O ABORTO - CONSEQÜÊNCIAS PSICOLÓGICAS
Por: psicologia.bri • 19/6/2020 • Dissertação • 1.667 Palavras (7 Páginas) • 130 Visualizações
PSICOMETRIA
Professor: Antônio Malvar Martins Neto
Ana Emília Sousa F. Vasconcelos
Brígida de Lima Silva Jesus
Carla Mercedes Martins da Silva
Lucélia Ferreira de Freitas
Luciana dos Santos Goulart Pires
Melyssa Figueiredo da Costa
Monique Rufino da Silva
Avaliação 1-Projeto de Instrumento
Temática do instrumento: Aborto
Introdução do tema:
Vida e morte são constantemente temas de discussão na sociedade. Falar de vida e de morte leva, muitas vezes, à reflexão do que significa existir para alguns, do valor da vida, quando ela começa, o que realmente a define. "Aborto" ou "abortamento" é a interrupção de uma gravidez pela remoção de um feto ou embrião antes de este ter a capacidade de sobreviver fora do útero. Um aborto que ocorra de forma espontânea denomina-se aborto espontâneo ou "interrupção involuntária da gravidez".
O aborto (tema central e genérico deste projeto de pesquisa) por sua vez é abordado, discutido e analisado, principalmente, por meio dos produtos desta incessável discussão citada anteriormente, sendo a prática dele duramente criticada e veementemente defendida, na maioria das vezes, por meio de um mesmo assunto e seus desdobramentos, isto é, todos os argumentos, prós ou contra, de bases religiosa, científica, filosófica ou de senso comum, todos, derivam de um único ponto: A vida. Este em sentido amplo, seja sobre a vida do próprio feto, por exemplo, seu direito a ela, seja a vida daqueles diretamente relacionados ao feto, neste caso, a mulher unicamente e seu direito de conduzirem suas vidas como quiserem ou mesmo a vida daqueles que nada têm a ver com os relacionados ou propriamente com o feto, mas de alguma forma são atravessados por questões de cunho social, moral ou religioso sobre a prática.
Mergulhando na história, a prática do aborto nem sempre foi objeto de incriminação, ele ficava, em regra, impune, quando não acarretasse danos à saúde da gestante ou a morte da mesma, sendo comum entre as civilizações. Entre os hebreus, só depois da lei mosaica que se considerou ilícita a interrupção da gravidez. Na Grécia, era corrente a provocação do aborto, o próprio Aristóteles defendia o aborto (desde que o feto ainda não tivesse adquirido alma) para manter o equilíbrio entre a população. Já Platão, recomendava o aborto em toda mulher que concebesse depois dos quarenta anos. Em Roma, a mulher poderia abortar, pois poderia dispor de seu próprio corpo. Nos tempos posteriores, o aborto passou a ser considerado como uma lesão ao direito do marido à prole, então sua prática passou a ser castigada.
Santo Agostinho pregava que o aborto só era crime quando o feto já tivesse recebido alma, o que se julgava ocorrer quarenta ou oitenta dias após a concepção. Mais tarde, a Igreja Católica aboliu a distinção e passou a condenar severamente o aborto. Num nível nacional e atual, a temática brasileira sobre o aborto é muito polêmica, desperta muitos sentimentos e opiniões por parte de defensores e opositores da descriminalização da prática no país.
A discussão sobre aborto, no Brasil, não é apenas controversa entre grupos religiosos, movimentos feministas ou responsáveis por políticas públicas relacionadas ao tema, ela também atinge a democracia, a garantia de direitos fundamentais de saúde, os direitos da mulher sobre seu corpo e direito difusos de todo cidadão.
É muito comum vermos nos dias atuais os questionamentos da liberdade da mulher sobre essa decisão. De um lado estamos falando do direito à vida do feto e do outro o direito da mulher de poder decidir sobre seu desejo de dar a vida aquele feto ou não, tendo decisão sobre seu próprio corpo. A mulher tem o reconhecimento da sua competência ética para decidir sobre sua sexualidade e reprodução, de acordo com os princípios dos direitos humanos, sem discriminação, e tendo garantidos os direitos à concepção, à proteção da maternidade, à anticoncepção, e à interrupção de uma gravidez não desejada ou não planejada.
Vejam, pois, o abortamento não é um assunto que detém uma discussão própria, fundada em si, independente, não, ele é uma conduta que tem sua reprovabilidade dependente da época, dos valores sociais vigentes, dos valores religiosos, das concepções filosóficas, do Direito em vigor, do senso comum, da moral de uma sociedade etc.
Problema de Pesquisa: O objetivo dessa pesquisa é analisar e caracterizar as relações de causa e efeito do aborto, nas esferas pessoal, familiar, escolar e profissional, traçando um panorama de propensão a decisão de interromper a gravidez, destacando o dado mais relevante para tal. Levando em conta aspectos como: psicológico, financeiro, faixa etária, apoio familiar, desejo de ter filhos, etc. Avaliaremos itens que definem o traço latente diante do processo psicológico que antecede a atitude de abortar e suas consequências. Criar assim por intermédio dos dados coletados uma base sólida para futuro estudos mais aprofundados que poderão embasar a divulgação de melhores estratégias para abordagem do assunto e dos problemas que derivam do mesmo, definindo situações em que essa influência é mais determinante e em quais ela não faz diferença alguma.
Introduzindo de forma geral o assunto e seus atravessamentos, através do nosso problema de pesquisa decidimos ir além e trazer para a questão um elemento intrínseco desse assunto: Os traumas psicológicos. E questionamos: Diante da conjunção de fatores que influenciam a decisão do abortamento, é necessário apoio psicológico para suportar situações conflitantes?
É de suma importância que se delimite o quanto de influência há na decisão pelo ato de abortar e se há influência relevante referente ao medo e julgamento social para a conscientização e responsabilização no caso de gerar transtornos psíquicos na mulher.
Variáveis Dependentes (VD): Trauma psicológico e sentimento de culpa pelo aborto.
Variáveis Independentes (VI): Violência sexual, física e moral, abuso psicológico, abandono familiar ou do parceiro, negligência Constitucional.
Proposta de Instrumento:
- Tipo de instrumento: Inquirição - Questionário
Levantamento de opinião: indaga apenas informações específicas sobre determinado assunto. Costuma ser sob forma de questão única com alternativas sim ou não.
Escala de atitude: ordenar aspectos qualitativos com correspondente numérico. O sujeito é solicitado a expressar sua atitude em relação a determinada afirmação, assinalando na escala (Thurstone Likert).
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