MANEJO DO CASO “A ANDARILHA”
Por: maarimendes • 25/10/2018 • Trabalho acadêmico • 464 Palavras (2 Páginas) • 1.573 Visualizações
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ – PÓLO EaD BARRA DO PIRAÍ
PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
MARIANA PREM MENDES
MANEJO DO CASO “A ANDARILHA”
Maio de 2018
A paciente, que possui um histórico de inúmeras internações psiquiátricas, atualmente tem se apresentado de maneira estável. Em momentos bastante específicos ela tem crises, e o gatilho para tais é a bebida.
A andarilha mora com a filha, o genro e os netos, mas relata que não se sente bem por isso, pois ao mesmo tempo em que se sente acolhida, há também o sentimento de estar ali como uma empregada, fora o fato de se sentir uma intrusa, pois diz que o genro não gosta dela.
A paciente se encontra em um ambiente bastante conflituoso para ela, e é aí que o álcool “entra em cena”. Tendo como objetivo a fuga dos problemas, ela faz um uso desenfrado do álcool, o que a faz agir de forma com que se exponha a perigos, inclusive de morte, tendo em vista que sai pela cidade sem rumo e confia em pessoas desconhecidas.
A paciente passa a maior parte do tempo cuidando dos netos e da casa. É importante que ela possa realizar outras atividades, como diferentes tipos de artesanato, informática, etc. Frequentar o CRAS, o CREAS, centros de convivência e até mesmo o CAPS de seu território pode ser de grande importância, pois estará não só executando diferentes coisas do seu habitual, mas também estará socializando, conhecendo pessoas e fortalecendo vínculos.
O CAPS-AD seria de extrema importância para o tratamento da paciente. É importante verificar se essa modalidade ocorre no território em que ela se localiza. Caso não haja, é necessário buscar uma outra unidade adequda para seu tipo de demanda, de preferência uma que atue com base na redução de danos, que visa a redução dos prejuízos físicos, sociais econômicos dos indivíduos, preservando a integridade e a intimidade destes.
Não ficou claro se ela possui renda própria ou se é financeiramente dependente da filha. Se o caso se tratar da segunda alternativa, será de muita valia oferecer uma renda a ela, suficiente para que a mesma possa ao menos manter suas necessidades básicas sem depender por completo da filha. O ideal é que a paciente possa residir em um outro espaço, uma vez que não se sente completamente à vontade na casa da filha. Porém, realizando atividades em um ambiente diferente e com uma maior autonomia, a tendência é que os conflitos familiares se reduzam, e com eles o uso indiscriminado da bebida também.
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