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O Charme Da Exclusao Social

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Por:   •  23/3/2015  •  504 Palavras (3 Páginas)  •  298 Visualizações

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Histórico do conceito exclusão social

O termo exclusão social surge e torna-se corrente na França durante os anos 80. O termo“novos pobres”, até então predominante, cede lugar à expressão “excluídos” após a obra Les exclus (1974), de Lenoir, que define os excluídos como “resíduos que o desenvolvimento do ‘trinta anos gloriosos’ parecia esquecer.

Durante o governo de François Miterrand a ES tomou-se tema de exposições, cursos,seminários, livros, revistas e jornais. Contudo, a discussão do assunto está relacionada apenas a

duas esferas básicas: a do mundo do trabalho e a da sociabilidade.

Falácia da "nova questão social", por tratar-se do mesmo problema capitalista, apenas em outro momento histórico.

Busca ilusória de um novo status acadêmico da "exclusão social", como se fosse uma problemática nova.

Exclusão retrata a angústia de numerosos segmentos da população, “inquietos diante do risco de se ver um dia presos na espiral da precariedade”,acompanhando “o sentimento quase generalizado de uma degradação da coesão social”(Paugam,199, p.7).

Precariedade do emprego, ausência de qualificação suficiente, desocupação, incerteza no futuro;

Privação material, degradação moral e dessocialização;

Desilusão do progresso

Trata-se a exclusão social com propostas paliativas, tipicamente assistencialistas.

A tradição brasileira é de fazer política social que não perturbe a estrutura social vigente.

Assinalam que a exclusão existe, pelos seguintes motivos:

Destruição da coesão do grupo na sociedade, perda do senso de pertença, dando a entender que tais populações experimentariam o sentimento de abandono por parte de todos, acompanhado da incapacidade de reagir.

As situações abarcadas pelo termo são múltiplas e distintas: moradores de favelas, trabalhadores sem-terra, desempregados mesmo que oriundos da classe média, idosos, toxicômanos, mendigos e outros são considerados como excluídos, para interlocutores diferentes.

Vários autores concordam que o termo exclusão é vago e impreciso. Para alguns, esta afirmativa é uma ressalva que não impede que o termo seja utilizado Para outros, o termo deve ser descartado e substituído por um ou mais conceitos mais precisos e pertinentes.

Mas mesmo alguns desses autores que condenam o conceito da exclusão social acabam por utilizar o termo que criticam ou por criar novas categorias para situar a mesma temática de forma muito semelhante ao que critica.

É o que faz Demo (2002), que nega a pertinência do conceito embora utilize a noção, ou Castel (1998), que cria o conceito de desafiliação (“défiliation”), que expressa a idéia que outros autores entendem como exclusão.

“Falar de desafiliação... não é pressupor uma ruptura, mas recompor um percurso. A noção pertence ao mesmo campo semântico da dissociação, da desqualificação ou da invalidação social. Desafiliado, dissociado, invalidado, desqualificado, em relação a quem?”

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