O Caso Schreber
Por: elaine1859 • 13/9/2021 • Trabalho acadêmico • 830 Palavras (4 Páginas) • 160 Visualizações
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Curso: Psicologia
Disciplina: Abordagem Psicanalítica
Professor: Anna Maria Dalmonico Moser
Acadêmico: Elaine Cristina Lino
Data: 02/09/2021
TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO
COMPETÊNCIAS AVALIADAS | Ótimo (0,20) | Bom (0,16) | Mediano (0,12) | Insuficiente (0,08) | Precário (0,04) | Sem domínio (0,0) |
Demonstra domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa | ||||||
Compreende a proposta de redação e aplica conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto proposto. | ||||||
Seleciona, relaciona, organiza e interpreta informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista | ||||||
Demonstra conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | ||||||
Elabora proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos |
Caso Schreber
O Caso Schreber é um importante estudo de Freud, em meados de 1911, Freud teve acesso ao livro escrito por Daniel Paul Schreber intitulado “Memórias de um Doente dos Nervos”, no qual o próprio autor apresenta seu depoimento pessoal sobre o desenvolvimento de sua morbidade, Freud não analisou diretamente o paciente, mas pôde fazer avaliações a partir dessa escrita produzida por Schreber.
Daniel Paul Schreber, nasceu em Lípsia- Alemanha no ano de 1842, de família burguesa,seu pai Daniel Gottlied Moritz Schreber ortopedista e pedagogo, era um pai rígido em relação a religião, principalmente a vida sexual, dizia ser um sentimento imoral, acreditava estar contribuindo para aperfeiçoar a obra de Deus. Schreber se submeteu ao despotismo pedagógico do pai.Pauline Haase, mãe de Schreber é bem pouco falada, era uma mulher de pouca afeição, deprimida e dominada pelo marido, teve 5 filhos, o mais velho Daniel Gustav se suicidou aos 38 anos.
O adoecimento de Schreber é atribuído a uma fadiga intelectual. Sua primeira doença, uma hipocondria, manifestou-se quando estava na candidatura do Parlamento, no intervalo entre 1884 e 1885. Depois disso teria vivido oito anos sem maiores complicações, exceto pelo fato de não ter conseguido ser pai. Em 1893 foi nomeado presidente da corte de apelação, o que segundo ele, lhe teria trazido uma sobrecarga de trabalho. Foi nessa época que apresentou alguns sonhos, sonhou que a doença havia retornado, entre o estado de sono e o de vigília, lhe ocorreu a ideia de que deveria ser a mulher de Deus submetida ao coito.
Foi em 1893 que se deu seu segundo adoecimento, o quadro contava com ideias hipocondríacas e de perseguição, derivadas de alucinações. As ideias delirantes levavam Schreber a um estado de profunda apatia. O paciente sentia-se morto e apodrecido, via seu corpo como um objeto de manipulações. O caráter místico e religioso das ideias delirantes foi sendo pouco a pouco estabelecido. O seu ex-médico, Flechsig era acusado de ser um “assassino de almas” e encarnava o papel de perseguidor.
Para Schreber Deus se cativou pelo seu corpo e enviava conexões que ele denominou raios divinos, que se instala em cada parte do corpo. Ele dizia que Deus controlava tudo, até por exemplo o fato de esquecer alguma palavra ou não ir ao banheiro. Esse fenômeno chega ao ponto de se olhar no espelho e ver crescer seios, e percebe que está se transformando em mulher, ele chama este processo de emasculação.
Schreber considerava-se encarregado de redimir o mundo e restituir-lhe o estado perdido de beatitude. Isso só seria possível se realizar, se primeiro se transformasse de homem em mulher.
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