e inserir no processo quem constitui aquela comunidade como atores fundamentais dos processos, mas para isso, precisamos tomar consciência do nosso papel e assumir um lugar diante dessas problemáticas que estão para além da escassez de recursos, do baixo investimento do Poder Público, da alta rotatividade dos profissionais, dos problemas estruturais físicos, mas que passa principalmente pela formação profissional e pelo olhar que é direcionado ao social.
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