Infância Contexto Brasileiro
Por: juosilveira388 • 16/6/2017 • Trabalho acadêmico • 1.375 Palavras (6 Páginas) • 282 Visualizações
Durante os dias que antecederam a visita ao CAPSi eu já estava ansiosa e curiosa para saber o que eu iria encontrar naquele local e para descobrir que a atuação dos profissionais da psicologia iria causar algum tipo de interesse em mim. A visita foi marcada para o dia 5 de setembro de 2016, segunda-feira, às oito horas da manhã. O que ficou acordado no grupo foi que nós nos encontraríamos em um local central para todos e, assim, juntos, poderíamos seguir para o CAPS. Bia foi nossa motorista. O caminho até o destino final foi um pouco difícil, mas, com a ajuda de todos, conseguimos encontrar.
Assim que chegamos ao local, ainda dentro do carro, minha reação foi a de observar, rapidamente, o espaço. Nessa primeira olhada eu vi que tinham vários carros parados no estacionamento de terra, árvores, um pequeno parquinho e algo que parecia uma grande casa de cor barrenta sustentada por pilastras coloridas. Saindo do carro fomos em direção à grande casa, muitas pessoas estavam sentadas logo na entrada, elas pareciam mães e pais das crianças que lá estavam, umas dessas mães estava com uma criança no colo e ela chorava bastante, enquanto a mãe tentava acalma-la, outras crianças estavam correndo e brincando no humilde parquinho. Tudo ali tinha um ar bem caseiro, parecia que as pessoas estavam todas familiarizadas com o ambiente. Cumprimentamos todos que lá estavam e entramos.
O primeiro ambiente parecia ser a recepção do local. Encontrei uma parede com um banner que explicava o que era o CAPSi, um sofá marrom, que achei confortável, nas outras paredes haviam informativos e quadros de funcionários, onde dizia quais eram os funcionários que trabalhavam ali e o nome de todos e alguns desenhos que pareciam ter sido feitos à mão. Algumas pessoas passam por ali e, ainda tímidos, ficamos sentados esperando alguém vir nos receber. Esperamos alguns minutos e percebemos que o melhor a se fazer era chamar alguém e comunicar nossa chegada. Fomos recebidos pela coordenadora do local.
Todos nós nos apresentamos e ela pareceu bem feliz com nossa visita. Depois, ela começo a descrever algumas atividades que seriam desenvolvidas naquela segunda-feira. Além disso, ela comentou que as segundas costumavam ser bastante movimentadas e que aquela era uma dia atípico, pois, como pude perceber, estava bem tranquilo e com poucas pessoas. Devido ao reduzido número de pessoas ela achou melhor que nós nos dividíssemos nas atividades e cada um acompanhasse uma oficina. A primeira oficina do dia era na brinquedoteca, porém, como só havia uma criança para participar, só Davi acompanhou a atividade.
Enquanto Davi acompanhava o processo com a criança na brinquedoteca, nós tivemos um tempo para conhecer o local e para observar o que estava acontecendo lá. Nesse momento fui andar pelo exterior do local e percebi a grande quantidade de árvores e como o chão estava coberto por flores que haviam caído delas, uma beleza! Ficamos curiosas para descobrir de onde vinha o som bem alto de algo que parecia uma banda ensaiando para algum desfile e seguimos o som. Enquanto íamos chegamos até a área que tinha a piscina do local, uma piscina de tamanho médio que servia para outra oficina que acontecia no local. Descobrimos que a banda estava ensaiando para o desfile do sete de setembro e continuamos a explorar o local. Quando passamos da piscina chegamos até o refeitório e ficamos lá conversando sobre como o local era grande.
Voltamos para a salinha de espera e sentamos para esperar até que começasse a próxima oficina que iríamos todos participar. Ficamos em silêncio por um tempo e junto conosco estava uma adolescente que esperava sua mãe sair da triagem. Ela me parece bem entediada, dei um sorriso, mas não fui correspondida. Esse foi um longo momento de espera e alguns mosquitos estava me incomodando bastante. Resolvi levantar e foi quando alguns estagiários de psicologia perguntaram se nós queríamos conhecer as salas em que aconteciam as atividades. Ficamos muito felizes com o convite e fomos acompanhar eles.
Entramos em outra casa vizinha a que estávamos, porém essa era bem mais bonita e tinha um aspecto de mais nova. Ali encontramos salas de atendimentos como, enfermaria, fonoaudiologia e a brinquedoteca. Saindo eles nos ofereceram café da manhã e fomos até o refeitório. Ninguém comeu, mas ficamos conversando com os estagiários. Eles contaram um pouco das atividades deles ali e como era o funcionamento do local, uma delas disse que seu trabalho, além da triagem, era na brinquedoteca com as crianças e o único homem entre os estagiários disse que fazia parte da oficina de artes.
Depois da conversa com os estagiários, voltamos para a primeira casa para participar da oficina de música. No caminho, os estagiários encontraram com alguns adolescentes e fomos apresentados. Eles pareciam ter uma relação bem amigável com os adolescentes e todos conversavam e riam. Fomos juntos para a oficina, que era no final do corredor da sala de recepção. No caminho vi a sala dos estagiários e a sala da coordenação.
A sala da oficina parecia ser também a sala de artes. Haviam estantes abertas com vários desenhos e materiais de artes, no centro havia uma grande mesa e várias cadeiras. Sentei em uma das extremidades da mesa e me senti um pouco envergonhada. Participou daquela oficina um arteterapeuta, Jacira, a diretora, os estagiários e os adolescentes. Antes de começar cada um se apresentou dizendo nome e o que estava fazendo ali e logo em seguida foram distribuídos papéis com a letra da primeira música que seria cantada. O arteterapeura e outro homem estavam responsáveis pelo violão enquanto as outras pessoas acompanhavam com as palmas ou batucando em algum lugar. A música começo e todos cataram juntos e bem alto! Era uma música alegre e com um ritmo envolvente, por isso não foi difícil entrar no clima e cantar junto com todos eles.
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