O Aconselhamento Psicológico
Por: Malena Gusmão • 9/10/2019 • Trabalho acadêmico • 2.222 Palavras (9 Páginas) • 234 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PSICOLOGIA
Cristina Maria Guerra de Souza
Malena Gusmão Medeiros de Oliveira
Petro de Almeida Pupe
Aconselhamento psicológico
RIO DE JANEIRO
NOVEMBRO DE 2018
Cristina Maria Guerra de Souza
Malena Gusmão Medeiros de Oliveira
Petro de Almeida Pupe
Aconselhamento psicológico
Trabalho apresentado a disciplina de Estágio Supervisionado Básico I para obtenção de pontos para a segunda avaliação.
Professor: José Fernando Ribeiro de Freitas.
RIO DE JANEIRO
NOVEMBRO DE 2018
Sumário
1. Introdução 3
2. Algumas considerações teóricas e éticas de aconselhamento 3
3. Os cinco movimentos psicológicos 3
4. Evolução dos métodos de Aconselhamento 3
5. Conclusão 3
6. Referências 3
- Introdução
O aconselhamento pode ser definido como um método de assistência psicológica com objetivo de capacitar o indivíduo a responder e assumir as demandas da vida, oferecendo a oportunidade de compreender a si mesmo habilitando-o a perceber, a realidade que o cerca e a agir de forma a alcançar ampla satisfação pessoal e social. Sendo assim, é um processo que visa uma mudança, uma adaptação, um ajustamento do indivíduo, o que é possibilitado pela relação terapêutica conselheiro-cliente. Nesse processo, é importante que ambos estejam engajados para que consigam desenvolver o seu papel dentro desse processo.
No que diz respeito a essa relação:
“Para Robinson (1950), baseado principalmente nas técnicas de comunicação, e originariamente colega de Rogers, o aconselhamento é a atuação que "cobre todos os tipos de situações de duas pessoas, na qual, uma delas, o cliente, é ajudado a ajustar-se mais eficazmente a si próprio e a seu meio", sua técnica principal é a comunicação, através de entrevistas cuidadosamente conduzidas e testadas de momento a momento, que facilitam a tomada de decisões e atuam terapeuticamente.” (Portugal, Apolenário. 2015)
- Algumas considerações teóricas e éticas de aconselhamento
Faremos um paralelo entre as ideias de Ruth Scheeffer, em sua obra “Aconselhamento psicológico: teoria e prática”, as ideias de Patterson e Eisenberg, na obra “O processo de aconselhamento”, onde eles apresentam e discutem algumas dessas características que se apresentam como importantes para o profissional da Psicologia que exerce o aconselhamento psicológico e, também, com o Código de Ética Profissional do Psicólogo, enquanto um norteador das ações de um grupo específico, um “padronizador” das práticas psicológicas.
Iniciaremos retomando os quatro primeiros princípios fundamentais apresentados no Código de Ética Profissional do Psicólogo, que são:
“I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.”
O que está sendo expresso através desses princípios fundamentais é uma concepção de homem e do seu meio social que determina a direção das relações entre os indivíduos, sobretudo, que indica como a relação terapêutica psicólogo-cliente deve ser estabelecida de forma a garantir uma atuação profissional e de qualidade.
E, essa é uma preocupação antiga e recorrente na psicologia. Scheeffer apresenta as ideias de autores como Williamson, Erickson e Rogers que concordam com esses princípios elaborados nesse código atual. Rogers, em especial, elabora a questão do respeito pelo indivíduo um “respeito genuíno pela integridade do orientando”, que condiz exatamente com o que é elaborado no código de ética. Essa ideia comparece também em Patterson e Eisenberg como característica do conselheiro transmitir interesse e respeito pelas pessoas que estão procurando ajuda, segundo eles: “os orientadores eficazes não são indiferentes ao presente e ao futuro das pessoas [...] se oferecem tempo energia [...] é porque o bem-estar [...] lhes interessa”.
Já Williamson e Rogers, concordam quanto à importância da formação teórico-prática de tais profissionais. O orientador deve estar a par da base científica envolvida no processo e, por isso, devem dominar as teorias e práticas necessárias e estar em busca do constante aprimoramento. E, isso comparece novamente no Código de Ética, no artigo primeiro, linhas b e c:
“b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional;”
E, uma ideia fundamental que pode ser extraída dos princípios apresentados, é a de que o profissional Psicólogo é aquele que lida com pessoas, todo o seu trabalho é voltado para questões próprias do homem. Isso também comparece nas ideias de Rogers e de Erickson, ao respectivamente, falarem de sensitividade às relações humanas e ao interesse em lidar com pessoas. Como um processo que se dá diretamente através de uma relação entre pessoas, um psicólogo e um cliente, é fundamental que haja não só interesse e sensibilidade desse psicólogo para esse cliente, mas, que esse profissional saiba lidar e separar suas próprias questões das questões tratadas nessa relação.
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