O Adoecimento nas Organizações

1 INTRODUÇÃO

O estresse no trabalho é um tema amplamente discutido, e, atualmente, tem sido preocupação para a sociedade moderna. Este fenômeno hoje é considerado mundial. Há estudos que apontam que esse desequilíbrio entre saúde e doença gera inúmeras intercorrências entre elas , licenças saúde, transferências, baixa produtividade, doenças incapacitantes, entre outras. Conforme Jacques ( 2007, p. 99), circunstâncias como condições de trabalho, e, ou organização, tem impacto sobre a saúde psíquica, o que leva a desencadear doenças físicas e mentais.

No Brasil, estudos apontam para um número crescente de trabalhadores que são acometidos por doenças decorrentes de suas atividades laborais. Alguns pesquisadores descrevem como sendo doenças ocupacionais e que existe relação entre trabalho e organização. Assim, GOTO, SOUZA, JUNIOR ( 2009, p. 3), ressaltam que o trabalho está relacionado à satisfação e realização pessoal, mas que também, pode ser uma fonte que leva a desencadear algum tipo de adoecimento quando o trabalhador não dispõe de ajuda para lidar com algum fator desencadeante de estresse.

Para Dejours ( 1992, p. 78), más condições de trabalho além de danos ao corpo também estaria relacionado ao funcionamento mental, e essas alterações em sua saúde teriam impacto principalmente na vida pessoal da pessoal. Da mesma forma, Jacques ( 2007, p. 86), faz uma discussão acerca do permanente estado de atenção e de trabalho mental aos quais estão submetidos os trabalhadores independente da atividade que exercem, como essas vivências do cotidiano laboral se acrescem à carga de trabalho e o impacto que isso desenvolve na saúde.

Este estudo, visa buscar identificar quais as causas, os mecanismos e as consequências para a saúde de quem exerce algum tipo de atividade laboral.

CORTELLA (2017, p. 26), por isso, se o próprio indivíduo fizer as coisas de modo automático, robótico, isso levará a um processo de alienação, isto é, de perda de si mesmo.

Portanto algo muito da natureza do trabalhador se perde, a natureza autoral, a sensação de “eu” sou o idealizador daquilo.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

​Aprofundar conhecimento no estudo das relações entre saúde e doença no ambiente de trabalho, nos diversos seguimentos de atividade desenvolvidas, e ainda estimular políticas públicas, voltadas para este tema.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1- Identificar a relação entre saúde e trabalho.

2- Identificar o pano de fundo por traz do adoecimento do trabalho.

3- Analisar o papel da organização nesse adoecimento.

3 JUSTIFICATIVA

Quando se pensa em afastamento do trabalhador dos afazeres laborais ficam lacunas, o que leva o sujeito a ficar impossibilitado de suas atividades. Para REIS, FERNANDES, GOMES ( 2010, p 4), novas formas de adoecimento relacionado ao trabalho, têm forte relação com o que circula no ambiente laboral, onde muitas vezes o trabalhador convive constantemente com a possibilidade de demissão, incorporação de tecnologia e que tudo isso pode gerar fadiga, física e estresse.

Assim como BALASSIANO, TAVARES, PIMENTA ( 2011, p 4), discutem a necessidade de criação de alternativas que possa reduzir estressores organizacionais, como sendo uma necessidade constante e crescente, que também novos gestores estejam capacitados à lidar com esse fenômeno.

Por isso a preocupação acerca do tema se deve à essa inquietação enquanto acadêmico da área da saúde, para com as consequências negativas que podem decorrer do estresse. E de forma social, este estudo pode ajudar a sociedade na promoção de Políticas Públicas voltadas para a prevenção, manutenção e reabilitação de sujeitos que vierem à apresentar sintomas relacionados ao estresse ocupacional. É necessário admitir que haja estressores inerentes à natureza da atividade, à cultura organizacional e às relações humanas.

4 REVISÃO DA LITERATURA

5 METODOLOGIA

​“ O interesse e a curiosidade do homem pelo saber levam-no a investigar a realidade sob os mais diversificados aspectos e dimensões. Por outro lado, cada abordagem ou busca admite níveis diferentes de aprofundamento e enfoques específicos conforme o objeto de estudo, objetivos visados e a qualificação do pesquisador”. ( CERVO,BERVIAN, 2002, p. 64)

Desta forma conclui-se que a pesquisa bibliográfica se apoia em algo já estudado, conforme CERVO, BERVIAN ( 2002, p 65) a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.

Também, GIL ( 2010, p. 30) a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia investigar diretamente.

Assim sendo este trabalho será uma pesquisa bibliográfica do tipo descritiva. Para CERVO, BERVIAN ( 2002, p 66) a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com a precisão possível, a frequência com um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características. Busca conhecer as diversas situações e relações que ocorrem na vida social, política, econômica e demais aspectos do comportamento humano, tanto do indivíduo isoladamente como de grupos e comunidades mais complexas.

Os procedimentos, será de registro de dados do tipo, Quem ? Quando? Onde? Como?