O Fenomenologia

Fenomenologia

O local de origem da Fenomenologia, a Alemanha, antigos estados germânicos, percorria um caminho extremamente significativo em sua história enquanto as primeiras ideias fenomenológicas eram desenhadas. Entre os séculos XIV e XV, ocorria um processo de reformulação nas relações entre os homens e na própria relação entre homem-ambiente, desse processo obtém-se como resultado a passagem do feudalismo para o capitalismo, em toda Europa, porém, unicamente na Alemanha, essa passagem levou tempo, pois a sociedade alemã ainda se mantinha com características feudais até meados do século XVIII, devido a isso, sua unificação ocorreu tardiamente e seu desenvolvimento científico acompanhou esse ritmo. Final do século XIX ocorre a a disseminação da Revolução Industrial e a criação da ciência moderna, fatores que abalaram o mundo europeu, porém, mesmo assim, o real ponta pé inicial do capitalismo na Alemanha se deu com a implantação de uma união aduaneira, a Zollverrein e com a guerra franco-prussiana, que teve como resultado a vitória da Prússia e a consequente fundação do II Reich alemão, que reorganizou o Estado de 39 para 25 estados, objetivando recuperar o atraso no desenvolvimento do capitalismo causado pela manutenção das características feudais. É importante ressaltar a ocorrência de um Movimento Revolucionário na Alemanha, de força equivalente a Revolução Industrial e Revolução Francesa assim também como a criação de uma legislação trabalhista, essa extensa legislação acompanhou o crescimento industrial alemão e, assim, tornou-o como país mais avançado do mundo neste sentido e permitiu-o a participar do mercado mundial. É importante compreender esses antecedentes históricos para que ocorra um melhor entendimento do pensamento filosófico alemão, que está diretamente ligado ao movimento econômico, político e social vivenciado.

Edmund Husserl, fundador da fenomenologia, nascido em 1859, foi um matemático, cientista e tornou-se um entusiasta da filosofia ao ser aluno em Viena de Franz Brentano, importante figura da filosofia alemã. Sua proposta fenomenológica constitui uma crítica ao conhecimento da época, Husserl contra-argumenta os sistemas de obtenção de conhecimento de sua época, em grande parte ao psicologismo e ao naturalismo. O naturalismo afirma que o empírico é o que há de real, com isso, Edmund analisa que, essa ciência, cuja preocupação são os fatos da natureza em geral, é totalmente errônea por excluir a subjetividade de seus estudos, valorizando apenas a realidade física e empírica e ignorando o olhar do sujeito sobre o objeto, gerando constatações deturpadas acerca dos fenômenos analisados e fugindo de um conceito posteriormente instituído por Husserl: a intencionalidade, onde ele afirma que nada pode ser descrito sem levar em conta o olhar do indivíduo. Enquanto Karl Marx buscava uma nova perspectiva a de ciência, Edmund pretendia encontrar a fundamentação de todas as ciências, o real fundamento da Filosofia.

Os dez últimos anos do século XIX, período dos primeiros trabalhos de Husserl, caracterizaram-se na Alemanha pelo desmoronamento dos grandes sistemas filosóficos tradicionais: Hegel e Schopenhauer. A ciência positivista ocupa as brechas deixadas pela filosofia especulativa.

A proposta fenomenológica foi desenvolvida a partir de conceituações advindas de Descartes, Kant e Hegel.

Descartes influenciou no trabalho de Husserl exatamente quando problematizou a dicotomia mente-corpo e quando usou pressupostos da experiência empírica e da duvida sistemática, levou-o ao cogito.

René Descartes, que se dedicou a mais variada área da ciência, teve uma grande influencia sobre o trabalho de Husserl.Outra influencia foi a de Immanuel Kant, que dizia dos limites do conhecimento do homem, pois nem tudo pode ser de intuiçãosensível. Mas Husserl era contra essa concepção, de homem e de conhecimento, pois ele tentava criar uma ciência na qual as coisas podem ser apreendidas na sua essência, pois a associação sujeito e objetoapresenta a possibilidade

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