Intolerância religiosa e direitos humanos

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ escola de saude e biociências curso de psicologia projeto integrador Prof. Dra. Rosana Angst Paqualloto felipe augusto martins da silva, 4° periodo - noturno

A intolerância religiosa e os direitos humanos em terras “tupiniquins”.

Estamos a contemplar o crescimento da intolerância religiosa ao redor do mundo. Nacionalismo e separatismos, bem como conflitos que opõem etnias ou religiões, mascaram as verdadeiras razões políticas e estratégicas implícitas, arrastando e alimentando ódios há muito esquecidos.

Formalmente, o Brasil é visto como um país de paz religiosa, ou seja, uma nação laica. Este consenso ideológico, no entanto, é desafiado quando observamos religiões sendo, cotidianamente, discriminadas por adeptos de outros grupos religiosos e excluídas das políticas públicas do Estado. Neste contexto, religiões de ancestralidades africanas são os mais frequentes alvos, indicando que a intolerância religiosa é, sim, uma questão a enfrentar grandes desafios na sociedade brasileira.

Sendo o brasil um pais mestiço desde a sua gênese, abriga religiões cujas fronteiras se tocam e avançam umas sobre as outras, num notório ecletismo entre doutrinas, tradições e ritos. Neste caldo cultural e religioso, diversos conflitos de poder se instalam, cujos principais agentes ativos de ataques e enfrentamentos são religiosos de grande peso político.

Nesse cenário, o Estado reconhece, de fato, a diversidade religiosa do país, mas não de direito. Uma divergência no respeito às religiões prossegue em espaços e instituições que, ao contrário, deveriam zelar pela pluralidade de religiões e garantir sua proteção por meio de políticas públicas de diversos aspectos. O Estado não admite, oficialmente, dialogar e estabelecer relações formais com as entidades religiosas, por denominar-se um Estado Laico, mas, é evidente em nossa constituição um teor estritamente religioso, de nascente Judaico-cristã.  

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