INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NAS ESCOLAS

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NAS ESCOLAS

Jônata Alves da Silva

                        Bacharel em Biomedicina pelo Centro Universitário Lusíada – UNILUS, em 2008, Acadêmico de Psicologia na Faculdade Sete de Setembro – FASETE, e

Acadêmico de Licenciatura em História no Centro Universitário Claretiano - CEUCLAR

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Jeane Kelyne Bezerra

                        Acadêmica de Psicologia na Faculdade Sete de Setembro - FASETE

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Janayne Chrisnayle Bezerra da Silva

                        Acadêmica de Psicologia na Faculdade Sete de Setembro - FASETE

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Priscila Lima Cavalcanti

                        Acadêmica de Psicologia na Faculdade Sete de Setembro - FASETE

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Nathalya Mariana Pereira dos Santos

                        Acadêmica de Psicologia na Faculdade Sete de Setembro - FASETE

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Poliana de Lima Santos

Professora da Faculdade Sete de Setembro – FASETE.

Psicanalista do Centro de Estudos Freudianos do Recife–CEF. Especialista em Psicomotricidade.

Mestre em Psicomotricidade pela Universidade de Évora Portugal.

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RESUMO

A inveja é um sentimento que sempre mereceu destaque nas obras da literatura psicanalítica e claramente é um fenômeno que merece ser estudado e interpretado quanto às suas origens na dinâmica do inconsciente e mais ainda compreender suas repercussões e consequências. Esta revisão pretende revisitar o conceito de inveja para a psicanálise e discutir a respeito de suas controvérsias, em uma abordagem da metapsicologia e também nas questões concernentes na práxis da clínica psicanalítica.

Partimos do pressuposto de fazer uma breve distinção entre alguns conceitos que levantam semelhanças e características, porém que são distintos na dinâmica da estruturação do psiquismo por possuírem particularidades específicas que as distingue da inveja; são os conceitos de ciúme, voracidade, despeito e admiração, porém nosso objetivo não será fazer um estudo de cada um deles, apenas diferenciá-los da inveja de maneira breve.

PALAVRAS-CHAVE: Inveja, Ego, Metapsicologia, Dependência, Psicanálise.

ABSTRACT

Envy is a feeling that has always deserved prominence in the works of psychoanalytic literature and is clearly a phenomenon that deserves to be studied and interpreted as to its origins in the dynamics of the unconscious and even more to study its repercussions and consequences. This review intends to revisit the concept of envy for psychoanalysis and to discuss its controversies, in an approach to metapsychology and also in the pertinent questions in the practice of psychoanalytic practice.

We start from the assumption of making a brief distinction between some concepts that raise similarities and characteristics, but which are distinct in the dynamics of the structuring of the psyche because they have specific peculiarities that distinguish them from envy; are the concepts of jealousy, voracity, spite and admiration, however our goal will not be to do a decade study one of them, only to differentiate them from envy in a brief manner.

KEY WORDS: Envy, Ego, Metapsychology, Dependency, Psychoanalysis

1. INTRODUÇÃO

A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL em seu Art. 5 diz:

(...) Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) VI – e inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

Segundo o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, o vocábulo religião significa crença na existência de uma força ou de forças sobrenaturais e também conjunto de dogmas e práticas que geralmente envolvem tal crença. E para o dicionário Aurélio, ainda traz o conceito com um dever sagrado.

Sendo assim, conforme a Constituição Federal de 1988, todos têm direito a liberdade de crença religiosa e esta é entendida como um culto ao divino e seus praticantes encaram como um dever, porque há tanta intolerância com o pluralismo religioso?

O Brasil é uma nação de dimensões continentais com uma vasta e complicada História que o diferencia dos outros países da América do Sul. Em sua riqueza e complexidade, encontra-se a formação de sua gente, composta de imigrantes de diversas partes do mundo em uma base étnica matriz de portugueses, africanos e indígenas. A estes se somam nas mais variadas regiões do País uma amálgama de espanhóis, judeus, árabes, orientais, alemães, italianos, letos, enfim, uma miríade de povos e grupos que contribuíram com suas culturas, olhares e visões de mundo para tornar o Brasil uma terra de toda a gente. Dentre as diversas riquezas que podemos citar, a cosmovisão religiosa, com seus rituais, demonstrações de fé e de pertença mística está entre as mais complexas heranças e manifestações que podemos atribuir a esta babel étnico-cultural que adentrou a terra brasilis a partir de 1500, já encontrando aqui um fluxo contínuo de povos e nações indígenas que circulavam por este imenso território. Esta característica é notada pelo historiador da religião, Artur César Isaia: