O ESTUDO DIRIGIDO
Por: Victória Stersi • 12/9/2017 • Resenha • 517 Palavras (3 Páginas) • 432 Visualizações
RESENHA CRÍTICA: “PATCH ADAMS – O AMOR É CONTAGIOSO.”
Sammya Othman[1]
Stephanie Stersi[2]
O filme “Pactch Adams – O Amor é Contagioso” (1998) conta a história de Hunter Adams, que voluntariamente se internou em um hospital psiquiátrico após a tentativa de suicídio, e a partir do momento em que começa a ajudar os pacientes do hospital percebe que quer ser médico.
Hunter ao ingressar na faculdade de medicina para ajudar as pessoas acaba se deparando com uma realidade totalmente diferente daquela que ele imaginava para si, os pacientes são chamados por suas doenças ou enfermidades, sem empatia nenhuma. Através de seus métodos pouco convencionais para a época, o filme se passa em 1969, Hunter Adams que gostava de ser chamado de Patch, começa a chamar a atenção por esses métodos que consistiam em humanizar os pacientes, saber seus nomes, vivências medos e sonhos.
O ambiente hospitalar retratado na época de 1969 era no qual os médicos excluíam a subjetividade do paciente, assim o reduzindo a uma mera doença ou enfermidade, como por exemplo, “trombose – quarto 5” o que descontextualizava a história do paciente.
Segundos Martins (2001) o processo de humanização é demorado e complexo, exige da pessoa outro olhar, pois há mudanças de comportamento e com a mudança vem à insegurança.
Enfim, a humanização estabelece-se como construção de atitudes ético-estético-políticas em sintonia com um projeto de co-responsabilidade e qualificação dos vínculos entre os profissionais e entre estes e os usuários na produção de saúde (Freyre 2004).
A humanização parte de toda a equipe de saúde, não apenas do médico, que consiste em ensinar novas técnicas para que o paciente no hospital se sinta mais confortável e acolhido. Como é diferentemente retratado no filme, onde o dialogo do médico x paciente não existe, a vontade do paciente é anulada, os médicos tomam todas as decisões, como tratamento, cirurgia e técnicas aplicadas.
Segundo Mota, Martins, Véras (2006) o médico percebe problemas físicos, psicológicos, e sociais de acordo com a sua hierarquia, fazendo assim com que a comunicação médico x paciente seja afetada por questões sociais e até mesmo culturais. O que é de fato retratado no filme, que era um comportamento base dos anos 60, onde o médico era o detentor do “poder” de escolha pelo paciente.
Acreditando sempre que o médico deveria tratar seus pacientes com o máximo respeito em empatia, Pacth Adams aplicava seus métodos de igualdade em se aproximar dos pacientes e os resultados eram satisfatórios, as crianças ficavam mais acessíveis e falantes, o tratamento também se fazia mais eficaz, apenas com a melhora no trato dos pacientes.
REFÊRENCIAS
Martins, M. C. F. Humanização das relações assistenciais de saúde: a formação do profissional de saúde. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011.
MOTA, R. A.; MARTINS, C. G. M.; VÉRAS, R. M. Papel dos profissionais de saúde na política de humanização hospitalar. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 2, p. 323-330, mai./ago. 2006.
Freyre, K. Era uma vez: laboratório de sonhos. Recife: Editora Universidade de Pernambuco – UPE, 2004.
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