O Ciclo Vital - A Morte
Por: OliviaPereira • 4/4/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 2.229 Palavras (9 Páginas) • 239 Visualizações
Introdução
Por que tememos a morte? O desencarne faz parte do ciclo da vida e do processo de evolução de cada um. Muitos ainda ligam a morte à angústia e por isso torna-se difícil passar por esse momento. Por que tememos algo tão natural quanto o fim da vida terrena? Quando se entende esse processo, a paz é alcançada?
Vista como um mistério incompreensível, também conhecida como fragmentos, mostraremos uma forma de desmistificar a ideia de morte que o homem criou e o mesmo tende a se preocupar com tal sentimento, assim acarretando grandiosas angustias para o próprio eu, pois está ligado à sua ideia de finitude.
“ A morte não é o oposto da vida. Na verdade, a morte é parte dela. ” - Haruki Murakami.
Desenvolvimento
Morte na visão Social:
Apresenta-se a questão da morte ligadas às categorias “necessidades sociais”, “desigualdades sociais”, “lutas sociais” e “ação estatal de cunho social”. Compreende-se a proposta de “desospitalização” e “cuidados domiciliares” da atual Política Nacional de Humanização como uma transferência de responsabilidade do Estado para a “iniciativa privada”, familiar ou “Terceiro Setor”. Verifica-se uma luta social do moribundo para garantir sua dignidade na hora da morte, recusando o paradigma curativo em nome do cuidado. Conclui-se que a morte não pode mais ser compreendida como uma mera questão clínica e sim como uma expressão da questão social.
A morte faz parte do processo de desenvolvimento humano e está presente em nosso cotidiano. Diferentes profissionais interagem com o processo de morte e morrer na sua atividade profissional. Entretanto, além de estarmos inseridos num contexto sócio-histórico de negação da morte, a formação profissional caracteriza-se pela ênfase nos aspectos teórico-técnicos. Considerando que a compreensão sobre a morte influencia na qualidade de vida da pessoa e também na maneira como ela interage na sua atividade profissional com o processo de morte e morrer.
Morte na visão Histórica:
Desde os tempos mais remotos, os homens já enxergavam a morte como elemento antagônico à vida. Talvez fosse mais fácil aceitá-la como fato natural quando ela acontecia aos borbotões, quando a expectativa de vida das pessoas era de 35 anos. Mas o estranhamento e o terror sempre existiram. As pinturas nas paredes de cavernas como Lascaux e Chauvert, na França, revelam o incômodo que a morte provocava no homem de 30 mil anos atrás. Episódios alegres, como caçadas, eram retratados em cores vivas. As imagens fúnebres, por sua vez, eram pintadas com cores escuras.
Na antiguidade, a sociedade egípcia, que era bastante desenvolvida, tinha o objetivo de ensinar cada indivíduo a pensar, a sentir e a agir em relação à morte, buscando uma maior aproximação com essa temática.
A partir da segunda metade da Idade Média, séculos XI e XII, percebem-se sutis modificações a respeito da maneira como o homem lida com a morte. Gradualmente, foi-se instalando um sentido dramático e pessoal à familiaridade tradicional do homem com a morte.
Aproximadamente no século XVI, percebe-se mudanças na concepção do homem sobre da morte. Nessa época existiam peste, fome, inquisição, fatos que provocavam a morte coletiva, e que afetavam diretamente a visão da morte, que não mais era esperada, mas acontecia subitamente e esse descontrole com relação a morte, foi suscitando um sentimento de medo, medo diante da morte.
Juntamente com a questão do descontrole e consequentemente do medo da morte, o homem começa a associar a morte com fatores negativos, esta passa a ser vista como um assunto macabro, feio, gerando agora um distanciamento do homem em relação ao tema. A partir do século XVIII, origina-se no homem um novo olhar, um novo sentido em relação à morte, passando este a ser percebida como uma ruptura, começando a haver um espaço para a emoção, atingindo uma esfera mais dramática.
No século XX, nos anos de mil novecentos e trinta a mil novecentos e cinquenta, começa a se constatar um deslocamento do lugar da morte, não se morrendo mais em casa diante dos familiares, mas agora no hospital e de modo solitário
Morte na visão Cultural:
As diferenças acerca da morte em sociedades diversas, seja em civilizações antigas ou na sociedade atual, estão ligadas às heranças culturais que, por sua vez, relacionam-se diretamente com a religião que professamos. Os povos mesopotâmicos, por exemplo, costumavam enterrar os mortos com todos os seus pertences e com suas marcas de identidade pessoal e familiar. Além de comida, para garantir uma travessia sem escassez ou dificuldades. Ao contrário, as sociedades hindus incineravam seus corpos para os libertarem de todos os pecados, apagarem suas memórias e dissolverem sua identidade.
Cada país tem predominância de alguma religião e heranças culturais, o que determina como a morte é encarada no território. No Brasil, país em que as religiões cristãs predominam, temos os enterros ou a cremação do corpo, velórios de até 48 horas, orações, flores e velas.
Conforme a religião cristã professada, podemos ter sentimentos de dor e desespero nos velórios, ou de paz e tranquilidade. Temos aqui, inclusive, o Dia de Finados, em 2 de novembro. Em outros países, como Itália, Suíça e Estados Unidos, os funerais são feitos em recintos religiosos locais ou em casa, com comida, bebidas e celebrações, sem qualquer constrangimento.
Morte, separação, perdas e processo de luto:
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