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O Caso Schreber

Por:   •  13/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  830 Palavras (4 Páginas)  •  142 Visualizações

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Curso: Psicologia

Disciplina: Abordagem Psicanalítica

Professor: Anna Maria Dalmonico Moser

Acadêmico: Elaine Cristina Lino

Data: 02/09/2021

TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO

COMPETÊNCIAS AVALIADAS

Ótimo

(0,20)

Bom

(0,16)

Mediano

(0,12)

Insuficiente

(0,08)

Precário

(0,04)

Sem domínio

(0,0)

Demonstra domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa

Compreende a proposta de redação e aplica conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto proposto.

Seleciona, relaciona, organiza e interpreta informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista

Demonstra conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação

Elabora proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos

Caso Schreber

      O Caso Schreber é um importante estudo de Freud, em meados de 1911, Freud teve acesso ao livro escrito por Daniel Paul Schreber intitulado “Memórias de um Doente dos Nervos”, no qual o próprio autor apresenta seu depoimento pessoal sobre o desenvolvimento de sua morbidade, Freud não analisou diretamente o paciente, mas pôde fazer avaliações a partir dessa escrita produzida por Schreber.

Daniel Paul Schreber, nasceu em Lípsia- Alemanha no ano de 1842, de família burguesa,seu pai Daniel Gottlied Moritz Schreber ortopedista e pedagogo, era um pai rígido em relação a religião, principalmente a vida sexual, dizia ser um sentimento imoral, acreditava estar contribuindo para aperfeiçoar a obra de Deus. Schreber se submeteu ao despotismo pedagógico do pai.Pauline Haase, mãe de Schreber é bem pouco falada, era uma mulher de pouca afeição, deprimida e dominada pelo marido, teve 5 filhos, o mais velho Daniel Gustav se suicidou aos 38 anos.

      O adoecimento de Schreber é atribuído a uma fadiga intelectual. Sua primeira doença, uma hipocondria, manifestou-se quando estava na candidatura do Parlamento, no intervalo entre 1884 e 1885. Depois disso teria vivido oito anos sem maiores complicações, exceto pelo fato de não ter conseguido ser pai. Em 1893 foi nomeado presidente da corte de apelação, o que segundo ele, lhe teria trazido uma sobrecarga de trabalho. Foi nessa época que apresentou alguns sonhos, sonhou que a doença havia retornado, entre o estado de sono e o de vigília, lhe ocorreu a ideia de que deveria ser a mulher de Deus submetida ao coito.

       Foi em 1893 que se deu seu segundo adoecimento, o quadro contava com ideias hipocondríacas e de perseguição, derivadas de alucinações. As ideias delirantes levavam Schreber a um estado de profunda apatia. O paciente sentia-se morto e apodrecido, via seu corpo como um objeto de manipulações. O caráter místico e religioso das ideias delirantes foi sendo pouco a pouco estabelecido. O seu ex-médico, Flechsig era acusado de ser um “assassino de almas” e encarnava o papel de perseguidor.

      Para Schreber Deus se cativou pelo seu corpo e enviava conexões que ele denominou raios divinos, que se instala em cada parte do corpo. Ele dizia que Deus controlava tudo, até por exemplo o fato de esquecer alguma palavra ou não ir ao banheiro. Esse fenômeno chega ao ponto de se olhar no espelho e ver crescer seios, e percebe que está se transformando em mulher, ele chama este processo de emasculação.

            Schreber considerava-se encarregado de redimir o mundo e restituir-lhe o estado perdido de beatitude. Isso só seria possível se realizar, se primeiro se transformasse de homem em mulher.

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