Lazer para o desenvolvimento humano
Por: Carolineuller • 24/3/2017 • Projeto de pesquisa • 2.627 Palavras (11 Páginas) • 1.630 Visualizações
- ANEXO III
- ROTEIRO PROJETO PESQUISA
BOLSAS DE INICIAÇÃO Á PESQUISA – ARTIGO 171
Título do Projeto: O lazer no desenvolvimento humano
Introdução:
O lazer sempre foi algo importante para o ser humano. Nos dias atuais é comum que o individuo tenha um dia sobrecarregado pelo trabalho e afazeres do cotidiano como estudos, atividades domesticas, tempo gasto com transporte, pagamentos de contas, cuidados com os filhos, além de atividades fisiológicas como dormir e a alimentação que não pode ser confundida com o lazer, a não ser que essas atividades estejam sendo realizadas no tempo livre das obrigações como por exemplo dormir alguns minutos após o almoço, ou então preparar um prato especial. Juntando todas as tarefas de um dia fica claro que sobra poucas horas para o lazer, em alguns casos torna-se até escasso.
A pratica de lazer é realizada no tempo livre das obrigações as atividades são buscadas tendo em vista o prazer que a mesma pode possibilitar. O acesso e as possibilidades de atividades estão relacionadas com a condição de vida socioeconômica, faixa etária e cultural trazendo benefícios para o desenvolvimento humano como o equilíbrio interno do corpo como diz Melo (2003) “O lazer é muito importante e está diretamente ligado á saúde, á educação e a qualidade de vida”.
Problema: Quais os benefícios que o lazer traz para a qualidade de vida do ser humano? E quais opções de lazer a cidade de Brusque-SC oferece para os habitantes?
Objetivo geral:
Caracterizar o lazer e as contribuições dele ao desenvolvimento do ser humano.
Objetivos específicos:
- Compreender quais benefícios o lazer traz para a vida adulta;
- Compreender os diferentes aspectos relacionados ao lazer;
- Verificar quais atividades de lazer a cidade de Brusque/SC proporcionam para seus habitantes.
Fundamentação Teórica
Para Almeida (2005) a compreensão das atividades de lazer constitui um objeto de pesquisa complexo e amplo e são influenciados pelos mais diferentes aspectos da vida em sociedade.
Na antiguidade o ócio e a arte eram restritos as classes privilegiadas. A grande parte dos camponeses trabalhavam durante dezoito horas por dia e seis vezes por semana e o pouco tempo que restava utilizavam para o descanso. Segundo Marcellino (2006), a partir do século XIX, com a chamada revolução industrial, questões envolvendo a vida social do homem começam a ser questionadas. É no decorrer da história dos operários, principalmente os europeus que realizaram diversos manifestos em favor ao lazer, que surge uma preocupação com o bem estar do homem.
Para Aquino ( 2007) o termo lazer é atualmente utilizado de forma crescente, podendo ser associado como entretenimento, turismo e diversão. Suas atividades, como a sua função, importância, a maneira como é usufruído e sua participação na vida do homem passam a ser investigados.
Dumazedier (1976 apud GOMES, 2008) sociólogo francês diz que o lazer é um conjunto de ocupações onde o individuo tem escolha livre para fazer o que gosta, seja descansar ou divertir-se. Para Marcellino (1990) o lazer está relacionada com são realizações de projetos de lazer conforme a cultura de um povo ou de uma comunidade sem fins lucrativos e que sejam relaxantes.
Segundo Melo (2003) “O lazer é muito importante e está diretamente ligado á saúde, á educação e a qualidade de vida”. Ainda segundo o mesmo autor existem vários interesses na pratica do lazer, como: interesses físicos, artísticos, manuais, intelectuais e sociais. Para Marcelino (2002 apud BOTTCHER S/D) existem várias barreiras para a prática do lazer tais como: fatores econômicos, faixa etária, violência ou o mau planejamento urbano.
O lazer está presente na vida das pessoas e traz muitos benefícios para a qualidade de vida. Entre os seus benefícios vale citar o combate ao estresse e ajuda a circulação do sangue promovendo assim um equilíbrio no meio interno do corpo, colaborando na manutenção da saúde. (MARCELINO, 2002). Que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) “O bem estar físico, mental e social não é apenas ausência de doença”.
Para falar de lazer e qualidade de vida é necessário refletir sobre as classes sociais, e tomar conhecimento que a classe mais favorecida economicamente é bem menor que a menos favorecida. Por exemplo, uma pessoa que não tem muitos recursos quer divertir-se ela precisa acordar cedo, muitas vezes enfrentar horas no transito para tentar chegar ao local desejado, por que muitas vezes necessita de transporte público enfrentando várias dificuldades. Por outro lado pessoas de alto poder aquisitivo podem fazer viagens confortáveis, compras em shoppings com mais freqüência, ir em lugares privados com mais facilidade. (BOTTCHER S/D)
Em 1948 foi elaborada a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) como uma norma a ser alcançada por todos os povos e nações. Nesta declaração segundo o artigo XXIV, todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
Segundo Requixa (1977) o Brasil começa a refletir sobre o lazer após 1970. As primeiras pesquisas estavam relacionadas com a influencia do trabalho na sociedade e a cultura popular. Os primeiros autores que abordaram o tema foram Requixa e Marcellino que se inspiraram em Dumazedier.
Com o desenvolvimento econômico começam as transformações que possibilitam um maior acesso ao lazer através da arte, espetáculos e clubes. Os espetáculos retratavam o cotidiano da sociedade e estavam voltados para a classe média e alta. Já o lazer popular era voltado para as festas típicas, circos e práticas esportivas nas ruas ou em campos improvisados (ALMEIDA, 2005).
Com a ditadura Militar no Brasil entre 1964 e 1985 as expressões populares e festas típicas, de ruas e as amizades com vizinhos passaram a ser controladas. Com isso as pessoas passaram a assistir televisão tornando esta a maior vivência de lazer populacional, isso se deu não somente pela repreensão policial mais também pelo aumento populacional e de veículos, diminuindo assim as áreas livres. (ALMEIDA, 2007).
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